Localização das Margens dos Passadiços do Rio Caima
Os passadiços das margens do Rio Caima foram construídos em Palmaz - Oliveira de Azeméis. Esta infraestrutura corre paralela à Estrada N224, sendo uma via muito procurada por ciclistas pelo facto de acompanhar o Rio Caima durante muitos quilómetros, ladeada por frondosa vegetação e pouco tráfego. Para as amantes do BTT não faltam locais para explorar os trilhos em terra batida.
Passadiços de Oliveira Azeméis
Trilhos nas margens do Rio Caima em Palmaz1
Os passadiços foram construídos numa das margens do Rio Caima e junto dum canal que conduz a água ao aproveitamento hídrico do “Vale do Rio Hotel Rural”. O percurso originalmente podia ser percorrido de forma circular, transpondo o rio por duas pontes. O facto duma delas ter sido destruída pela corrente só permite atualmente fazê-lo de forma linear. Na margem oposta o trilho em terra batida é mais selvagem e oferece possibilidades de descoberta. Um dos pontos altos desta aventura é a paisagem deslumbrante que o rio oferece a jusante, quando percorre a única ponte.
“As Margens do Caima, localizadas na freguesia de Palmaz, são uma atrativa área envolvente do rio Caima, desde o Açude do Areinho à antiga Fábrica de Papel do Caima. Este espaço é constituído por um caminho pedonal com 2,3km, zonas de descanso e de piqueniques e um viveiro de espécies autóctones para reconversão da flora local. Não vai conseguir ficar indiferente aos inúmeros recantos que vão pontuando as margens deste rio, onde poderá encontrar espécies vegetais e animais de extrema beleza.
Projeto de requalificação das Margens Passadiços do Caima 20111
Esta zona em 2011 foi alvo dum projeto de requalificação, em baixo destacam-se alguns dos seus objetivos:
- Requalificação ambiental das margens do rio Caima;
- Instalação do primeiro eco-hotel rural do país, denominado “Vale do Rio Hotel Rural”, a funcionar totalmente com recurso a energias renováveis;
- Colocação de passadiços de madeira;
- Criação duma praia fluvial;
- Transformação de lagoas em piscinas biológicas;
- Zona destinada a piqueniques;
- Parque de estacionamento;
- Criação de um viveiro de plantas destinadas ao povoamento e à reconversão da floresta;
- Controle de espécies infestantes, onde se destaca a acácia;
- Introdução da vegetação característica da zona.
“O projeto de valorização da zona ribeirinha do rio Caima, na freguesia de Palmaz, Oliveira de Azeméis, surgiu da necessidade de introduzir novas lógicas de atuação ao nível do património natural existente, da preservação da biodiversidade e da gestão sustentável da água. Nessa perspetiva, foram delineadas várias ações com o objetivo de requalificar a área entre a antiga fábrica de papel do Caima e o açude do Areinho devolvendo toda esta zona à fruição da população através de infraestruturas essencialmente de carácter lúdico.” 1
Pessoas nas margens dos passadiços do Rio Caima
Encontramos a caminhar energicamente pelos passadiços, três bonitas senhoras da aldeia próxima de Nespereira de Cima, exibindo orgulhosamente os seus chapéus em palha engalanados por flores. Elas ainda se recordam, antes da construção da ETAR ali próximo, de verem pequenos peixes no rio, mas que agora desapareceram se calhar por causa da poluição. Como no local não encontramos informações foram elas que nos explicaram que antigamente havia duas pontes para se fazer o percurso de forma circular, mas que o aumento do caudal do rio destruiu uma.
Alegada poluição do Rio Caima pela ETAR de Ossela
Depois da publicação deste artigo recebemos muitas mensagens e comentários nas redes sociais dos nosso leitores que chamavam atenção para o facto da água neste local estar a ser poluída a montante alegadamente pela ETAR de Ossela. Efetivamente durante a nossa visita, a cor que ela apresentava não parecia natural nem saudável, mas não podemos comprovar nem afirmar qual a sua origem apenas empiricamente. O que podemos dizer é que antes dela efetivamente a água parece ser mais límpida e não ter odores desagradáveis, situação para as entidades oficiais, politicas, policiais e ambientais na sua esfera de ação tomarem as providências necessárias.
Vale do Rio Hotel Rural – As energias renováveis ao serviço da sustentabilidade4
A marcar a paisagem temos o “Vale do Rio Hotel Rural”, construído junto das margens do Rio Caima, que se distingue pelo uso das energias renováveis na sua laboração e já ter sido já distinguido por duas ocasiões com o prémio "Green Key".
“A razão principal da construção do Vale do Rio Hotel Rural foi a existência de uma mini-hídrica, já neste local desde finais de 1800. Depois de devidamente restaurada e em funcionamento, foi refletida a hipótese de partilhar a magnífica paisagem deste local, conhecido como “Princesa do Caima”, com as mais modernas infraestruturas e com todos os serviços de excelência. Trata-se assim de um projeto inovador, um eco-hotel que pretende aproveitar e explorar várias energias renováveis: energia hídrica, eólica, solar, fotovoltaica, biomassa e biodiesel.” 4
“O programa “Green Key” é um galardão internacional que promove o Turismo Sustentável em Portugal através do reconhecimento de estabelecimentos turísticos, alojamento local, parques de campismo e restaurantes que implementam boas práticas ambientais e sociais, que valorizam a gestão ambiental nos seus estabelecimentos e que promovem a Educação Ambiental para a Sustentabilidade.” 4
Estado dos passadiços das margens do Rio Caima 2022
Quem visite estes passadiços, embora consiga caminhar de forma agradável em contacto com a natureza, verifica que o espaço está degradado e com a sensação que poderá estar votado ao abandono. Na nossa opinião o local deveria ser alvo duma nova requalificação para ser valorizado e desenvolver todo o seu potencial. Vamos agora de forma metódica, na nossa opinião, enumerar os aspetos que poderiam ser melhorados:
- Criação de um percurso pedestre circular devidamente assinalado, junto às margens do Rio Caima, aproveitando a infraestrutura já existente. Submeter este percurso para homologação da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal;
- Manutenção dos passadiços que se apresentam destruídos em alguns locais e com materiais pouco seguros;
- Introdução de sinalética para dar informações sobre os trilhos disponíveis, história da região, geografia, fauna e flora;
- Substituir a ponte que foi destruída pelas águas do Rio Caima;
- Utilizar eco-hotel rural para dar apoio a estas atividades e poder receber os visitantes;
- Melhorar a zona da praia fluvial e piqueniques, que tivemos dificuldades em localizar;
- Controlar as espécies invasoras como as acácias;
- Plantação de espécies autóctones nos locais onde não exista.
Um dia em Oliveira de Azeméis nas freguesias de Palmaz e Ossela
O passeio que aconselhamos os nossos leitores a fazerem é viajarem até Oliveira de Azeméis, visitarem a freguesia de Palmaz, começando o passeio junto da sua Igreja Matriz. Junto deste edifício religioso poderá descer um caminho difícil e estreito até à ponte sobre o Rio Caima, que dá acesso a Nespereira de Cima. Antes da ponte, junto da Central Hidroelétrica do Açude do Pego, virem à esquerda, seguindo o curso do rio para montante. Este é um trajeto muito agradável para fazerem também de bicicleta ou percorrendo a caminhar.
A próxima paragem são os Passadiços das Margens do Rio Caima, que começam perto do "Vale do Rio Hotel Rural". Depois podem continuar a seguir o rio para montante entrando na freguesia de Ossela, parando para admirar a Ponte Nova do século XIX. Alguns quilómetros depois sigam as indicações dum corte à direita que dá acessos aos lugares de Seloures, Chousal, Mosteiro e Gandra, até encontrarem a Praia Fluvial de Pedrugulhal. Se for no verão podem banhar-se no rio, fazer um piquenique, ou andar de baloiço, numa paisagem rural ribeirinha, emoldurada pelos campos agrícolas e floresta.
História de Palmaz1
“Palmaz encontra-se escondida entre as montanhas, a Sudeste do Município, destacando se as suas belas paisagens naturais. Nos finais do século XI e inícios do XII, o opulento João Gosendes e sua mulher D. Ximena Forjaz, senhores de largos bens do Centro do País, também os tinham aqui, uns por compra outros por herança, como a de Sisil, irmã de Ximena. No final de 1110, o casal fez largas doações à Sé de Coimbra, com reserva do usufruto, sendo a de 25 de dezembro tão solene que teve a presença do Conde D. Henrique e da rainha D. Teresa.
No documento de 1098 vem bem demarcado Palmaz, entre Branca e Tugilde, junto ao Monte Besteiro, ao rio Caima. Por motivo destas doações, na larga reivindicação executada por D. Miguel Salomão, de várias propriedades que andavam alheadas, incluiu-se no elenco “in Palmaz”. Em 1135, Egas Moniz e a esposa Dórdia Pais trocaram com a Sé conimbricense a herdade que aqui haviam comprado por terras equivalentes em S. Maria de Cárquere. Houve aqui fabrico de telha comum e de vasilhame de ir ao fogo, tendo existido inclusive fornos junto da igreja. Outrora pertença do extinto Município da Bemposta, há quem lhe atribua a designação de "Princesa do Caima" pela importância que este rio representa para a freguesia desde tempos remotos.
O rio Caima dá, de facto, um especial encanto a esta terra, podendo ser visitados o Parque Turístico Bento Carqueja; a Ermida da Senhora da Mó; as Capelas de S. Gonçalo, de S. Luís, de S. João e da Nossa Senhora da Memória; as quintas de Casinhoto, dos Pamplonas e de Baixo. Descendo da Igreja, no ponto mais estrangulado do rio Caima, encontra-se a ponte, crê-se que da época setecentista, que une abruptos declives. Esteve-lhe encostada, na margem direita e a montante, uma antiga fábrica de papel, ou engenho de papel, como se dizia na altura, de fabrico manual.
Entre outros valores arquitetónicos e arqueológicos são de referir também a Fábrica de Papel do Caima, os moinhos, as áreas da Mó e da Raposeira, sem esquecer o importante e típico núcleo rural de Vilarinho de S. Luís, terra agrícola cercada de vegetação, situado nos confins do município.”
Igreja Matriz de Palmaz1
“De acordo com Nogueira Gonçalves a igreja terá sido construída antes do século XVII, sendo constituída por uma só nave. Nos finais do século XVII, ou início do século XVIII, terá sido ampliada para três naves aproveitando as capelas laterais que possuía. Ainda, no século XVIII a frontaria foi avançada, sendo reutilizados os elementos arquitetónicos e feitas obras nos altares. No século XIX é referida a realização de obras com objetivo de aumentar a altura das paredes e da frontaria da igreja. Não se conhecem referências a obras de grande dimensão durante o século XX. Apesar de não ser conhecida a data de construção, o período de utilização relativamente longo coincide com a prática de inumação de cadáveres no interior das igrejas.”
Núcleo Rural de Vilarinho de S. Luís1
Perto de Palmaz poderá também visitar a aldeia de Vilarinho São Luís, onde poderá fazer o PR1 - Rota dos Espigueiros e conhecer à Associação Tradições de S. Luís. "Ao longo deste percurso poderá admirar estas fabulosas construções rurais, destinadas à secagem do milho – essencial para o alimento do gado e para a confeção de pão. Estas estruturas retratam o estatuto social do seu proprietário e a sua riqueza, sendo que podem ser mais ou menos trabalhadas e cuidadas, em pedra ou em madeira, com mais ou menos ornamentos. Esta pequena rota estende-se por 4,7 km e tem um grau de dificuldade baixo, podendo ser efetuada durante todo o ano.
A aldeia de Vilarinho S. Luís constitui hoje um espaço relativamente intacto, quando comparamos as mudanças arquitetónicas ocorridas com os demais aglomerados do município. Local algo isolado onde o protagonismo económico da agricultura lavoura e de um dos seus bens mais preciosos, o milho. Indispensável ao alimento do gado e confeção do pão. Nas encostas em redor domina a monocultura de eucalipto e aqui e ali pinheiro. Os espigueiros representam também a rusticidade do local.” 1
História de Ossela1
“Ossela é conhecida no mundo inteiro pelo facto de ser a terra natal do imortal escritor Ferreira de Castro. Há quem afirme que Ossela é uma das mais antigas freguesias de Portugal, sendo já paróquia no tempo dos godos. Mas de onde lhe veio exatamente o nome ainda não se sabe ao certo. Pinho Leal, no seu "Portugal Antigo e Moderno" refere que "Há mesmo quem assevere que foi uma cidade, com o nome de Ossa, dado pelos gregos, seus fundadores.
Sendo assim, tinha esta cidade sido fundada pelos anos 2700 do mundo, ou 1304 antes de Jesus Cristo, isto é, há 3180 anos!". Esta é uma das versões para o nome Ossela. Outra versão associa o nome às grandes batalhas travadas em 150 a.C. entre lusitanos e romanos, de que resultaram muitos ossos, resultado da decomposição dos cadáveres. O que parece mais verosímil é ter havido aqui, no ano 996, uma grande batalha entre cristãos, comandados pelo conde D. Forjaz Vermoiz e os mouros comandados por Almansor, rei de Cordova.
Há, segundo a tradição, a opinião de que Ossela terá sido o berço natal de D. Martinho, prior de Soure e contemporâneo do nosso primeiro rei. Também sobre o lugar de Vermoim não parece haver dúvidas que se ficou a dever a uma dura batalha, travada no reinado de D. Bernardo I, o gotoso, entre os Mouros, comandados por Almançor e os Cristãos comandados por D. Froilaz (ou Forjaz) Vermuiz, que deixou o seu nome ligado a esta localidade. O padroado da igreja pertencia ao Mosteiro de Paço de Sousa.
Afirma o cronista Meireles: “Ignoramos inteiramente quem doou o padroado desta Paroquia, mas na Bula de Gregório X.º datada do ano da Incarnação 1275, se confirma com outros padroados o desta igreja ao Mosteiro de Páso de Souza”. O documento nº 17 das provas é uma composição entre o mosteiro e o bispo de Coimbra D. Egas Fafes, no ano de 1249, diferendo que havia começado com o bispo D. Tibúrcio. Tendo sido as rendas da mesa abacial anexadas à Companhia de Jesus, Ossela aparece diversas vezes nessa desagradável questão. Com o rio Caima a seus pés, que lhe dá um encanto especial, Ossela tem um passado de agricultura.
Atualmente, já se encontram a laborar aqui unidades fabris de razoável dimensão. Em torno de Ossela, foi criada uma lenda, segundo a qual houve, em tempos, num outeiro desta freguesia, um castelo, onde, no ano de 585, Santo Hermenegildo se terá santificado, na sequência da guerra contra os mouros. Verdade ou não, o certo é que não há vestígios de tal castelo.
Após a visita à Casa-Museu Ferreira de Castro e à Biblioteca do escritor de "A Selva", merecem destaque as Capelas do Mosteiro, do Senhor da Fonte, de S. Frutuoso, das Senhoras da Lapa e da Graça; os núcleos rurais de Bustelo do Caima e do Carvalhal e o núcleo urbano da Igreja.
A área natural do Pedregolhal, o belíssimo Vale do rio Caima (no fundo do vale de Ossela divisa-se a “igreja velha”, o Mosteiro, outrora presumível lugar de anacoretas contemplativos, em cuja parede se encontra uma curiosa lápide fúnebre), a paisagem salpicada pela vinha de enforcado e o Castro de Ossela (Imóvel de Interesse Público) merecem também uma observação atenta. O artesanato mais relevante e característico desta terra foi o denominado “Barro Negro” trabalhado pelos “Pucareiros”, que teve os seus grandes mestres em Barbeito e Ossela. Infelizmente, os Pucareiros de Ossela desapareceram há já vários anos sem deixar continuadores. Desempenharam também um papel importante a tecelagem e o linho, artes também já desaparecidas.”
Igreja Paroquial de Ossela1
“Apresenta arquitetura de traços direitos com inscrição dos inícios do século vinte. É, pois, uma igreja paroquial, relativamente, moderna. Localizada no alto de uma vertente, no lugar de Sto. António, a Igreja Matriz de Ossela é dedicada a S. Pedro que é o patrono desta Paróquia. Provavelmente, razões geográficas justificaram a transferência, em Ossela, do culto principal, do edifício situado no lugar do Chousal para o de Santo António, por este ser o lugar mais central.
Projeto do engenheiro António Ferreira de Araújo e Silva, este templo principiou a construção, iniciada em 1882 pela Junta de Freguesia, com um donativo governamental de 2.500.000 reis. A edificação foi iniciada pelos paroquianos, com pequeno auxílio régio, mas só foi possível chegar à finalização com avultados donativos do grande benemérito osselense José Bento Pereira.” 1
Ponte Nova de Ossela3
A Ponte Nova de Ossela foi construída em 1853, localizada junto à EN 224 que liga Oliveira de Azeméis a Vale de Cambra, ao Km 56, EM 549, sobre o rio Caima. Esta ponte faz a ligação entre a sede da freguesia e os lugares situados na margem esquerda do rio Caima, Carvalhosa e Bustelo do Caima. Nos campos agrícola em baixo as ruínas de um moinho de rodízio, relembram o seu passado trabalhoso e tristeza da sua partida sem dignidade.
“Ponte com tabuleiro inclinando ligeiramente a partir de meio dos arcos para as saídas, sobre dois arcos de volta redonda; aduelas largas e curtas de cantaria com extra dorso irregular; os arcos mostram cavidades para apoio dos cimbres da construção; reforço do pilar central e dos dois encontros, tanto a montante como a jusante, com contrafortes triangulares de cantaria; corpo em alvenaria e guardas em cantaria; meco cilíndrico no início da guarda do lado direito na saída NE. mostrando data de construção quase ilegível; pavimento alcatroado.” 3
Rio Caima - Fauna – Flora – Vale2
“No concelho de Arouca, em Albergaria da Serra (Maciço da Serra da Freita), nasce o rio Caima, denominado na Idade Média por Camiola. Ao chegar à freguesia de Ossela desliza vagarosamente, enamorado da verdura dos campos que a abundância de água converte em rincões férteis. Considerado rio piscatória por excelência, proporciona aos "aficionados" ótimos momentos de lazer.
Afluem ao Caima, nesta terra, dois pequenos cursos de água límpida, que descem das encostas: o da Ribeira e o do Chousal. Deixando Ossela, segue por Palmaz, ainda no concelho oliveirense, e depois por Branca, Ribeira de Fráguas e Vila Maior, do concelho de Albergaria-a-Velha. No términus vai unir-se ao Rio Vouga, de que é afluente da margem direita.” 2
“As espécies mais comuns que encontramos, na área da freguesia são:
Mamíferos: raposa, coelho e lebre, lontra, gato bravo, texugo e javali;
Aves da região e algumas migratórias: pardal, pintassilgo, cotovia, melro, gaio, rouxinol, pombo, tordo, codorniz, corvo, perdiz, pega, rola, poupa, guarda-rios, andorinha, cuco, coruja, mocho, milhafre;
Peixes: boga, barbo, truta, enguia;
Répteis: sardão, lagarto, cobra, serpente;
Anfíbios: rela, rã, sapo;
Aracnídeos: aranha;
Artrópodes: centopeia e outros insetos.” 2
“A formação vegetal arbórea de Ossela é essencialmente constituída por pinheiros bravos e eucaliptos; Os carvalhos, sobreiros e castanheiros, ainda se encontram na área da freguesia, embora com reduzida implantação. Em zonas de escarpa sobre o Caima, especialmente onde o terreno fica em repouso durante mais tempo, medram matagais, sobressaindo espécies vegetais como: o tojo, a carqueja, a giesta, o rosmaninho, o alecrim e o medronheiro. Nas margens do rio e nos cursos de afluentes predominam: amieiros, salgueiros e choupos. Entre as árvores de fruto, realce para: macieiras, pereiras, laranjeiras, figueiras, cerejeiras, pessegueiros e abrunheiros." 2
“Entre montes e vale do Caima desenhada. Nesta paisagem quase serrana, recortada pelo vale do rio Caima, do ribeiro dos Salgueiros, ribeira e riachos, nada pode abalar a orgulhosa imponência das cercanias montanhosas, onde o domínio verde-escuro se roça com o límpido azul do céu. O desejo de fixar a beleza em toda a sua dimensão, transporta-nos muito para além do que o nosso próprio olhar alcança.” 2
Praia fluvial do Pedregulhal - Ossela - Oliveira de Azeméis1
“Concluído em 2013, este parque oferece excelentes condições para uma tarde em família ou amigos, junto ao rio Caima, convidando mesmo para um mergulho nos dias mais quentes. Cortado pelo rio Caima, debruado de amieiros e de salgueiros, o Vale de Ossela é uma série de rincões edénicos, onde a Natureza veste as suas melhores galas, despretensiosamente, como se o fizesse por simples hábito...”
O baloiço panorâmico da praia fluvial do Pedregulhal - Ossela - Oliveira de Azeméis
A infância dos homens é tão fugaz que por vezes temos dúvidas se passamos por ela ou já viemos assim grandes para a terra, se fomos alegres ou sempre sisudos e tementes dos mares grossos da vida. Contudo por vezes aquela soberba vista, apurado sabor, melodiosa música ou fragância dos tempos, faz-nos relembrar aquela felicidade que todos deveríamos ter vivido. Nunca essa curta passagem nos prepara para as agruras da vida e suas responsabilidades, mas que bem feita apura o carácter, sentido de justiça e honradez.
Na praia fluvial do Pedregulhal há um baloiço junto às águas do rio, onde miúdos e graúdos “discutem” pela sua partilha, ficando os petizes com aquela cara de não termos ali direitos. Fizemos fila para a brincadeira e ao sabor do vento, das subidas e descidas fomos novamente crianças. Não deixamos de nos relembrar desse fugaz tempo e dos familiares que já partiram, que nos protegeram, andaram connosco ao colo, aturaram as nossas birras e nos levaram temerosos à escola.
Esta praia fluvial é bonita e havemos de regressar no verão, para baloiçar novamente e mergulhar finalmente nas águas do Rei Caima
Créditos e Fontes pesquisada
Texto: Ondas da Serra com exceção do que está em itálico e devidamente referenciado.
Fotos: Ondas da Serra.
1 - Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis
2 - Junta de Freguesia de Ossela
3 - monumentos.gov.pt
4 - valedorio.pt/hotel
Galeria de fotos
- Margens dos Passadiços do Rio Caima Margens dos Passadiços do Rio Caima
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https://ondasdaserra.pt/index.php/oliveira-concelho/oliveira-fazer/item/1650-passadicos-margens-caima#sigProIdaef723ce25