Igreja Matriz de Santa Marinha de Cortegaça
Escolhemos este momento porque a zona envolvente da mesma está a ser alvo de obras, neste local irá nascer a Casa Mortuária de Cortegaça, está a ser requalificada a Alameda do Padre Manuel Dias da Silva e efetuados os respetivos os arranjos urbanísticos.
História desta igreja
A nível histórico a Igreja “nova” como foi conhecida em Cortegaça começou a nascer em 1910 pela vontade do Padre Manuel Pereira e de uma comissão que o coadjuvava. Mas os custos eram bastantes e os “paroquianos na maioria pobre, não podiam arcar sozinhos, deliberou solicitar ao Governo de Sua Majestade um subsidio para ajuda do custeio das despesas com a fábrica da referida Igreja”, Pardinhas, A. (1992). Monografia de Cortegaça. Coraze. Oliveira de Azeméis.
A obra sofre um primeiro revés com a implementação da republica e posteriormente com a morte inesperada em 1916 do seu maior impulsionador, Padre Manuel Pereira. Mas o homem sonha e a obra nasce e em 18 de agosto de 1918, foi inaugurada, “O “João Semana” de Ovar noticiava assim este evento, na sua edição de 11.08.1918: Realiza-se, nos próximos dias 18 e 19 do corrente (Agosto de 1918) em Cortegaça, uma grandiosa festa, solenizando a inauguração da Igreja Matriz que acaba de concluir-se. Prega n’essa festa o Revº Abade resignatário d’Anta e tomam n’ella parte a banda de infantaria 6 do Porto e a “Ovarense” d’Ovar. A festa promete ser pomposa, a avaliar pelo entusiamo que reina entre o povo d’aquella freguesia e que resulta da grande alegria de está possuído, por ver sua freguesia dotada d’um templo de que há muito vinha carecendo, para substituir a velha e pequena igreja matriz.” Pardinhas, A. (1992). Monografia de Cortegaça. Coraze. Oliveira de Azeméis.
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O cemitério junto da igreja
O cemitério velho junto da Igreja tem muitos motivos de interesse e esperemos que as obras que estão a fazer não se esqueçam dele e dignifiquem o seu espaço, até para honrar a memória das pessoas que já partiram. Sobre o seu nascimento o autor acima referido diz o seguinte, “O multissecular costume de se enterrarem os mortos dentro das igrejas ou em volta delas, foi, inopinadamente, interrompido pelas chamadas “leis da saúde”, do Governo de Costa Cabral, leis alias progressivas, mas que concitaram contra si a rebelião da “Maria da Fonte (1846)”. Todavia venceu o bom senso e as populações rurais viram-se mesmo obrigadas as construir cemitérios próprios. E os de Cortegaça fizeram o mesmo ao lado da igreja “velha”. ” Pardinhas, A. (1992). Monografia de Cortegaça. Coraze. Oliveira de Azeméis.
A Igreja e os jazigos do Cemitério Velho encontram-se classificado como de Interesse Público, pela Direção Geral do Património Cultural.
Nota Histórico-Artística (Fonte: DGPC)
A edificação da atual igreja de Santa Marinha, matriz de Cortegaça, que veio substituir uma outra de época anterior, foi iniciada em 1910 e concluída em 1918 sob projeto de Manuel Soares de Almeida (Cf. Processo de Classificação, IPPAR/DRC). Trata-se de um imponente templo, com fachada principal flanqueada por torres rematadas por coruchéus. O pano central é marcado pela abertura do portal de verga recta, que se liga ao janelão superior, com balaustrada e frontão triangular, terminando num amplo frontão coroado por três esculturas - Santa Marinha, a quem o templo é dedicado, encontra-se ao centro, com S. Miguel à direita e S. Martinho à esquerda.
Todo este alçado foi revestido por azulejos azuis e brancos, com motivos decorativos e arquitetónicos que equilibram e enquadram os vãos existentes. As representações figurativas são referentes a S. Pedro e a S. Paulo, a S. João Bosco e a S. Francisco de Assis, ao Coração de Jesus e ao Coração de Maria.
No interior, o retábulo-mor exibe um painel com Cristo Crucificado e as imagens de Santa Marinha e São Miguel. O tecto da capela-mor apresenta pinturas dos quatro Evangelistas.
A igreja foi depois objeto de outras campanhas, entre as quais se destaca a realização de dois altares e, em 1956, a construção de um novo batistério onde se inclui um painel de azulejo com a figuração do Batismo de Cristo. Sensivelmente na mesma época foram aplicados dois painéis de azulejo na capela-mor.
O revestimento azulejar do exterior da igreja matriz de Cortegaça inscreve este templo na tendência que, desde o século XIX, se manifestou de forma particular na região de Ovar, onde boa parte das fachadas dos imóveis foram revestidas por azulejos.
A presente classificação inclui ainda os jazigos do Cemitério Velho, situado ao lado da igreja. Executados entre o final do século XIX e o início da centúria seguinte, caracterizam-se pela utilização de um vocabulário revivalista, destacando-se pelo trabalho escultórico das suas cantarias, pelos gradeamentos em ferro forjado e, também, pelo recurso ao revestimento azulejar, configurando um conjunto de grande homogeneidade.
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Igreja Matriz de Santa Marinha de Cortegaça e cemitério velho
Igreja Matriz de Santa Marinha de Cortegaça
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Cemitério velho
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Igreja Matriz de Santa Marinha de Cortegaça
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Igreja Matriz de Santa Marinha de Cortegaça
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Cemitério velho
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