O humor é a principal ferramenta da marca portuguesa de mobiliário e acessórios. As peças de decoração dirigem-se a distribuidores, retalhistas e profissionais que desenvolvem projetos de interiores nos setores da Habitação e Hotelaria.
DAM significa objetivamente design, artesanato e mobiliário. No entanto, a marca criada em 2013, depois de Joana e Hugo vencerem a 5ª edição do concurso POPs, - Projetos Originais Portugueses -, significa muito mais.
Entre a tradição e a modernidade, cada peça combina materiais e técnicas tradicionais com desenho criativo. A cultura portuguesa e as coisas do quotidiano inspiram novas peças cheias de garra. Renova-se um património coletivo que continua genuíno em cada produto. A Dam é um apelo sincero às emoções, à simplicidade e à qualidade de vida, em harmonia com a natureza e a sociedade.
“Utilizámos essencialmente produtos naturais como madeira, cortiça, cordas e palha”, revela Hugo. “A palha de centeio é muito usada em Fafe para os chapéus e fazemos um mix com outros materiais para estabelecer esta ligação com a Natureza e com Portugal”, completa Joana.
O casal de designers conheceu-se na Universidade de Aveiro e partilha o amor por design. “Os nossos materiais têm de trazer qualquer coisa às pessoas, sobretudo emoções e histórias”, arrebata Joana.
Natural de São João da Madeira, Joana convenceu Hugo a mudar-se de Braga para a cidade sanjoanina e é entre o concelho de São João da Madeira, Paços de Ferreira e Leiria que gerem a DAM. Em 2013 venceram o concurso POP’s com as peças Nel e Maria, duas mesas de cabeceira que exploram o género e o humor.
A estreia internacional seria ainda em 2013 na 100% Design, em Londres. Um ano depois, vencem a 6ª edição dos POP’s com o Pipo – um banco ou uma mesinha de apoio para levar para qualquer lado.
Quatro anos depois, já venderam para mais de 25 países e participam em projetos de projeção internacional. O sucesso, entre outros fatores, explica-se pela forma como Joana e Hugo desenham. “A forma como desenhamos é diferente. Trabalhamos com materiais naturais, lançamos para o mercado produtos que sejam diferenciadores, que marquem a diferença e que tenham uma história para contar”, afirma o designer licenciado em Design.
Hugo fala da “noção de orgulho” que os clientes têm por adquirir produtos DAM” e esta é a “parte mais interessante e gratificante” para o casal de criativos.
O projeto Craveiral Farmhouse é um investimento de 5,5 milhões de euros e tem inauguração prevista para final de Março. São Teotónio, no concelho de Odemira, foi o local escolhido para acolher esta quase aldeia alentejana com 38 casas, piscinas interiores e exteriores, restaurante, estábulos com animais, um centro de interpretação da natureza, pomar e horta.
Os turistas vão encontrar peças DAM em diferentes espaços e usufruir da boa-disposição destes produtos tão especiais. “Fomos desafiados para criar peças para os vários espaços. Porta-malas, bengaleiros de parede, e outras coisas que não tínhamos”, conta Joana.
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O desafio foi recebido por Hugo e Joana com enorme entusiamo e algum receio. O catálogo da marca de mobiliário portuguesa foca-se em nichos de mercado embora as peças sejam muito flexíveis. “Não criamos peças para decorar um espaço inteiro, mas peças cuja presença define a decoração do espaço”. A posição de Joana é corroborada por Hugo: “O exemplo mais evidente é o sofá Valentim. Quando entra num projeto, é a primeira peça que se vê. As nossas soluções fazem a diferença, ajudam a engrandecer o projeto”.
A capacidade de desenhar à medida das necessidades dos clientes tem permitido à jovem empresa agarrar projetos de grande notoriedade. Para 2018, a utilização de materiais naturais, a defesa de um estilo de vida saudável e próximo da natureza e a sustentabilidade permanecerão enquanto pilares da comunicação e de todos os projetos.
Ainda este ano, serão lançados novos produtos. Mas que ainda não podem ser revelados. Apaixonar-se por uma mesa-de-cabeceira ou ficar a pensar no charme do sofá não tem problema. As peças da DAM arrebatam pela felicidade que emanam.
Falamos com a Joana e o Hugo no seu atelier, em São João da Madeira. Durante a conversa estivemos acompanhados por peças como a Dora, a Flora e a Sara. O Colombo estava mais resguardado, mas não deixou de marcar a sua presença. As emoções fervilham num espaço verdadeiramente suspirante. Tudo se resume ao amor pela diferença.
O Pombo decorativo é um símbolo da DAM e uma metáfora do pombo-correio que transporta uma mensagem da DAM para os clientes – “É sempre uma enorme alegria dar-lhe as boas-vindas”.
As mesas-de-cabeceira com candeeiro embutido reinterpretam técnicas tradicionais de produção e têm bom-humor com um toque humano. Os candeeiros representam os chapéus tradicionalmente utilizados por homens e mulheres no Baixo Minho. A Maria é uma tagarela e o Nel fica rendido ao seu discurso.
A madeira e a cortiça são os materiais utilizados para a produção destas cadeiras. Dina e Dora honram todos os homens e mulheres que trabalham na região vinícola mais antiga do mundo: o vale do Douro. É o património da Humanidade homenageado em duas peças de extrema elegância.
O sofá Valentim recupera a nostalgia das serenatas na velha cidade do Porto. Recupera a imagem das amadas suspensas nas varandas enquanto os seus pretendentes se esforçam por as conquistar.
O Pipo é um banco ou uma mesinha de apoio para levar para qualquer lado. Tem inspiração nos tradicionais barris de madeira usados para transportar e armazenar o vinho.
A graciosidade é a principal força deste acessório. Ana é o nome de uma almofada para homem e mulher com ilustrações da cultura portuguesa.
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Equipa Joana e Hugo
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Dina Ambiente
Dora vineyard
Valentim sofá Front
Anas almofadas detalhes