Rojoada Tradicional organizada pela Associação Tradições de São Luís
A aldeia de Vilarinho de São Luís, fica localizada no concelho de Oliveira de Azeméis, ocupando um vale com grande passado agrícola e onde subsistem os antigos espigueiros. O casario ocupa uma parte deste vale e encostas adjacentes, onde um exército da monocultura do eucalipto circunda esta aldeia, pronto para atacar. Este inimigo lançou a sua ofensiva em setembro deste ano de 2024, tendo como general um traidor de uma terra amiga. As funestas labaredas cercaram com fogo esta aldeia durante dois dias, aterrorizando os seus moradores que temeram pelas suas vidas e habitações.
Em relação à sua presente situação social o tempo como em muitos locais foi desertificando o local com a partida de muitas pessoas em busca de um futuro melhor que aliado à fraca natalidade levou ao encerramento da escola. O povo que foi envelhecendo ainda teve forças para recuperar este antigo espaço onde se ensinava e o transformou na Associação Tradições de São Luís.
O fogo, contudo, nem sempre é criminoso e desta feita foi usado para fazer rojões num evento tradicional anual que a associação realizou para fazer esquecer tão graves tormentos.
Muito se tem discorrido sobre a chamada “indústria dos incêndios”, todos falam e comentam, mas ciclicamente o país arde. O fenômeno parece complexo, mas se houver vontade política genuína tudo se resolve, o problema é quando é atravessada por interesses econômicos ou mais sombrios, sigam o rastro do dinheiro, vejam que indústrias estão ligadas a estas atividades e como se planta desregradamente.
Se o estado não consegue ou não quer resolver o problema provoca o afastamento dos cidadãos e dando força a partidos para explorarem estas fragilidades, depois não se queixem ou finjam não entenderem certos fenómenos eleitorais.
Neste artigo vamos esquecer a tristeza e celebrar a alegria desta Rojoada Tradicional, porque este bom povo o merece. O tempero e as carnes que provamos, a broa e arroz feitos à moda antiga, por mãos femininas remeteram-nos para as nossas infâncias de contacto com a terra, onde ainda vivíamos com os avôs e avós, caminhávamos descalços, andávamos à chuva, os pais nem sabiam por onde os filhos andavam e por vezes apanhávamos grandes tareias pelas tropelias que maquinávamos, mas todos demos gente e hoje temos saudades desses tempos e dos que já partiram.
Pela nossa parte agradecemos ao povo de Vilarinho de São Luís e Associação Tradições de São Luís a forma como nos receberam a quem prometemos que havemos de voltar sem os fumos negros que ainda se sentem no ar e o vale já se encontrar mais verde.
Pode ler esta reportagem na totalidade ou usar o menu de baixo para um assunto específico:
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- Descrição da Rojoada Tradicional em Vilarinho de São Luís
- Localização de Vilarinho de São Luís
- Presidente da Associação Tradições de São Luís
- Compareceram 70 pessoas na Rojoada Tradicional
- Rojões à moda antiga confecionados por cinco mulheres
- Idalina Oliveira foi uma das cozinheiras da Rojoada Tradicional
- Manuel Tavares foi o criado do porco
- Cidália Soares foi a cozinheira do arroz de forno
- Noémia Tavares foi a padeira das broas
- História da Associação Tradições de São Luís
- Incêndios puseram em perigo a aldeia de Vilarinho de São Luís
- Ficha Técnica da Rojoada Tradicional
- Galeria de pessoas na Rojoada Tradicional em Vilarinho de São Luís
- Daniel Silva esteve envolvido na candidatura de Vilarinho de São Luís a Aldeia de Portugal
- Vilarinho de São Luís - Aldeia de Portugal
- Galeria do núcleo de espigueiros de Vilarinho de São Luís
- Descrição de Vilarinho de São Luís pela organização que atribui a classificação Aldeia de Portugal
- Créditos e Fontes pesquisadas
Descrição da Rojoada Tradicional em Vilarinho de São Luís
A rojoada tradicional decorreu num domingo, dia 08 de dezembro 2024, em Vilarinho de São Luís, na sede da Associação Tradições de São Luís, que já foi uma escola primária, na Rua do Cabeço de Cima, em Oliveira de Azeméis.
Este evento foi aberto para os sócios, amigos da terra e outros pessoas que tivessem conhecimento do evento, até ao limite de 80 vagas. Na sexta-feira anterior, foi feita a matança do porco e no dia seguinte foi desmanchado, tendo-se separado as carnes para fazer os rojões, chouriças e em fevereiro a feijoada.
As carnes para os rojões foram divididas por cinco casas de cinco famílias desta aldeia. Em outros eventos eles eram feitos no forno exterior da associação, mas como estava exposto aos elementos dificultava o trabalho e o controle do fogo. O arroz de forno foi cozinhado pela uma senhora Cidália Soares da terra.
O porco foi criado e abatido por Manuel Tavares, nesta aldeia onde o animal foi criado, tendo sido alimentado com legumes e alguma farinha. As broas de milho caseiras foram feitas por Noémia Tavares, mulher deste criador.
Localização de Vilarinho de São Luís
Vilarinho de São Luís, Aldeia de Portugal fica localizada em Oliveira de Azeméis, distrito de Aveiro, e está integrada na União de Freguesias de Pinheiro da Bemposta, Travanca e Palmaz.
Presidente da Associação Tradições de São Luís
Almerinda Amaral é a Presidente da Associação Tradições de São Luís, que já tínhamos entrevistado há cerca de sete anos quando fomos pela primeira vez conhecer esta aldeia e fazer o seu Percurso dos Espigueiros.
Um dos próximos projetos desta associação é fazer uma escadaria até à capela, porque quando é verão fazem muitos eventos no seu palco e também um parque de estacionamento para servir a associação e não estarem em frente das casas das pessoas.
Compareceram 70 pessoas na Rojoada Tradicional
Em relação a este evento da Rojoada Tradicional a Presidente disse-nos que já é feita desde 2011, tendo neste ano de 2024, comparecido cerca de 70 pessoas.
Rojões à moda antiga confecionados por cinco mulheres
Os rojões para este eventos da Rojoada Tradicional, foram confecionados por cinco mulheres desta aldeia de Vilarinho de São Luís, Maria Marques, Presidente Almerinda Amaral, Isabel Cardoso, Idalina Oliveira e Noémia Tavares (foto de cima, com as cozinheiras ordenadas da esquerda para a direita). As quantidades de carnes foram divididas pelas mesmas, mas temperadas pela mesma pessoa.
Idalina Oliveira foi uma das cozinheiras da Rojoada Tradicional
Fomos conhecer uma das cinco mulheres que fizeram os rojões precisamente quando o relógio altaneiro da capela batia as doze badaladas, com as vibrações a atroarem pelo vale, que agora depois dos incêndios está despido, triste e envergonhado de ser assim apresentado sem roupa aos visitantes.
Perto da associação fomos encontrar num pequeno anexo duma habitação Idalina Oliveira, muito atarefada à volta de uma panela de ferro ao lume, por debaixo de uma chaminé encardida pelo fumo negro dos tempos, onde já se esfumou muitas histórias e passagens de tempo e pessoas. Se este negro é de bom agoiro o mesmo já não se pode dizer das encostas que cercam esta aldeia.
Esta mulher, contou-nos que aprendeu a fazer os rojões com a sua mãe, ambas desta terra, que lá do alto ficará contente por filha perpetuar os sabores que lhe ensinou. Agora vive em casa com o seu marido porque os seus rapazes já voaram para ninhos não muito longe. No tacho estavam a ser acabados cerca de sete ou oito quilos de carne, que segundo ela não tem muito segredo, bastando faze-los ao lume, numa panela de ferro, com banha de porco e sal.
Manuel Tavares foi o criado do porco
Manuel Tavares, vice-presidente da associação, foi o criador do porco que pesava 125 quilos, da raça “pietrain”, tarefa que já desempenha há alguns anos. No passado a matança era feita à moda antiga, nesta associação, com o animal em cima do carro de bois, depois era queimado com carqueja, mas agora é duma forma mais legal.
Cidália Soares foi a cozinheira do arroz de forno
A senhora que fez o arroz chama-se Cidália Soares, que cozinhou 10 quilos de arroz carolino num forno de lenha.
Noémia Tavares foi a padeira das broas
A senhora que desde o começo destes eventos tem confecionado a broa e também uma parte dos rojões chama-se Noémia Tavares (sentada na foto de cima), que nos contou que o conhecimento foi transmitido pela mãe. As broas foram cozidas num forno a lenha, com milho e uma percentagem menor de centeio, que já são moídos em conjunto no moinho.
História da Associação Tradições de São Luís
A Associação Tradições de São Luís fica localizada numa das encostas do vale voltada para nascente, perto da capela. Esta associação foi inaugurada depois de feita a requalificação da antiga Escola Primária de de Vilarinho de S. Luís, Palmaz, pelo Presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, Hermínio Loureiro, sendo Presidente da Junta da União de Freguesias, Armindo Nunes, em 10 de outubro de 2015.
Segundo a sua presidente Almerinda Amaral, a mesma funciona como a sua sala de visitas e local de encontro para a população. Este espaço foi aberto em 2010, tendo a escritura sido feita em 30 de dezembro, mas como a escola já estava desativada o espaço estava muito degradado, as obras começaram em 2011, tendo este evento da rojoada sido feito desde este ano.
Uma das formas que usaram para financiar as obras foi cada morador ter oferecido um pinheiro, depois uns derem portas, outros janelas, pregos e acima de tudo a sua mão de obra, e foi assim que o espaço depois de muito trabalho passou a ter alguma dignidade e se conseguiu travar a sua deterioração.
Incêndios puseram em perigo a aldeia de Vilarinho de São Luís
Casa da Presidente da Associação Tradições de São Luís esteve em perigo
Nos dias 16 e 17 de setembro de 2024, deflagraram vários incêndios violentos em Portugal e em Aveiro em particular, tendo um deles começado em Ossela e juntado depois a outros com origem em Sever do Vouga e Albergaria-a-Velha. O primeiro acabou por isolar Vilarinho de São Luís ao pegar fogo a toda a encosta que circunda este vale.
A maior parte das pessoas que estiveram presentes nesta rojoada foram afetadas, com maior ou menor gravidade por estes incêndios, como foi o caso da própria presidente da associação, Almerinda Amaral, que nas suas palavras foi um incêndio catastrófico, tendo-nos dado o seu relato pessoal do perigo que passou:
“A gente a dada altura só lutava pelas casas, porque a água dos bombeiros estava racionada e eles tinham que pedir autorização para abrir as mangueiras, eu fiquei zangada porque estava a ver a minha casa em perigo. Os que estão lá em cima não estavam a ver a realidade e se não fosse a água da minha vizinha a minha casa tinha ardido. Aqui nenhuma casa ardeu porque se lutou muito.
A capela esteve em perigo por duas vezes. Olhe que já tinha ardido tudo à volta e o fogo voltou reacender-se durante a noite quando nós estávamos todos aflitos à volta das casas. Eu só pós as mãos à cabeça e pensei que a capela e tudo ia arder. Eu estava sozinha e queria proteger a minha casa, mas havia duas casas de pessoas não conseguiram vir e não estava ninguém para as defender.”
O suspeito destes incêndios acabou por ser detido e segundo as notícias que foram publicadas terá atuado sozinho:
“Suspeito de atear incêndio em Oliveira de Azeméis não obteve qualquer benefício. Detido circulava com uma moto à volta da localidade de Ossela onde terá ateado três fogos que progrediram e criaram um único, que consumiu mais de 6.000 hectares de floresta, mato e habitações.” Créditos da notícia: Jornal Observador3
A população desta aldeia durante cerca de uma semana não tiveram água nem televisão.
Pessoas da aldeia indignadas com a medida de coação aplicada ao suspeito dos incêndios
As pessoas desta aldeia demonstraram uma grande revolta por este suspeito de ter ateado o incêndio de Ossela e que colocou em perigo esta aldeia de Vilarinho de São Luís, não ter ficado preso na cadeia. O suspeito tem 24 anos, reside em Ossela, e foi-lhe aplicada a medida de coação de permanecer na residência com pulseira eletrónica, apesar de ter provocado uma grande destruição e ter colocado as vidas da pessoas em risco.
A Presidente Almerinda Amaral disse-nos a este respeito, “Um filho da terra que sabe perfeitamente que as pessoas usam a floresta como meio de subsistência, onde iam cortando madeira, tendo um motivo para ir ao monte para o limpar, que agora ficou tudo queimado, inclusive o Percurso dos Espigueiros e sua sinalização.”
O Ondas da Serra passou em Vilarinho de São Luís antes dos incêndios
Em 31 de janeiro de 2024 fizemos um passeio de bicicleta que começou em Ovar, passou por Vilarinho de São Luís e terminou em Sernada do Vouga. Agora podemos comparar com mais pormenor a destruição provocada pelos incêndios através das fotos que tiramos naquele altura.
Ficha Técnica da Rojoada Tradicional
- Nome do evento: Rojoada tradicional
- Organização: Associação Tradições de São Luís;
- Localização: Vilarinho de São Luís, Aldeia de Portugal fica localizada em Oliveira de Azeméis, distrito de Aveiro, e está integrada na União de Freguesias de Pinheiro da Bemposta, Travanca e Palmaz;
- Sede da Associação Tradições de São Luís: Vilarinho de São Luís, numa antiga escola primária, situada na Rua do Cabeço de Cima;
- Data do nascimento oficial da associação: 10 de outubro de 2015;
- Número de associados: Cerca de 95 pessoas;
- Peso do porco: 125 quilos;
- Limite de inscrições: 80 pessoas;
- Email de contacto da associação: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.;
- Começo do evento: A rojoada é feita desde 2011, tendo neste ano de 2025, comparecido cerca de 70 pessoas;
- Pontos de interesse da aldeia de Vilarinho de São Luís:
- Vale com espigueiros;
- Percurso dos Espigueiros;
- Casas rurais centenárias;
- Capela do Padroeiro da Aldeia, São Luís de Toulouse;
Galeria de pessoas na Rojoada Tradicional em Vilarinho de São Luís
https://ondasdaserra.pt/index.php/oliveira-concelho/oliveira-conhecer/item/1722-rojoada-vilarinho-sao-luis#sigProId1bf7e6a58b
Daniel Silva esteve envolvido na candidatura de Vilarinho de São Luís a Aldeia de Portugal
Daniel Silva, com 25 anos, é um dos três jovens que ajudaram a elaborar o projeto que foi submetido com sucesso para esta aldeia poder ostentar agora o título de Vilarinho de São Luís - Aldeia de Portugal.
Este jovem, com 25 anos, é gestor de projeto na indústria dos moldes para injeção da indústria automóvel, em Loureiro – Oliveira de Azeméis, com formação académica, com o grau de Mestre em Engenharia Mecânica.
No processo de submissão desta candidatura estiveram envolvidos outros dois jovens desta terra, o Tiago Pereira e Joana Ferreira.
O mesmo contou-nos que esta aldeia, através da associação já tinha interesse em fazer parte da rede de Aldeias de Portugal e quando surgiu a oportunidade aceitaram submeter a candidatura que envolveu o preenchimento de alguns requisitos, como ter um calendário de atividades anual estabelecido.
Neste processo também tiveram que enumerar os pontos de interesse a nível de património edificado, constituído pelos espigueiros e casas rurais centenárias e tradições, onde se incluem eventos deste tipo e a festa anual ao padroeiro São Luís de Toulouse. A associação já possuía muita informação que teve que ser estudada e agrupada para eles elaborarem o projeto.
A nível do património natural a junta de freguesia e a Câmara Municipal estavam a tentar alargar a rede de percursos pedestres, que agora com os incêndios muito desse trabalho foi perdido.
Vilarinho de São Luís - Aldeia de Portugal
Depois da nossa visita há cerca de sete anos a esta aldeia Vilarinho de São Luís, passou a fazer parta das Aldeias de Portugal, numa candidatura submetido com ajuda da ADRITEM - Associação de Desenvolvimento Regional Integrado das Terras de Sta. Maria.
Vilarinho de São Luís passou a integrar a Rede das Aldeias de Portugal
"A aldeia de Vilarinho de S. Luís foi classificada como Aldeia de Portugal passando a integrar a Rede das Aldeias de Portugal. A distinção da ATA – Aldeias de Portugal – vem reconhecer a ruralidade, as tradições e as especificidades do núcleo rural de S. Luís no que se refere à sua história, arte, espiritualidade e Natureza.
Concelho de Oliveira de Azeméis com duas Aldeias de Portugal: Vilarinho de São Luís e Ul
Com base nestes fatores de diferenciação a aldeia passa, depois da freguesia de Ul, a ser a segunda aldeia do concelho a conseguir essa classificação. Oliveira de Azeméis orgulha-se desta distinção que irá criar um novo impulso para o turismo e para a cultural local criando outras condições para preservar as tradições e o património da aldeia de Vilarinho de S. Luís”, afirma o presidente da Câmara Municipal, Joaquim Jorge.
Segundo a ATA, a aldeia cumpre, na sua maioria, os requisitos estipulados para a classificação de Aldeia de Portugal pelo que poderá passar a utilizar a marca “Aldeias de Portugal” em todas as referências ao núcleo rural e às atividades desenvolvidas.
A classificação, renovável, é válida por quatro anos sendo resultado de uma candidatura em que estiveram envolvidas a autarquia oliveirense, a ADRITEM, a União de Freguesias de Pinheiro da Bemposta, Travanca e Palmaz e a Associação Tradições de S. Luís.
Vilarinho de S. Luís situa-se num vale povoado de espigueiros
Pertencente à freguesia de Palmaz, a aldeia de Vilarinho de S. Luís situa-se num vale povoado de espigueiros que representam a rusticidade do local, sendo marcada ainda pelo seu carater agrícola, de pequena escala, que domina a paisagem. Nas encostas que a circundam domina a monocultura do eucalipto.
Vilarinho de São Luís possui o percurso pedestres dos espigueiros
A aldeia está dotada de um percurso dos espigueiros que se estende por 4,7 quilómetros, com grau de dificuldade baixo. Ao longo deste percurso poderão ser admiradas estas construções rurais destinadas à secagem do milho, essencial para a alimentação do gado e para a confeção do pão." Créditos: Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis1
Galeria do núcleo de espigueiros de Vilarinho de São Luís
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Núcleo de Espigueiros
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Descrição de Vilarinho de São Luís pela organização que atribui a classificação Aldeia de Portugal
Vilarinho de São Luís prima pela sua paisagem marcadamente rural
Falta Foto de espigueiro
"A aldeia de Vilarinho de São Luís, no concelho de Oliveira de Azeméis, prima pela sua paisagem marcadamente rural e distingue-se pela morfologia do terreno envolvente, caracterizado por um declive disposto por socalcos, o que explica que a principal atividade do povoado seja a agricultura.
A abundância de espigueiros no vale de Vilarinho de São Luís
É por isso do trabalho da terra que resulta o traço mais característico desta porção tão genuína do distrito de Aveiro: a sua abundância de espigueiros, essa construção elevada que as famílias de Vilarinho construíam para guarda dos seus cereais e de outros bens a acumular e proteger fora de casa, para uso ao longo de todo o ano.
O milho é o cereal de eleição em Vilarinho de São Luís
A matéria-prima mais preciosa nessa localidade classificada como “Aldeia de Portugal” é, afinal, o milho, indispensável ao alimento do gado e à confeção do pão, muitas vezes confecionado em forno a lenha – nutrido, por sua vez, com o biocombustível apanhado nas encostas marcadas pela monocultura de eucalipto, com escassas zonas de pinhal.
Vilarinho de São Luís caracteriza-se pelo seu casario rústico e sossego
Protegido do bulício das cidades próximas de Oliveira de Azeméis, Vale de Cambra, Sever do Vouga e Albergaria-a-Velha, o recato de Vilarinho de São Luís proporciona-lhe um ambiente relativamente intacto, que mantém o ritmo de tempos mais antigos, preserva uma paisagem natural pura, limpa e fresca, e realça o trato modesto das famílias que ainda aí vivem, nos seus modos simples, reservados e afáveis.
Entre o casario rústico da aldeia, em que se incluem pequenas casas de pedra típicas da ruralidade portuguesa, a Capela de Vilarinho de São Luís destaca-se pela sua fachada alva e linhas pouco usuais. O templo constitui o ponto central da festa popular dedicada ao patrono da localidade, que se realiza sempre no último domingo de agosto.
Uma das atividades mais procuradas na aldeia é, ainda assim, o Percurso dos Espigueiros, curso de pequena rota que, promovido pela associação ANDAR, divulga diferentes aspetos sobre esse tipo de edificado, dá a conhecer os exemplares mais bem preservados da localidade e revela igualmente outros hábitos e tradições da comunidade." Créditos: Site das Aldeia de Portugal2
Créditos e Fontes pesquisadas
Texto: Ondas da Serra, com exceção do que está em itálico e devidamente referenciado.
Fotos: Ondas da Serra, com exceção das que estão referenciadas
1 - https://www.cm-oaz.pt/noticias.6/cultura.13/.a10410.html
2 - https://www.aldeiasdeportugal.pt/aldeia/vilarinho-de-sao-luis/