O Ondas da serra viajou até à aldeia de Vilarinho de São Luís – Palmaz – Oliveira de Azeméis, para percorrer o PR1, rota dos Espigueiros. Depois de termos viajado por umas estradas maltratadas, abriu-se à nossa frente um bonito vale, com a aldeia em cascata sobranceira à planície por onde sussurrava um rio. Desde logo constatamos que ali o som era diferente e o tempo alongava-se na eternidade dos momentos. O latir dos cães e o canto dos garnisés suavam mais límpidos e com outra sonoridade.
A equipa “Ondas da Serra” depois dos violentos incêndios deste Verão ainda não tinha efetuado mais nenhum trabalho nas serras de Arouca. A principal razão desta demora prendeu-se com o facto de previsivelmente irmos encontrar um cenário desolador e difícil de encarar, o que efetivamente veio acontecer. Segundo informações obtidas junto da Associação Geoparque de Arouca, de todos os percursos pedestres, só o PR1 - Caminhos de Montemuro e PR 10 - Rota dos Aromas, escaparam à destruição.
O Parque das Ribeiras do Rio Uíma fica situado nas freguesias de Fiães e Lobão, acompanha o Rio Uíma, tem cerca de seis hectares e um pequeno trilho de dois quilómetros, com grande valor natural e paisagístico. Este parque combina de forma harmoniosa, zonas húmidas, terrestres e de ocupação humana. Neste local podem observar-se espaços muito ricos a nível da diversidade de habitats, albergando grande número de espécies vegetais e animais.
O PR14 – Aldeia Mágica, é um percurso pedestre que o leva até Drave, no concelho de Arouca. Esta terra foi plantada no meio das Serras da Freita, São Macário e Arada. Este local é caracterizado pelas suas casas em pedra conhecida por lousinha e telhados em xisto. Chegar a este local não é fácil e necessita de partir de Regoufe. Esta aldeia desabitada e abandonada anda a ser recuperada lentamente por escuteiros. O seu carácter mítico só é entendido quando ela surge ao fundo do trilho e se aproxima com toda a sua grandeza.