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Zambujeira do Mar pertence à freguesia de São Teotónio, concelho de Odemira, distrito de Beja, ficando inserida no interior do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. A beleza natural das suas praias e riqueza da fauna e flora, transformou esta antiga aldeia piscatória num local predileto para os turistas que desejam passar férias tranquilas junto ao mar com muito sol. Para os amantes dos desportos náuticos as suas brisas marítimas permitem navegar na crista das ondas, nadar ou mergulhar. A abundância de peixe permite praticar pesca submarina ou com cana, por vezes de forma temerária. Quando o mar faz recuar as suas águas, os poços de maré, aprisionam peixes, medusas, anêmonas, artrópodes e invertebrados marinhos, que convidam à contemplação. Para os caminhantes há percursos pedestres que serpenteiam junto às falésias de meter medo, sob o olhar espantado dos pássaros. Neste artigo vamos mergulhar fundo no seu povo, águas, terras, usos e costumes.

Os Caminhos de Santiago, para chegar a Santiago de Compostela, na Galiza em Espanha, onde reza a lenda está sepultado o Apóstolo, na sua catedral, estão a ser percorridos de uma forma crescente pelos peregrinos do mundo inteiro. As principais razões para esta demanda são religiosas, desportivas, culturais e acima de tudo procurar um novo sentido de vida. Também nós do Ondas da Serra há uns anos ficamos apaixonados quando fizemos o primeiro e nunca mais paramos. Cada um tem a sua história e nos ajudou a aprofundar a nossa espiritualidade e crescimento interior. Neste artigo enumeramos os caminhos que já tivemos a felicidade de percorrer, onde conhecemos pessoas especiais, culturas, monumentos religiosos, natureza e paisagens que iremos para sempre recordar.

Num vale oculto do Parque Nacional da Peneda-Gerês, o Parque de Campismo Ponte Saltos, com três estrelas, fica localizado na freguesia de Vilar da Veiga, concelho de Terras do Bouro. Apesar da sua discrição, tem particularidades que o enchem de encantos e quem o visita uma vez, costuma querer regressar. O parque fica localizado perto da Vila do Gerês e possui acessos privilegiados às lagoas de água gelada, pura e cristalina do Rio Gerês, que aqui desagua para a Albufeira da Caniçada. Um pequeno trilho conduz os campistas para as diversas baías de águas temperadas deste grande espelho de água, que se estende até ao Rio Caldo. Sem dúvida que este local tem uma excelente localização para quem quiser conhecer esta região, for amante da natureza, calcorrear os seus trilhos, escalar as suas montanhas, deslumbra-se nos miradouros, banhar-se nas cascatas, navegar nas suas albufeiras, aquietar-se nos santuários ou dar um salto a Espanha. Neste artigo vamos conhecer a família que gere este parque há mais de 33 anos, a sua história, funcionamento, pessoas que o frequentam, serviços disponibilizados e pontos de interesse. 

Neste artigo vamos contar a história da nossa peregrinação pelo Caminho Francês de Santiago de bicicleta, com início em Saint-Jean-Pied-de-Port, na França e final na Catedral de Santiago de Compostela, em Espanha. Fizemos o percurso, com 759 km de extensão, de bicicleta. Foi uma aventura para chegar ao destino, com muitas dificuldades e peripécias. Demoramos 14 dias nesta demanda, que fizemos por devoção ao Apóstolo Santiago, à natureza e outras culturas. Na memória perdurará os pináculos dos Pirenéus, o austero património religioso, os caminhos intermináveis serpenteantes, ladeados de vermelhas papoilas, destacadas no verde dos campos. A nossa narrativa vai descrever os aspetos técnicos, dias da viagem, localidades, pessoas que conhecemos, alojamento e pontos de interesse.

Ao descermos a Barca d'Alva, pelas arribas do Douro, o nosso olhar não sabe onde se fixar, tantas são as belezas que Deus plantou no lugar. O vale por onde serpenteia o rio está coberto de socalcos vinhateiros que aqui fazem fronteira com Espanha. A sua beleza parece estar amaldiçoada, já foi próspera vila mandada arrasar no séc. XIII, por D. Sancho II, a despeito das suas terras tomadas pelo inimigo de Leão. Sobreviveu a aldeia, que conheceu algum progresso com a chegada no séc XIX, da linha férrea do Douro, que abriu as portas da Europa. No entanto a desdita persegue esta dama, porque já no séc XX, ditos representantes do povo a mandaram encerrar. Homens das artes aqui encontraram reflexão e escreveram romances inspirados pela sua rusticidade. Quem vê esta senhora não consegue atinar a má sorte que a persegue e reza para um dia a felicidade abarcar. Gostaríamos que um dia o comboio voltasse pelas suas encostas a apitar e se emendasse a mão do mau agravo permitido.

A Aldeia Histórica de Marialva, na Beira Interior, nasceu altaneira no topo de um cabeço rochoso. Este local foi outrora um castro por onde passaram povos como os Túrdulos e os Godos. Foi povoada pelos Aravos, um povo lusitano, e tomada pelos romanos. Em 1063, foi conquistada aos sarracenos por Fernando Magno de Leão, que lhe atribuiu o topónimo. O povo começou por viver na cidadela, no interior das muralhas, que extravasou depois para exterior no Arrabalde e Devesa, no sopé. No século XIX, esta vila medieval perdeu o estatuto de sede concelhia e entrou em declínio. Já no séc. XXI, foi resgatada às ruínas, por um programa público de recuperação destas aldeias do interior, envolvendo a iniciativa privada. Aqui, vamos falar da sua história, espaços, requalificação e destacar o seu rico património natural e arquitetónico. Esperamos regressar, não para a conquistar, mas voltar a apreciar a força da nossa história.

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