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Concelhos

O projeto “Ondas da Serra” pretende através de conteúdos originais promover a identidade regional e turismo dos concelhos de Espinho, Ovar, Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Vale de Cambra e Arouca e duma forma mais geral os restantes municípios do distrito de Aveiro, Águeda, Albergaria-a-Velha, Anadia, Aveiro, Castelo de Paiva, Estarreja, Ílhavo, Mealhada, Murtosa, Oliveira do Bairro, Sever do Vouga e Vagos.

No nosso projeto colocaremos sempre as pessoas em lugar de destaque e sempre que seja possível nas nossas andanças pelas ondas do mar e da serra falaremos com os pescadores, agricultores, pastores e simples trabalhadores como a nossa equipa. Nesta nossa “nobre” missão respeitaremos sempre o espaço destas gentes e dos seus locais.

Não somos mais um “site”, somos um órgão de comunicação social que vai às raízes profundas das terras longínquas do nosso distrito e da génese do nosso povo para resgatar as suas historias antes que se percam nas brumas do tempo.

Na aldeia de Vilarinho de São Luís, localizada no concelho de Oliveira de Azeméis, realizou-se no dia 08 de dezembro de 2024, uma rojoada tradicional, organizada pela Associação Tradições de São Luís. Este evento veio dar alguma alegria a uma terra que em setembro viveu dias de agonia quando se viu sitiada por incêndios com origem criminosa e que deixaram as encostas queimadas e provocaram muito prejuízo. A história desta terra, que agora ostenta o título de Aldeia de Portugal, está ligada a práticas agrícolas de produção de cereais que tem no seu núcleo de espigueiros e casas rurais centenárias as suas memórias ancestrais. Neste artigo vamos também conhecer a história desta associação e as pessoas que confecionaram tudo à moda antiga para este evento, desde os rojões, a broa e o arroz.

As praias fluviais de Arouca atraem no verão de forma crescente muitos banhistas a este concelho que procuram uma alternativa às marítimas congestionadas da costa litoral. Estes sossegados locais paradisíacos, com grande riqueza natural, fauna e flora, com águas puras, cristalinas e temperadas, estão localizados nas Montanhas Mágicas e Geopark de Arouca, rodeadas por vezes de importantes sítios geológicos. Estas praias oferecem locais para nadar e poços para mergulhar de fragas que fazem as delícias da juventude, por vezes com demasiado arrojo e pouca ponderação. A seleção que neste artigo vamos apresentar são de praias localizadas nos rios Paiva e Paivô, na sua maioria junto de aldeias de xisto, onde algumas apresentam o título de Aldeias de Portugal. Se visitar estes locais respeite as pessoas da terra, natureza, não faça lixo nem barulho em demasia, nem danifique a natureza, plantas, animais e insetos.

A Praia Fluvial de Ponte de Telhe, fica localizada na aldeia de Ponte de Telhe, freguesia de Moldes, do concelho de Arouca. A mesma destaca-se por ser uma das poucas do Rio Paivô, ou Covelo, como é também conhecido. A sua nascente fica localizada a pouca distância na Serra da Arada e por isso as suas águas são límpidas e cristalinas. A praia nasce junto a uma açude e estende-se para montante, com uma rica galeria ripícola a acompanhar as suas margens, falésias graníticas e sinfonia natural. As suas águas temperadas de verão, oferecem locais para as pessoas se refrescarem, nadarem e os mais temerários saltarem dos penhascos e até de árvores. A mesma fica um pouco escondida sendo por isso pouco conhecida e procurada, não tem infraestruturas de apoio e vigilância permanente, mas a sua beleza compensa as suas fraquezas.

A Ecovia do Arda, situada em Arouca, com início no coração da vila, é um percurso ribeirinho junto ao rio que lhe inspirou o nome. Os seus 11 quilómetros passeiam pelo interior profundo de seis freguesias, onde se desenrola a vida agrícola, num ambiente bucólico e profundamente rural, com a lida do campo, criação de animais ou o desenrolar diário da vida do seu povo. O visitante ao caminhar ou pedalar pelo seu percurso é surpreendido pela riqueza do seu património natural e arquitetónico, com a profusão de fauna, flora e antigos monumentos. Pelo caminho foram construídos parques de merendas, descanso, atividades radicais e recuperação de moinhos. O percurso foi bem desenhado com construção eficiente do corredor ecológico, passadiços e estruturas metálicas, algumas com 70 metros e passagens vertiginosas sob antigas pontes. O mesmo está bem sinalizado a nível da orientação, sinalização e informação. Em suma, se for conhecer este passeio irá ter uma surpresa agradável e passar um dia tranquilo e sair com forças revigoradas.

A Estrada do Portal do Inferno é uma estreita via sinuosa, com perto de 18 km, a cerca de 1000 metros de altitude que percorre uma crista altaneira da Serra da Arada, caracterizada pelas suas falésias abruptas e precipícios infinitos, que metem medo ao olhar e fazem temer os incautos. O seu percurso em pleno coração do Maciço da Gralheira, começa perto da Capela de São Macário em São Pedro do Sul e termina na aldeia de Ponte de Telhe em Arouca, nos distritos de Viseu e Aveiro. A sua beleza é enaltecida na primavera quando a serra se pinta de tons verdes, amarelos, laranjas e lilases da carqueja, urze e giestas e que perfumam o ambiente e inebriam os sentidos. No seu percurso passa pelo geossítio do Portal do Inferno da Garra, com uma visão panorâmica de arrepiar sobre o vale por onde corre o Rio Paivô e Aldeia de Portugal de Covas do Monte. Os pontos de interesse são variados, desde as aldeias típicas de montanha em xisto, mariolas dos pastores, gado bovino e caprino que pasta livremente, fauna e flora. A mesma é muito popular entre os ciclistas e motociclistas, embora alguns corajosos condutores de automóvel também se aventurem pelos seus domínios.

A Cascata das Aguieiras fica localizada na freguesia de Alvarenga, concelho de Arouca, distrito de Aveiro. Esta queda de água é o geossítio de interesse com a identificação G35 do Arouca Geopark. Esta maravilha geológica destaca-se pelos sucessivos desníveis por onde a água, proveniente da ribeira com o mesmo nome, se precipita e que no conjunto totalizam cerca de 160 metros. A torrente em queda é descarregada na Garganta do Rio Paiva, onde este curso de água adquire um carácter violento e feroz para vencer as encostas estreitas. A sua importância é reforçada pela forma como pode ser observada pelo miradouro integrado nos Passadiços do Paiva ou Ponte Suspensa 516 Arouca. 

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