Existem em praticamente todas as juntas de freguesia de Portugal. São 3091 freguesias que compõem o país, de acordo com a atual versão da carta administrativa redigida pela Direção-Geral do Território. Os cemitérios fazem parte da história nacional, tal como os coveiros.
Em Santa Maria da Feira, no cemitério do centro da cidade, o coveiro é simultaneamente guardião de sepulturas e confidente daqueles que precisam dos seus conselhos mas, sobretudo, da sua disponibilidade.
O dono das chaves do portão ferrugento que protege os que já partiram admite que a profissão não o assusta e que a morte se tornou mais leve há medida que o tempo foi passando.
Aqui, o coveiro não é pálido, infeliz nem misterioso. Tem gosto no que faz e usufrui da companhia das pessoas. Limpeza e abertura de covas, vigilância e manutenção do cemitério, acompanhamento de funerais e confortar as pessoas são apenas das suas funções diárias.
“Estou no cemitério constantemente. Se houver funerais ao fim-de-semana, eu estou cá. Prefiro abdicar das minhas folgas e estar com as pessoas. Gosto de estar aqui”, desabafou o assistente operacional, ou talvez o coveiro, com quem o ‘Ondas da Serra’ conversou e que pediu para não ser identificado.
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Cemitério da Feira
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