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No ano da graça de 2021, partimos numa epopeia de bicicleta na demanda duma nau, que começou em Vila Nova de Gaia, navegando junto à costa atlântica do litoral norte do Porto, Matosinhos e Vila do Conde. Fomos à descoberta destas terras desconhecidas e ficamos maravilhados com o seu encanto histórico, patrimonial, ambiental e religioso, que vamos partilhar com o nosso reino.

O Ondas foi conhecer a Associação dos Amigos da Ria e do Barco Moliceiro, na Ribeira de Pardelhas – Murtosa, que tem como missão preservar as embarcações tradicionais da Ria de Aveiro, onde se destaca o barco moliceiro e ainda dar formação náutica e desportiva.

Neste artigo estivemos à conversa com o Professor Manuel Oliveira, simultaneamente Presidente da associação e formador, que nos contou a sua história, de algumas das suas relíquias históricas, o tipo de formação que dão aos sócios e estivemos a ver um Mestre a trabalhar na recuperação dum barco de recreio e fomos ver outro aparelhar um moliceiro e navegar com ele na ria.

O Ondas da Serra foi conhecer a aldeia de São João do Campo - Campo do Gerês - Terras de Bouro – Braga, situada em pleno Parque Nacional Peneda-Gerês. Neste artigo vamos dar a conhecer esta aldeia, a Albufeira de Vilarinho da Furna, os percursos pedestres da Geira Romana e da Águia do Sarilhão e uma VÍBORA que nos assustou.

A aldeia de Regoufe, fica localizada em Arouca, sendo o seu acesso muito difícil. Esta terra fica localizada no fundo de um vale e mantém ainda viva os ecos do seu passado agrícola, com o cultivo da terra, a pastorícia e restos da sua história mineira. Daqui partem dois dos melhores trilhos de Arouca, para Drave e Covelo de Paivô. Ao caminhar pelas suas lajes de pedra encontramos a cada virar da esquina velhos agricultores, rebanhos de ovelhas, cabras ou outros animais.

Espalhados pela cidade e arredores, encontramos os fontanários de Ovar, cuja antiga função era dar de beber ou servir de lavatórios aos vareiros do concelho. A construção dos parques junto às frentes ribeirinhas, têm melhorado a recuperação de alguns, mas ainda não é suficiente para evitar que a maioria deste património esteja degradado e corra o risco de desaparecer. Fomos dar uma volta de bicicleta, por nove destes fontanários e medimos a sua saúde ao longo de oito quilómetros. Neste artigo deixamos uma sugestão para planear uma visita a este património indelével da população vareira, mas que para outros por não ser floresta para abater ou cantor para contratar vão deixando morrer.

“… cercado de montanhas de formas extravagantes, não é fácil descortinar em Portugal outro mais grandioso e espectacular. Quase não tem planos.

A terra é verde e o céu é azul; é tudo verde e azul com raras pintas brancas do casario, que mais do que moradias de homens parecem janelas da própria paisagem.

Nas noites de luar, quando o grande balão de oiro surge na lomba das montanhas, o vale enche-se de magia, dum sortilégio que paira desde os píncaros longínquos às águas sussurrantes do Caima. De manhã é o milagre, todos os dias há um milagre de luz sobre a terra quando o sol nasce em Vale de cambra.

(Ferreira de Castro)

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