O Rio Caima pula como uma criança pela Serra da Freita abaixo, brincando por montes e vales desde Albergaria da Serra em Arouca até à foz no Rio Vouga. Ao chegar à Frecha da Mizarela lança-se incauto no abismo, mas vai ganhando carácter com o crescimento ao passar por terras de Vale de Cambra e Oliveira de Azeméis. Em Ossela é já um confiante e belo jovem por cujas damas se enamoram. Para o agradar, Palmaz em 2011 ofereceu-lhe nas suas margens uns passadiços, muito aclamados pelo povo. Este é um local agradável para caminhar pelos recônditos trilhos, rodeados de frondosa vegetação, escutando a sinfonia dos pássaros, sussurro das águas e zumbidos das abelhas. Contudo passado mais de uma década desde a sua requalificação o espaço carece de atenção e de obras de manutenção, para relançar todas as suas potencialidades e recolocar o velho rio no seu usurpado trono.

A aldeia de Ul em Oliveira de Azeméis, integra o projeto “Aldeias de Portugal”, ficando enclausurada num município com grande pujança industrial e que vai mantendo a sua ruralidade, mas resistindo com dificuldades ao progresso desmesurado. No vale por onde passam os Rios Ul e Antuã, ainda subsiste uma pequena mancha de florestal autóctone, rodeado por indústria. Nós vamos visitando o Parque Temático Molinológico, ao longo do tempo, provando o seu afamado Pão de UL e regueifa doce, passeando nas margens do Rio Ul, que continua poluído e a lançar cheiros pestilentos. Neste artigo vamos conhecer a sua história, pontos de interesse, património natural e arquitetónico, um vídeo da confeção do seu pão e uma associação de defesa destes valores.