Icnofósseis de Cabanas Longas revelam rastos de trilobites Geossítio G37 - Icnofósseis de Cabanas Longas - Paradinha - Alvarenga - Arouca Ondas da Serra
domingo, 06 agosto 2023 00:41

Icnofósseis de Cabanas Longas revelam rastos de trilobites

Classifique este item
(3 votos)

Quem olha para as serras de Arouca está longe de imaginar que há muitos milhares de anos esta zona estava submersa por um mar pouco profundo e há riquezas ocultas por detrás dos penedos. Neste ambiente marinho viveram pequenos seres, como as trilobites, que deixaram o seus rastos sulcados no leito arenoso. Estas provas do passado foram preservadas no Geossítio G37 - Iconfósseis de Cabanas Longas, localizado perto da Aldeia de Portugal da Paradinha - Alvarenga - Arouca. A abundância destes antigos registos geológicos fez nascer o Arouca Geopark e colocou este concelho como referência internacional para o estudo da evolução da fauna, flora e geologia da terra. Neste artigo vamos descrever as suas características, aspetos técnicos, biodiversidade em redor, pontos de interesse e apresentar as suas fotos mais representativas.

Icnofósseis de Cabanas Longas - Paradinha - Alvarenga

Pode ler esta reportagem na totalidade ou clicar no título abaixo inserido para um assunto específico:

Descrição do Geossítio G37 - Icnofósseis de Cabanas Longas - Paradinha - Alvarenga - Arouca

Geossítio G37 - Icnofósseis de Cabanas Longas - Paradinha - Alvarenga - Arouca

"A presente área incluiu uma série de afloramentos quartzíticos sub-verticalizados localizados nas proximidades de Cabanas Longas (Alvarenga). Estas superfícies rochosas, praticamente verticais, correspondem à face inferior dos estratos quartzíticos onde é possível observar uma quantidade significativa de pistas muito bem preservadas de Cruziana, resultantes da atividade de artrópodes que viveram num mar pouco profundo há cerca de 475 milhões de anos (Arenigiano, Ordovícico Inferior).

Neste sentido, a partir da plataforma de observação dos icnofósseis observa-se uma grande superfície quartzítica repleta de sulcos bilobulados, que correspondem a moldes em relevo inverso das pistas originais escavadas, muito provavelmente, pelas trilobites.

Neste geossítio em particular observam-se duas gerações de pistas, marcadas principalmente por trilhos de C. furcifera e C. rugosa, que se intersetam num ângulo com cerca de 110 graus. De realçar a presença de pistas de C. rugosa muito largas, uma com 21 e outra com 23 centímetros, e ainda uma outra com um comprimento que ultrapassa um metro, dimensões pouco usuais para este tipo de icnofósseis.

O excelente estado de preservação que apresentam estas pistas conferem ao geossítio relevância internacional."2

Localidade: Aldeia da Paradinha - Alvarenga - Arouca - Aveiro - Portugal;
Altitude: 343 m;
Coordenadas: 40,943181 | -8,173606

Ficha técnica do Geossítio G37 - Icnofósseis de Cabanas Longas

Geossítio G37 - Icnofósseis de Cabanas Longas - Paradinha - Alvarenga - Arouca

  • Geossítio: Geossítio G37 - Icnofósseis de Cabanas Longas;
  • Descrição: Estes icnofósseis são vestígios de antigos seres que viveram há milhares de mais de 475 milhões de anos, num antigo mar pouco profundo que existiu neste local;
  • Tamanho das pistas: "Neste geossítio em particular observam-se duas gerações de pistas, marcadas principalmente por trilhos de C. furcifera e C. rugosa, que se intersetam num ângulo com cerca de 110 graus. De realçar a presença de pistas de C. rugosa muito largas, uma com 21 e outra com 23 centímetros, e ainda uma outra com um comprimento que ultrapassa um metro"2;
  • Relevância: Nacional e Internacional;
  • Localidade: Lugar de Paradinha, freguesia de Alvarenga, concelho de Arouca e distrito de Aveiro; 
  • Altitude: 343 m;
  • Coordenadas GPS: 40,943181 | -8,173606;
  • Acesso: Gratuito, estando aberto todo o ano;
  • Tipo de estrutura física de acesso ao geossítio: Junto à estrada existe uma escadaria em terra batida que depois contínua por um passadiço metálico, com piso em madeira. No final existe um espaço para as pessoas poderem admirar o geossítio, as montanhas e paisagem em redor;
  • Pessoas com mobilidade reduzida: Não é aconselhável;
  • Informação complementar presente no local: Existem algumas placas informativas, mas há pessoas a queixarem-se, através de comentários na Internet, que a mesma é insuficiente;

Como chegar aos Icnofósseis de Cabanas Longas

Geossítio G37 - Icnofósseis de Cabanas Longas - Paradinha - Alvarenga - Arouca

"A caminho da aldeia da Paradinha, na freguesia de Alvarenga, avistamos, ao longe, uma longa escadaria. Esta transporta-nos no tempo e leva-nos a outra Era, onde aqui habitavam animais marinhos. Falamos dos Icnofósseis de Cabanas Longas, um geossítio de relevância internacional, que nos conta um pouco da História da Terra."2

Este Geossítio fica perto de uma das extremidades dos Passadiços do Paiva e Ponte 516 Arouca. Depois de passar o acesso para a Praia fluvial do Areinho, irá encontrar antes da Ponte de Alvarenga, do seu lado esquerdo, a maior escadaria em madeira dos passadiços. Depois da ponte a estrada começa a subir e irá aparecer do seu lado direito uma placa informativa com o acesso à Aldeia de Portugal da Paradinha. Este Geossítio irá surgir alguns quilómetros à frente do lado esquerdo, tendo sido construído uma escadaria em terra batida e outra metálica com piso em madeira para aceder ao local. Esta estrutura permite aos visitantes acederem ao geossítio e pelo caminho estudarem outros pontos de interesse deste afloramento rochoso do Paleozóico.

Mapa da localização do Geossítio G37 - Icnofósseis de Cabanas Longas

Mapa do Geossítio G37 - Icnofósseis de Cabanas Longas - Paradinha - Alvarenga - Arouca

Na estrada de acesso à Aldeia da Paradinha referida no ponto anterior, irá encontrar os quatro motivos de interesse assinalados no mapa:

  • Geossítio G37 - Icnofósseis de Cabanas Longas;
  • Geossítio G38 - Miradouro Mira Paiva - Paradinha;
  • Aldeia de Portugal da Paradinha - Alvarenga
  • Praia fluvial da Paradinha; 

Icnofósseis são vestígios de antigos seres vivos com milhões de anos

Geossítio G37 - Icnofósseis de Cabanas Longas - Paradinha - Alvarenga - Arouca

“Um icnofóssíl é um fóssil de vestígios de atividade vital (isto é, de atividade biológica) de organismos do passado (do grego icnós, traço, vestígio + fóssil). Por exemplo, são icnofósseis os fósseis (mineralizações, incarbonizações ou moldes) de pegadas, de pistas de deslocação, de marcas de dentadas, de excrementos, de ovos, de túneis e de galerias de habitação, etc.” 3

"Os icnofósseis são vestígios de atividade dos seres vivos, neste caso animais marinhos, que viveram num mar profundo há mais de 475 milhões de anos. Aqui, em Cabanas Longas, podemos ver as Cruzianas, que são pistas da locomoção que as trilobites nos deixaram, em rochas quartzíticas. Nestes afloramentos, podemos encontrar Cruzianas com 20 centímetros de largura, o que nos indica que estes rastos foram deixados por espécies de grande porte.

É possível ver, de perto, o percurso destes animais marinhos, datados do período do ordovício inferior, pois existe um ponto de observação para facilitar o acesso ao local. O percurso faz-se através de uma escadaria e de um passadiço em madeira. No topo, um pequeno patamar permite-nos observar os icnofósseis e ter uma visão ampla da área envolvente.

Geossítio G37 - Icnofósseis de Cabanas Longas - Paradinha - Alvarenga - Arouca

O acesso é gratuito, a qualquer hora do dia, durante todo o ano. A subida ao topo da estrutura não é acessível a pessoas com mobilidade reduzida. Aproveite a visita aos Icnofósseis de Cabanas Longas e conheça a Aldeia da Paradinha, a escassos minutos deste geossítio."1

Cabanas Longas com vestígios de um antigo mar próximo do Polo Sul

"Há 475 milhões de anos, estas paredes rochosas não eram mais do que areias depositadas num mar antigo pouco profundo, localizado próximo do Polo Sul, povoado por seres atualmente já inexistentes, de que são exemplo as trilobites. Esta superfície quartzitica preserva um conjunto diversificado de pistas de alimentação e locomoção, designadas por Cruziana, que foram produzidas pelas trilobites no fundo do mar."6

Como se formaram estes Icnofósseis de Cabanas Longas

Geossítio G37 - Icnofósseis de Cabanas Longas - Paradinha - Alvarenga - Arouca

"As Cruziana são sulcos bilobulados, outrora escavados pelos apêndices locomotores das trilobites em fundos argilosos consistentes, posteriormente preenchidos por areias que mais tarde originaram os atuais quartzitos, criando os moldes em relevo inverso que se observam."6

As trilobites dominaram os oceanos por milhões de anos

"As trilobites foram animais marinhos que dominaram os antigos mares paleozóicos (540-250 milhões de anos). Atualmente conhecemos a sua existência apenas devido ao registo fóssil. As trilobites tinham o corpo dividido longitudinalmente em três lóbulos e eram animais dotados um conjunto de apêndices locomotores espinhosos que permitiam a procura e captura de alimento no fundo marinho. As Cruziana são pistas resultantes em parte desta atividade. No Arouca Geopark poderá conhecer uma coleção de trilobites de relevância internacional no Centro de Interpretação Geológica de Canelas e Trilobites."6

Centro de Interpretação Geológica de Canelas e Trilobites

Centro de Interpretação Geológica de Canelas e Trilobites

Uma forma de se entender na sua plenitude o que são estes Icnofósseis de Cabanas Longas, poderá visitar o Centro de Interpretação Geológica de Canelas e Trilobites, onde poderá assistir a uma apresentação multimédia sobre o Geopark de Arouca, ver fósseis destes antigos organismos, entre outros assuntos interessantes relacionados com esta temática ou história desta região. 

"Da jazida fossilífera popularmente conhecida como a "Pedreira do Valério", são extraídas ardósias, desde meados do século XX, cuja finalidade é a sua transformação e posterior utilização na construção civil. Com a lavra desta pedreira, tem sido descoberta uma importante fauna de invertebrados fósseis, constituída por trilobites, bivalves, rostroconchas, gastrópodes, cefalópodes, braquiópodes, equinodermes, Hyolithes, conulárias, ostracodos, graptolites e icnofósseis. Interpretados pelos primeiros trabalhadores como <<animais tempo do dilúvio>>, atualmente sabemos serem fósseis dos seres vivos que habitam o oceano que bordejava a margem sul do paleocontinente Gondwana, há cerca de 465 milhões de anos (Darriwiliano - Ordovícico Médio): Sabemos ainda que o registo paleontológico das trilobites encontradas é importante não só pelo gigantismo alcançado por muitas espécies (as maiores do mundo), mas também pelo seu estado de preservação.

Neste sentido, as condições ambientais de então favoreceram a conservação de mudas de carapaça junto a cadáveres completos de algumas espécies trilobites, de modo que muitos destes fósseis completam o conhecimento de alguns destes animais fósseis. O maior contributo desta jazida ao nível da biologia das trilobites consiste na descoberta de associações mono e pluri-específicas destes fósseis. A concentração em pequenos espaços de grupos de indivíduos em estado ontogénico similar foi aqui interpretada como indicativa do comportamento gregário alcançado por muitas trilobites durante a muda das carapaças ou a reprodução. O CIGC existe desde 1 de julho de 2006 e reúne alguns dos exemplares fósseis mais notáveis encontrados durante a laboração da pedreira de ardósias, tornando-se num dos Geossítios mais importantes do Arouca Geopark."4

Centro de Interpretação Geológica de Canelas possui as maiores trilobites do mundo

Centro de Interpretação Geológica de Canelas, fósseis de trilobites

As trilobites eram uns pequenos seres que pertenciam à espécie de "Crustáceos marítimos" que dominaram a fauna do planeta durante a era Paleozóica. Encontram-se em Canelas - Arouca algumas das maiores e mais raras e até únicas espécies no mundo. Estes fósseis são da maior importância, mesmo a nível internacional, para estudo da origem e evolução da vida na Terra. Estes animais, que viviam em águas profundas ou em águas superficiais, extinguiram-se rapidamente há cerca de 230 milhões de anos.5

Naquela altura uma grande catástrofe abateu-se sobre a terra, uma série de violentas explosões vulcânicas lançaram para a atmosfera cinzas e gases nocivos que acabaram por envenenar o mar, extinguindo a maioria dos seres vivos na terra e nos oceanos.

Geossítio G18 – Icnofósseis de Mourinha - Janarde

Na Aldeia de Janarde existe outro importante local de interesse geológico semelhante denominado Geossítio G18 – Icnofósseis de Mourinha. Para chegar ao mesmo terá que fazer o percurso pedestre PR5 - Livraria do Paiva e Icnofósseis de Mourinha, com cerca de 6 quilómetros no total, ida e volta. Em nossa opinião o interesse de ambos complementam-se, embora as pistas destes últimos sejam mais extensas, tem contudo o problema de não ser facilmente acessível. Por outro lado, quem gostar de percursos pedestres poderá também apreciar além dos icnofósseis a Livraria do Paiva, Aldeia de Janarde e os Conheiros e Meandros do Paiva

Icnofósseis de Cabanas Longas biodiversidade da área envolvente6

Rã-verde no rio Paiva - Arouca

  • Arouca Geopark
    • O território Arouca Geopark é refúgio de inúmeras espécies de fauna e flora, muitas delas protegidas pela Rede Natura 2000, a mais importante rede de conservação da biodiversidade na União Europeia. A Rede Natura 2000 é uma rede ecológica que resulta da aplicação da Diretiva Aves e da Diretiva Habitats, com o objetivo de assegurar a conservação da fauna e da flora selvagens e dos habitats naturais mais ameaçados, a longo prazo. Esta Rede abrange 47% da área do território Arouca Geopark, sendo que o local onde nos encontramos integra o Sítio de Interesse Comunitário Rio Paiva, que representa 10% da área total classificada.
  • Medronheiro
    • O medronheiro é uma planta autóctone que pode apresentar porte arbustivo ou arbóreo (até 12 m de altura). As folhas são lustrosas e as flores encontram-se reunidas em cachos pendentes e terminais. O fruto, quando maduro, é vermelho e comestível, sendo utilizado para preparar bebidas caseiras, das quais é exemplo a aguardente.
    • SABIA QUE: O medronheiro apresenta diversas propriedades medicinais, desde adstringente, anti-inflamatório, antisséptico, depurativo e diurético?
  • Borboleta do medronheiro
    • Na fase adulta apresenta a asa posterior com pintas azuis (embora existam indivíduos que não apresentam) e duas caudas, enquanto a face inferior apresenta um padrão complexo. A lagarta desta borboleta alimenta-se de medronheiro e a crisálida, que apresenta coloração verde, hiberna sobre as folhas. Quando adulta procura, avidamente, os frutos maduros dos quais se alimenta.
    • SABIA QUE: Esta borboleta diurna é a maior da fauna europeia?
  • Superfícies quartzíticas
    • Uma observação atenta destas superfícies quartzíticas permite descobrir uma comunidade pioneira formada por espécies de pequeno porte e de desenvolvimento rápido, como líquenes, musgos e fetos.
  • Acarospora hilaris
    • Líquen de coloração amarelo-limão. É indicador de clima mediterrânico.
  • Polytrichum spp
    • Musgo característico de taludes rochosos e de solos.
  • Polipódio
    • Feto muito comum em locais húmidos, na base de árvores e até em muros velhos.
  • Rosmaninho
    • Esta planta liberta um aroma semelhante a cânfora e na época romana terá sido utilizada para perfumar os banhos.
  • Anarrhinum longipedicellatum
    • É um endemismo lusitano (apenas ocorre nas bacias hidrográficas do Paiva e do Vouga) e encontra-se protegido pela Diretiva Habitats.
  • Gilbardeira
    • Este arbusto está protegido pela Diretiva Habitats. As folhas são rudimentares e os ramos (cladódios) são ovado-aguçados e terminam em espinhos.
  • Linha de água que escorre pelos quartzitos
    • A linha de água que escorre pelos quartzitos que aqui afloram é habitat para diversas espécies de macroinvertebrados e anfíbios, como o tritão-de-ventre-laranja, a rã verde ou a vulnerável salamandra lusitânica.
  • Tritão-de-ventre-laranja
    • Esta espécie é um endemismo ibérico. A coloração do dorso é variável enquanto a região ventral apresenta coloração tipicamente laranja com manchas escuras.
  • Rã-verde
    • A rã-verde, foto acima exibida, apresenta coloração muito variável e uma linha vertebral verde-clara. É um dos anfíbios mais frequentes em Portugal.
  • Salamandra lusitânica
    • É um endemismo ibérico e está protegido pela Diretiva Habitats. Ao longo do dorso apresenta duas listas de cor dourada que se unem numa só na cauda.

Missão do Arouca Geopak

A missão do Arouca Geopark visa "Contribuir para a proteção, valorização e dinamização do património natural e cultural, com especial ênfase no património geológico, numa perspetiva de aprofundamento e divulgação do conhecimento científico, fomentando o turismo e o desenvolvimento sustentável do território do Arouca Geopark."7

Arouca está classificado como Geoparque Mundial da UNESCO

"Todo o município de Arouca está classificado como Geoparque Mundial da UNESCO. Cada centímetro dos 328 quilómetros quadrados. Cada sorriso que acolhe quem aqui chega. Cada flor de urze que pinta o planalto da Serra da Freita. Cada gota de água dos rápidos do rio Paiva. Todo este manto verde guarda, cioso, 41 sítios de interesse geológico (geossítios), e quase metade dele está classificado pela Rede Natura 2000."8

Afloramento Paleozóico da Corga das Quelhas - Paradinha

Afloramento Paleozoico da Corga das Quelhas - Paradinha - Alvarenga - Arouca

Junto a este Geossítio G37 - Icnofósseis de Cabanas Longas, a Associação dos Amigos da Paradinha, Cabranca, Janarde e Meitriz, colocou placas informativas a assinalar um afloramento do Paleozóico e outro com a indicação de Icnofósseis Corga das Quelhas. Nós ficamos sem saber se esta placa se refere aos mesmos incnofósseis deste artigo ou outros diferentes.

Outros pontos de interesse

Galeria de fotos do Geossítio G37 - Icnofósseis de Cabanas Longas

Créditos e Fontes pesquisadas

Texto: Ondas da Serra com exceção do que está em itálico e devidamente referenciado.

Fotos: Ondas da Serra. 

1 - visitarouca.pt/atracoes/icnofosseis-de-cabanas-longas/
2 - aroucageopark.pt/pt/conhecer/geodiversidade/geossitios/icnofosseis-de-cabanas-longas/
3 - ciencias.ulisboa.pt
4 - aroucageopark.pt
5 - aldeiasdeportugal.pt
6 - Painel informativo colocado junto do Geossítio G37 - Icnofósseis de Cabanas Longas - Paradinha - Alvarenga, pelo Arouca Geopark
7 - aroucageopark.pt/pt/quem-somos/
8 - aroucageopark.pt/pt/conhecer/territorio-unesco/

Lida 1216 vezes

Autor

Ondas da Serra

Ondas da Serra® é uma marca registada e um Órgão de Comunicação Social periódico inscrito na ERC - Entidade Reguladora para a Comunicação Social, com um jornal online. O nosso projeto visa através da publicação das nossas reportagens exclusivas e originais promover a divulgação e defesa do património natural, arquitetónico, pessoas, animais e tradições do distrito de Aveiro e de outras regiões de Portugal. Recorreremos à justiça para defendermos os nossos direitos de autor se detetarmos a utilização do nosso material, texto e fotos sem consentimento e de forma ilegal.     

Itens relacionados

Ecovia do Arda passeio ribeirinho por passadiços e moinhos

A Ecovia do Arda, situada em Arouca, com início no coração da vila, é um percurso ribeirinho junto ao rio que lhe inspirou o nome. Os seus 11 quilómetros passeiam pelo interior profundo de seis freguesias, onde se desenrola a vida agrícola, num ambiente bucólico e profundamente rural, com a lida do campo, criação de animais ou o desenrolar diário da vida do seu povo. O visitante ao caminhar ou pedalar pelo seu percurso é surpreendido pela riqueza do seu património natural e arquitetónico, com a profusão de fauna, flora e antigos monumentos. Pelo caminho foram construídos parques de merendas, descanso, atividades radicais e recuperação de moinhos. O percurso foi bem desenhado com construção eficiente do corredor ecológico, passadiços e estruturas metálicas, algumas com 70 metros e passagens vertiginosas sob antigas pontes. O mesmo está bem sinalizado a nível da orientação, sinalização e informação. Em suma, se for conhecer este passeio irá ter uma surpresa agradável e passar um dia tranquilo e sair com forças revigoradas.

Conheça a Cascata das Aguieiras das mais belas de Portugal

A Cascata das Aguieiras fica localizada na freguesia de Alvarenga, concelho de Arouca, distrito de Aveiro. Esta queda de água é o geossítio de interesse com a identificação G35 do Arouca Geopark. Esta maravilha geológica destaca-se pelos sucessivos desníveis por onde a água, proveniente da ribeira com o mesmo nome, se precipita e que no conjunto totalizam cerca de 160 metros. A torrente em queda é descarregada na Garganta do Rio Paiva, onde este curso de água adquire um carácter violento e feroz para vencer as encostas estreitas. A sua importância é reforçada pela forma como pode ser observada pelo miradouro integrado nos Passadiços do Paiva ou Ponte Suspensa 516 Arouca. 

Passadiços do Paiva: Guia Teórico-Prático para fazer o trilho

A fama dos Passadiços do Paiva em Arouca, por quem Gaia se enamorou, foi elevada pelos ventos aos quatros cantos da Terra. As suas formosas escadarias parecem tomar os céus de encontro ao Criador. O rio Paiva que as acompanha é dos últimos de águas bravas e mais limpas da Europa. O seu percurso ondulante acariciando o vale aproxima o ser humano da natureza que esqueceu, mas quer resgatar. Este Jardim do Éden, pode conduzi-lo aos verdes prados e águas refrescantes, porque nada lhe falta, por isso temos o dever de o proteger e enaltecer a sua natureza. Esta aventura vai desvendar algumas das riquezas da sua fauna, flora, geologia, história, rápidos e praias fluviais. Muito se tem escrito sobre este premiado ser, contudo neste artigo vamos dar-lhe uma visão prática da visita, para colmatar uma das suas lacunas, para você saber de antemão o que pode ver, ouvir, cheirar, provar e tocar.