Ílhavo o que visitar entre a ria e o mar Pôr do sol no Forte da Barra - Ílhavo Ondas da Serra

Ílhavo o que visitar entre a ria e o mar

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Fomos conhecer de bicicleta o litoral a sul de Aveiro, passando por Ílhavo, Vagos, Vagueira, Gafanha da Encarnação e terminando a viagem no Forte da Barra. A viagem começou bem cedo na estação de caminhos de ferro Ovar e até Aveiro fomos de comboio. Esta é uma boa zona para caminhar e pedalar, cheia de ciclovias por matas, junto da ria ou do mar. No final pode-se escolher regressar da mesma forma ou atravessar de ferry para São Jacinto, do outro lado da Ria de Aveiro, uma grande aventura de descoberta.

Ílhavo o que visitar

De Aveiro fomos até Ílhavo, pedalamos pela Estrada Nacional 109, estes poucos quilómetros não têm muito interesse, com exceção de Verdemilho, que nos recordou que ali Eça de Queirós passou parte da infância.

Museu Marítimo de Ílhavo, lar do tanque dos bacalhaus

Museu Marítimo de Ílhavo

Ao chegar a Ílhavo, passamos perto do seu Museu Marítimo, que já visitamos, onde destacamos a sua coleção de barcos em tamanho natural da nossa ria e o tanque dos bacalhaus.

Foi aqui que descobrimos alguns enxertos dos livros “História Trágico Marítima”, de Bernardo de Brito, que nos levou a ler os dois volumes e ficar com outra visão dos nossos descobrimentos menos romântica e mais real. Nesse dia tempestuoso ainda fomos a tempo de ver o Navio-Museu Santo André, agora na sua merecida reforma conta as suas experiências da pesca na Terra Nova. Na cabine do Capitão, grandes livros contam o dia-a-dia dos pescadores e onde se podem ler algumas das punições que por vezes sofriam por irem a terra sem autorização ou beber um copito a mais. 

Leia também: Museu Marítimo de Ílhavo

Os becos tradicionais de Ílhavo

Chegamos finalmente ao centro de Ílhavo e fomos parar à Rua João de Deus, que possui muitos bonitos becos, bem típicos, arranjados e devidamente numerados. Aqui as casas destacam-se pela sua arquitetura e fachadas cobertas de coloridos azulejos.

Mata Nacional das Dunas da Gafanha

Nós pretendíamos fazer a rota entre a Ria e a Floresta, que cruza a Mata Nacional das Dunas da Gafanha, que se inicia junto da capela da Nossa Senhora dos Campos, mas a mesma está mal assinalada e tivemos que improvisar. Fomos tomar o nosso café à Associação Desportiva Cultural Senhora dos Campos e seguimos viagem.

Dali fomos ter ao Centro Tabor, Santuário de Schoenstatt, na Rua do Santuário – Ílhavo, santuário mariano, cujo movimento nasceu na Alemanha.

Visitamos a Mata Nacional das Dunas da Gafanha e fomos pela Estrada Florestal n. 1, em direção à Vagueira, passando em frente ao Parque de campismo. Uma parte da mesma anda em obras, para entre outros melhoramentos colocarem uma ciclovia.

Canal de Mira da Ria de Aveiro

Na Vagueira fomos por um passadiço sobre as dunas onde se vê a nascente o Canal de Mira da Ria de Aveiro e a poente o Oceano Atlântico. O mar estava revolto e a sua fúria já levou à destruição de partes do passadiço. Dali podemos ver o parque aquático, que espera pelo verão para ficar mais animado, agora os divertimentos parecem cobras aquecer-se ao frio sol de Inverno. A Vagueira possui uma rica coleção de arte urbana, tendo nós apreciado algumas destas obras.

As casas com listras coloridas da Costa Nova

Casas da Costa Nova

Na Costa Nova podemos apreciar as suas características casas coloridas com as suas listas verticais e horizontais intercaladas, que já foram “palheiros”, antigos armazéns de materiais de pesca, ou armazéns de salga da sardinha, atualmente convertidos em residências balneares.

A passagem de ferry do Forte da Barra para São Jacinto

Na Barra fomos ver o farol que, pintado apenas com simples faixas vermelhas, impõe-se na paisagem pela sua elegância e imponência. Já que estávamos perto fomos visitar o Forte da Barra e lembramo-nos que não era necessário regressar à estação de Aveiro, já que dali partem ferrys para São Jacinto. Foi o que fizemos e apesar das pernas já começaram a doer, ainda tivemos forças para fazer mais 35 quilômetros e chegar a Ovar.

Pelos locais que passamos ao estilo das “Viagens na Minha Terra”, de Almeida Garrett, vamos tirando apontamentos do que nos chama atenção. Não podemos contar tudo, mas alguém nos lembrou por mensagem que Ílhavo tem outros pontos de interesse, como museu da "Vista-Alegre", as secas, as salinas, a arquitetura das casas da capitania da terra e o característico e histórico azulejo que de maneira generalizada podem ser apreciados por quem caminhe por Ílhavo.

Vídeo dos característicos Becos de Ílhavo

Vídeo o ferry da barra de São Jacinto

Galeria de fotos de Ílhavo e Vagos

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