Pág. 3 de 7

O percurso pedestre, PR5 Trilho da ponte de ferro, começa e acaba em Travassô – Águeda, devendo o seu nome à ponte ferroviária sobre os Rio Velho e Águeda, por onde ainda passa o velho “Vouguinha”, na linha que liga Aveiro a Sernada do Vouga. O traçado peculiar deste percurso, junto à via-férrea, por baixo da ponte deixando adivinhar por cima a sua estrutura metálica, por caminhos alagadiços, alguns traiçoeiros, ladeando rios e ribeiros, rasgando cerrada vegetação, parecendo que conspiram para o enganar e precisando você de estar atento para cumprir a missão. Nós passamos, contudo, a pé a ponte de ferro, não o faça que é perigoso, atenção aos comboios, mas tivemos que fugir aos nossos "adversários".

O percurso pedestre PR8 – Rota do Ouro Negro, é um trilho linear entre Fuste e Rio de Frades em Arouca. Este caminho não é para pessoas que tenham medo de alturas porque passa por apertados trilhos junto de profundas ravinas. As encostas da serra estão pejadas de antigas minas de volfrâmio, exploradas legal e ilegalmente por antigos mineiros, em busca dessa riqueza, que teve o seu auge durante a II guerra mundial. Neste percurso destacamos a arquitetura vernacular do casario, aldeias de Fuste e Rio de Frades, Cascata da Ribeira de Covela e Minas da Pena Amarela.

Já estamos habituados que nas nossas caminhadas e explorações nos aconteçam as mais variadas peripécias. Na nossa viagem a Fuste – Moldes – Arouca, para trilhar o PR8 - Rota do Ouro Negro, aconteceu-nos algo especial.

Em Ovar existe um local que passa frequentemente despercebido, o lugar da Moita, junto da Ria de Aveiro, Canal de Ovar. Este lugar é caracterizado pela sua beleza e ruralidade, que contrasta com a cidade que fica muito próxima. Nós passeamos com regularidade pelos seus caminhos de terra batida, ladeados de vegetação, apreciando o canal da ria, campos agrícolas, aves, insetos, flores, águas e os estreitos esteiros. Os quadros variam com as estações, humores do tempo, pessoas, fauna e flora. Pela sua importância, riqueza e localização, a Moita merecia mais atenção das pessoas e entidades oficiais para a sua proteção e divulgação.  

Diz-se muitas vezes acertadamente que a beleza e magia estão no olhar de quem observa, este verbo foi usado intencionalmente, porque observar é diferente de ver, assim como escutar é diferente de ouvir.

O “Ondas da Serra” visitou o Museu Marítimo de Ílhavo, situado na Avenida Dr. Rocha Madahíl, edifício de arquitetura moderna que pertence à Câmara Municipal daquela cidade do distrito de Aveiro. Após termos percorrido as várias salas de exposições, algumas de rara beleza, ficámos fascinados com a coleção de MALACOLOGIA. Não sabe do que se trata? Aceite o nosso conselho, pegue na família, e vá até à terra dos bacalhoeiros apreciar este e outros tesouros do mar.

Pág. 3 de 7