‘E onde estamos nós?’
Pois bem, voltamos ao Vale Mágico (Paraduça e suas gentes) e… saindo do vale rumamos à montanha. Sempre rodeados de um verde arrebatador fomos até à fronteira com Arouca e encontramos o que a vista não alcança para entrar pela Quinta do Pinho adentro.
“… cercado de montanhas de formas extravagantes, não é fácil descortinar em Portugal outro mais grandioso e espectacular. Quase não tem planos.
A terra é verde e o céu é azul; é tudo verde e azul com raras pintas brancas do casario, que mais do que moradias de homens parecem janelas da própria paisagem.
Nas noites de luar, quando o grande balão de oiro surge na lomba das montanhas, o vale enche-se de magia, dum sortilégio que paira desde os píncaros longínquos às águas sussurrantes do Caima. De manhã é o milagre, todos os dias há um milagre de luz sobre a terra quando o sol nasce em Vale de cambra. ”
(Ferreira de Castro)