PR5 – Livraria do Paiva e Icnofósseis de Mourinha
"O PR5 -“Livraria do Paiva” é um percurso pedestre de pequena rota existente em Janarde, concelho de Arouca. O objetivo deste percurso é a visita aos geossítios do Arouca Geopark localizados nas redondezas, nomeadamente os Conheiros e Meandros do Paiva, a Livraria do Paiva e os Icnofósseis da Mourinha." 1
Descrição do PR5 - Livraria do Paiva e Icnofósseis de Mourinha
"O PR5 - Livraria do Paiva e Icnofósseis de Mourinha inicia-se a marcha no pequeno parque de estacionamento onde existe um painel informativo com os detalhes do percurso. Seguindo as placas indicativas e as marcações do PR (amarelas e vermelhas), atinge-se a colina que se avista por detrás da Igreja. Chegados ao ponto mais elevado onde existe um pequeno cruzeiro, podem admirar-se os “Meandro do Paiva” e os amontoados de calhau rolado que constituem os “Conheiros”. Regressa-se à aldeia e de seguida ruma-se à Mourinha por um caminho ancestral, escavado na rocha, quase sempre lajeado.
Atravessa-se o ribeiro da Mourinha seguindo sempre pelo estreito caminho, de onde se atinge deslumbrante panorâmica sobe o vale encaixado por onde aquele corre, constituindo um autêntico corredor eco-fluvial ao longo de cujas margens se desenvolve uma vegetação ripícola constituída por salgueiros, amieiros, sanguinho-da-água e loureiros, entre outras e à sombra dos quais se desenvolve, luxuriante, o feto-real. Nas copas abriga-se vasta avifauna, da qual se destaca o rouxinol, o pisco, os chapins e os melros. Nas margens, vemos as alvéolas e, no leito, sempre furtivo, o melro-d’água. Por cima de nós, voando em círculos, a águia-de-asa-redonda.
Cem metros antes da primeira casa, agora em ruínas, avista-se do lado de lá um impressionante escarpado constituído por placas verticalizadas que lembram as lombadas de livros numa estante. É a livraria do Paiva, importante monumento geológico! Mesmo ali, aos pés do visitante, numa parede que mais não é que um fundo marinho verticalizado, veem-se uma imensidão de marcas fossilizadas do que foram os rastos de animais marinhos de há 450 milhões de anos! Acede-se ao local por um pequeno e estreito carreiro. Dada a morfologia do terreno, de forte inclinação, é exigida elevada precaução, muito especialmente com as crianças. Local ideal para descansar e saborear a merenda, o regresso faz-se pelo mesmo caminho. Quando chegar a Janarde, terá percorrido cerca de 3.000 metros."1
Ficha Técnica do percurso pedestres PR5 – Livraria do Paiva e Icnofósseis de Mourinha
Ponto de partida: Junto à Igreja de Janarde;
Ponto de chegada: Junto à Igreja de Janarde;
Distância: 3,00 km;
Grau dificuldade: Médio;
Duração: 1,00 h;
Altitude máxima: 250 m;
Altitude mínima: 218 m;
Cuidados especiais a ter no PR5 - Livraria do Paiva e Icnofósseis de Mourinha
"Durante a época das chuvas é de prever que o ribeiro da Mourinha tenha um caudal significativo. Não havendo ponte para a travessia há que ter algumas precauções.
- Pelo facto de parte do caminho ser talhado na rocha ou lajeado, as zonas inclinadas, quando húmidas, podem tornar-se escorregadias;
- A aproximação à parede rochosa onde se encontram os icnofósseis faz-se por um pequeno trilho sem proteção, numa zona de forte inclinação. Cumpridas as normas de segurança e do bom senso, é fácil e não oferece perigo;
Apesar disso, todo o cuidado é pouco, muito especialmente com as crianças ou no momento de tirar fotos." 1
História da freguesia de Janarde - Arouca
“A antiga freguesia de Janarde era curato da apresentação do reitor da freguesia de Alvarenga. Por edital do Governo Civil de 3 março de 1896, a freguesia de Janarde foi anexada à freguesia de Alvarenga para efeitos administrativos. Em 1839, aparece na comarca de Lamego e no concelho de Alvarenga; em 1852 na comarca e concelho de Arouca.
Nos finais do séc. XVIII, os moradores de Carvoeiro, Telhe, Silveiras, Póvoa, Bacêlo, Meitriz e Janarde uniram-se e pediram a sua separação da freguesia de Sta. Cruz de Alvarenga, para criarem uma nova freguesia que teve como padroeiro S. Barnabé e como matriz a Capela de S. Barnabé, em Janarde. Esta petição foi deferida pelo Bispo de Lamego em 26 de novembro de 1784. Opuseram-se o reitor da freguesia de Alvarenga e a Universidade de Coimbra. Os moradores dos referidos lugares recorreram ao Tribunal da Santa Igreja Patriarcal que por acórdão de 10 dezembro de 1803 decretou então a criação da nova freguesia.” 6
Esta freguesia de Janarde foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada à freguesia de Covelo de Paivó, formando uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Covelo de Paivó e Janarde com sede nesta última.
O que ver no percurso pedestres PR5 – Livraria do Paiva e Icnofósseis de Mourinha
- Uma fauna e flora muito ricas;
- G17 - Livraria do Paiva;
- G18 – Icnofósseis de Mourinha;
- G19 - Meandros do Paiva;
- G20 - Cocheiros do Paiva;
- Caminho da Mourinha;
- Ribeiro da Mourinha;
- Vale do Rio Paiva;
G17 - Livraria do Paiva | Estratos quartzíticos que lembram livros expostos
Os mitos bíblicos descrevem que outrora gigantes povoaram a terra e quem sabe eram amantes da literatura, que por um terrível feitiço foram transformados em pedra. Assim nos parecem as livrarias das serras, esta do Paiva, assim como a da Pena na Serra de São Macário, em São Pedro do Sul. Contudo tudo não passa de uma analogia, já que a arrumação vertical das pedras e sua disposição nos parecem convidar a requisitar um grosso livro, se fossemos dotados de poderosa força e alta compleição. Não conhecemos o competente armarius (bibliotecário), que organizou o seu scriptorium (biblioteca), mas como dizia Umberto Eco, "O mundo está cheio de livros fantásticos que ninguém lê."
Livraria do Paiva formou-se através do deposito de areias, há cerca de 480 milhões de anos
“A Livraria do Paiva encontra-se sobre a ribeira de Mourinha (afluente do Paiva), onde se erguem imponentemente estratos quartzíticos que se encontram aqui de tal forma expostos e verticalizados que justifica a sua designação, numa clara analogia com as lombadas dos livros dispostos numa estante.
Estes afloramentos quartzíticos, de idade Arenigiano (Ordovícico Inferior), foram resultantes da deposição de areias, há cerca de 480 milhões de anos (Período Ordovícico), nas margens pouco profundas do paleocontinente Gondwana, em latitudes então muito próximas do Pólo Sul.
A verticalização dos estratos aqui presentes relaciona-se com a colisão continental que veio dar origem à Pangeia e à formação da cadeia Varisca. Este processo compressivo levou à emersão de vastas áreas conduzindo, nomeadamente, à verticalização destes estratos que tinham sido depositados na horizontal.” 1
Leia também: Na Serra de São Macário em São Pedro do Sul, junto da aldeia da Pena, a natureza também criou a Biblioteca da Pena, que também já visitamos e aconselhamos a conhecer.
O QUE VISITAR NA SERRA DE SÃO MACÁRIO ONDE VIVEU O ERMITA
O que é um icnofóssíl?
“Um icnofóssíl é um fóssil de vestígios de atividade vital (isto é, de atividade biológica) de organismos do passado (do grego icnós, traço, vestígio + fóssil). Por exemplo, são icnofósseis os fósseis (mineralizações, incarbonizações ou moldes) de pegadas, de pistas de deslocação, de marcas de dentadas, de excrementos, de ovos, de túneis e de galerias de habitação, etc.” 5
G18 – Icnofósseis de Mourinha | Pistas com vestígios da deslocação de seres vivos no fundo do mar
Este é daqueles locais que se não soubéssemos de antemão o que podíamos ver passava despercebido. Apesar de conhecermos a sua existência, quando chegamos junto da rocha referenciada num primeiro momento nada conseguimos vislumbrar.
O nosso eficiente cérebro, ao interpretar a informação visual pensa que ali só existem rochas e não se importa com os pormenores onde reside toda a diferença. Só depois de descermos para junto do penedo por um estreito carreiro, apurado a visão e o tato é que começamos a perceber os estranhos contornos e relevos e encontramos o primeiro rasto com milhões de ano e depois o processo de identificação melhorou e começamos a descobrir todas as pistas do passado destas criaturas. Por vezes temos que ser nós a forçar o cérebro a entender e identificar o que está a ver e nós temos experiência que nem sempre é fácil.
Como somos amantes da paleontologia, adoramos este local, onde apreciamos uma cápsula do tempo, naquelas provas do passado aprisionadas na dura rocha. Estes rastos são na sua grande maioria de trilobites, organismos marinhos há muito extintos, que dominaram a terra e viveram num mar pouco profundo, deambulando pelo leito marinho, na sua busca diária por alimento, fuga aos predadores ou reprodução, mas que um cataclismo as extinguiu.
Icnofóssil com uma pista de Cruziana furcifera com mais de 3,5 m de comprimento
“Os Icnofósseis de Mourinha ocorrem em afloramentos que se caracterizam pela quantidade e diversidade de icnofósseis de idade Arenigiano (Ordovícico Inferior). Destacam-se aqui diversas superfícies de estratificação, bastante verticalizadas onde são facilmente observáveis inúmeros e diversificados icnofósseis, nomeadamente de Cruziana ispp., com merecido destaque para uma pista de Cruziana furcifera com mais de 3,5 m de comprimento.
A dimensão das placas e a excelência dos icnofósseis representados conferem-lhe um elevado interesse paleontológico e a possibilidade de realização de moldes para coleções museológicas. O facto de constituírem vestígios da atividade de organismos contemporâneos à sedimentação confere-lhes interesse estratigráfico. Uma vez que o registo iconológico se preservou devido à ocorrência de fatores sedimentológicos e paleogeográficos especiais e raros, este é também um dos interesses aqui a realçar.” 1
Centro de Interpretação Geológica de Canelas e Trilobites1
Uma forma de se entender na sua plenitude o que são estes Icnofósseis de Mourinha, poderá visitar o Centro de Interpretação Geológica de Canelas e Trilobites, onde poderá assistir a uma apresentação multimédia sobre o Geopark de Arouca, ver fósseis destes antigos organismos, entre outros assuntos interessantes relacionados com esta temática ou história desta região.
"Da jazida fossilífera popularmente conhecida como a "Pedreira do Valério", são extraídas ardósias, desde meados do século XX, cuja finalidade é a sua transformação e posterior utilização na construção civil. Com a lavra desta pedreira, tem sido descoberta uma importante fauna de invertebrados fósseis, constituída por trilobites, bivalves, rostroconchas, gastrópodes, cefalópodes, braquiópodes, equinodermes, Hyolithes, conulárias, ostracodos, graptolites e icnofósseis. Interpretados pelos primeiros trabalhadores como <<animais tempo do dilúvio>>, atualmente sabemos serem fósseis dos seres vivos que habitam o oceano que bordejava a margem sul do paleocontinente Gondwana, há cerca de 465 milhões de anos (Darriwiliano - Ordovícico Médio): Sabemos ainda que o registo paleontológico das trilobites encontradas é importante não só pelo gigantismo alcançado por muitas espécies (as maiores do mundo), mas também pelo seu estado de preservação.
Neste sentido, as condições ambientais de então favoreceram a conservação de mudas de carapaça junto a cadáveres completos de algumas espécies trilobites, de modo que muitos destes fósseis completam o conhecimento de alguns destes animais fósseis. O maior contributo desta jazida ao nível da biologia das trilobites consiste na descoberta de associações mono e pluri-específicas destes fósseis. A concentração em pequenos espaços de grupos de indivíduos em estado ontogénico similar foi aqui interpretada como indicativa do comportamento gregário alcançado por muitas trilobites durante a muda das carapaças ou a reprodução. O CIGC existe desde 1 de julho de 2006 e reúne alguns dos exemplares fósseis mais notáveis encontrados durante a laboração da pedreira de ardósias, tornando-se num dos Geossítios mais importantes do Arouca Geopark."1
Centro de Interpretação Geológica de Canelas possui as maiores trilobites do mundo
As trilobites eram uns pequenos seres que pertenciam à espécie de “Crustáceos marítimos que dominaram a fauna do planeta durante a era Paleozóica. Encontram-se em Canelas - Arouca algumas das maiores e mais raras e até únicas espécies no mundo. Estes fósseis são da maior importância, mesmo a nível internacional, para estudo da origem e evolução da vida na Terra. Estes animais, que viviam em águas profundas ou em águas superficiais, extinguiram-se rapidamente há cerca de 230 milhões de anos.”2
Naquela altura uma grande catástrofe abateu-se sobre a terra, uma série de violentas explosões vulcânicas lançaram para a atmosfera cinzas e gases nocivos que acabaram por envenenar o mar, extinguindo a maioria dos seres vivos na terra e nos oceanos.
G19 - Meandros do Paiva – Janarde - Vista soberba sobre o Vale do Rio Paiva
Este percurso linear começa junto da fonte, onde existe um painel informativo, tendo depois duas derivações, a primeira junto da Capela de São Barnabé para nascente, para visitar ali perto os Meandros e Cocheiros do Paiva e outra para poente, regressando para trás para ir visitar a Livraria do Paiva e Icnofósseis de Mourinha. Na primeira derivação ao chegar junto ao cimo do monte, onde foi construído um pequeno cruzeiro, existe uma vista soberba sobre o Vale do Rio Paiva, com o rio a serpentear pelos montes, acompanhado de floresta ripícola e a Aldeia de Janarde, com os seus socalcos.
Meandos do Paiva - Falsos meandros induzidos pela tectónica e diferenciação litológica
“Localizado junto à aldeia de Janarde e facilmente observável do ponto alto sobranceiro à mesma, este geossítio é composto por grandes sinuosidades no curso do rio Paiva. Na verdade, os <<meandros do Paiva>> não se tratam de meandros propriamente ditos, uma vez que estas estruturas apenas se formam em resultado exclusivo da dinâmica fluvial nas secções terminais dos rios. tratam-se sim de <<falsos meandros>> induzidos pela tectónica e diferenciação litológica, dando origem a uma paisagem de excecional beleza.” 1
G20 - Cocheiros do Paiva - Janarde - Arouca - Calhaus rolantes da serra
Ao subir para ver os Meandros do Paiva observe na encosta amontoados de calhaus que constituem os “Cocheiros” e parecem que ali foram depositados propositadamente, mas que são fruto da erosão, das mudanças abruptas de temperatura, do inverno e verão, noite e dia e que vão desfazendo a dura pedra em lascas menores. Aqui no cimo o povo construiu um pequeno cruzeiro para agradecer ao Senhor tão bela criação, saiba o homem a manter sem estragar ou plantar com eucalipto.
Caminho da Mourinha - Janarde - Arouca - ladeado de graníticas lajes
No trajeto que o leva à Livraria do Paiva, vai passar pelo “Caminho da Mourinha”, por vezes ladeado de graníticas lajes, colocadas pelo homem e que lhe definem a passagem.
Ribeiro da Mourinha - Janarde - Arouca - preservação da floresta ripícola
O pequeno Ribeiro da Mourinha é ladeado por rica floresta ripícola, muito importante para a biodiversidade e que assume maior valor devido ao facto da pureza das suas águas e reduzida densidade populacional. A pequena ponte feita pelo homem foi levada pelas águas e no inverno por vezes o seu caudal pode impedir a travessia.
“Atravessa-se o ribeiro da Mourinha seguindo sempre pelo estreito caminho, de onde se atinge deslumbrante panorâmica sobre o vale encaixado por onde aquele corre, constituindo um autêntico corredor eco fluvial ao longo de cujas margens se desenvolve uma vegetação ripícola constituída por salgueiros, amieiros, sanguinho-da-água e loureiros, entre outras e à sombra dos quais se desenvolve, luxuriante, o feto-real. Nas copas abriga-se vasta avifauna, da qual se destaca o rouxinol, o pisco, os chapins e os melros. Nas margens, vemos as alvéolas e, no leito, sempre furtivo, o melro-d’água. Por cima de nós, voando em círculos, a águia-de-asa-redonda.” 1
A fauna “pornográfica” duma “orgia” de besouros num "Kama Sutra" de insetos
Não podemos interpretar a natureza com os nossos sujos olhos e por vezes toldados pela devassidão, mas também podemos levar as suas traquinices para a brincadeira. Nós somos amantes do microcosmo e por isso estamos atentos aos pequenos pormenores da mãe natureza, da vida dos insetos e formas das flores.
Estávamos nós já próximos da Livraria do Paiva, quando numas coloridas flores, decorria uma fervilhante atividade com besouros. Amontoados nas flores, ou nas suas bermas esperando a sua vez, os insetos faziam aquilo “que até os bichinhos gostão”, diz o povo numa frase grosseira e animalesca que não apreciamos.
No entanto, um exame rigoroso não deixou de notar que fosse possível fazer um filme pornográfico, de uma orgia para os insetos, os besouros seriam os maiores protagonistas. Na flor os casais praticam todas as posições do “Kama Sutra”, até aquela que é o mesmo número de forma invertida, por cima, por vezes vários parceiros enroscados loucamente, lateral ou retaguarda.
Claro que o objetivo dos insetos não é esse e não o fazem por razões românticas, mas não sabemos a sua linguagem para lhes fazer perguntas do género, “Então, que tal foi o bacanal?” Esperamos que os nossos leitores levem isto para a brincadeira e não nos chamem nomes.
A flora dos cardos planta do povo e dos saberes tradicionais
Durante esta caminhada encontramos muitos cardos floridos onde pousavam as abelhas no seu mister incessante de recolha do pólen para o seu mel e não foi fácil conseguir a foto perfeita para documentar o nosso artigo, o diacho dos bichos não paravam quietos, pudera com tanta doçaria ficam hiperativos.
Descrição do cardo
“Cardo é o nome comum dado a diversas espécies de plantas pertencentes ao gênero Cynara da família das Asteraceae. Os cardos crescem em locais rochosos, sobretudo em terrenos barrentos, podendo ser encontrados na forma selvagem ou cultivada na Península Ibérica, na costa Atlântica da Europa, incluindo a Grã-Bretanha e a Irlanda. Nas zonas meridionais e ocidentais do Mediterrâneo, no norte da África, nos arquipélagos da Madeira e das Canárias e na Argentina.” 7
Aplicações do Cardo
“De todas as espécies do gênero Cynara, apenas C. cardunculus spp. flavescens (cardo) é referida como sendo usada no fabrico de queijo. Contudo, tanto C. humilis como C. scolymus (agora C. cardunculus spp. scolymus (alcachofra)) mostraram possuir actividade coagulante. As flores são colhidas quando a planta começa a ficar senescente, isto é, durante os meses de Junho e Julho, sendo armazenadas em locais secos de forma a serem usadas na coagulação de leite durante o Outono e o Inverno.
A propriedade coagulante do leite da planta deve-se à presença de três proteases (ciprozinas 1, 2 e 3) produzidas na flor, principalmente nas pétalas e nos pistilos. Em Espanha e no sul de Portugal (Alentejo), usa-se muito o talo do cardo na alimentação. Este é cozido e depois misturado com outros ingredientes.” 7
Alfazema bela flor
Fazer estes percursos na Primavera é sempre enriquecedor pelo florescimento das plantas que dão cor à paisagem, no entanto algumas destacam-se pela sua beleza e abundância. As alfazemas floridas crescem pelas bermas do percurso desta caminhada e pintam a paisagem da cor lilás, numa beleza efémera, mas que se renova para nosso deleite e que nos relembra a finitude da vida. É uma flor com múltiplas utilizações medicinais, podendo ser consumida em chã, mas cuja utilização deve ser ministrada e acompanhada por um terapeuta.
Alfazema para uso medicinal
“A alfazema é uma planta medicinal muito versátil, pois pode ser usada para tratar vários tipos de problemas como ansiedade, depressão, má digestão ou até picadas de inseto na pele, por exemplo, devido às suas propriedades relaxantes, calmantes, antiespasmódicas, analgésicas e antidepressivas
Esta planta também pode ser conhecida como Lavanda ou Lavandula, mas seu nome científico é Lavandula angustifolia e pode ser comprada em lojas de produtos naturais, farmácias de manipulação e em alguns mercados ou feiras livres.” 8
Aldeia de Portugal de Meitriz e Praia Fluvial de Meitriz
Depois de conhecer Janarde, ainda fomos passar o resto do dia a Aldeia de Portugal de Meitriz e a sua praia fluvial, que fica muito perto. Esta praia possui excelentes qualidades para nadar, observar pássaros ou pescar se tiver as licenças adequadas. No local aproveitando a floresta ripícola foi construído um frondoso parque de merendas com mesas em madeira, onde se pode comer ou aproveitar os assadores para fazer grelhados em segurança. Havemos de regressar a este local porque o dia estava cinzento e até acabou por chuviscar, mas não nos impediu de ir à água, que para nosso espanto tinha uma temperatura agradável. O desenvolvimento deste assunto ficará para o próximo artigo.
Galeria de fotos do Geossítio G18 – Icnofósseis de Mourinha
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G18 – Icnofósseis de Mourinha G18 – Icnofósseis de Mourinha
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G18 – Icnofósseis de Mourinha G18 – Icnofósseis de Mourinha
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https://ondasdaserra.pt/index.php/arouca-concelho/arouca-fazer/item/1667-pr5-livraria-do-paiva-e-icnofosseis-de-mourinha-janarte#sigProIdc2c8bedad6
Créditos e Fontes pesquisadas
Texto: Ondas da Serra com exceção do que está em itálico e devidamente referenciado.
Fotos: Ondas da Serra.
1 - aroucageopark.pt
2 - aldeiasdeportugal.pt
3 - riopaiva.org
4 - In Infopédia. Porto: Porto Editora, 2003-2010
5 - ciencias.ulisboa.pt
6 - cm-arouca.pt/freguesias
7 - blog-flores.pt/flores-exterior/cardo/
8 - tuasaude.com/alfazema/