Pág. 1 de 2

No ano da graça de 2021, partimos numa epopeia de bicicleta na demanda duma nau, que começou em Vila Nova de Gaia, navegando junto à costa atlântica do litoral norte do Porto, Matosinhos e Vila do Conde. Fomos à descoberta destas terras desconhecidas e ficamos maravilhados com o seu encanto histórico, patrimonial, ambiental e religioso, que vamos partilhar com o nosso reino.

O PR1 - Rota de Manhouce, começa nesta freguesia do concelho de São Pedro do Sul, distrito de Viseu. Este percurso pedestre é caracterizado por circular pelo Maciço da Gralheira, com grande beleza paisagística, riqueza natural e arquitetónica. Neste percurso destacamos as bonitas e rurais aldeias de montanha, com muito casario em xisto, Manhouce, Gestosinho, Bondança, Salgueiro, Malfeitoso e Lageal. Outros motivos de interesse valorizam esta aventura, a ribeira de Manhouce, calçada e ponte romana e Poço da Silha no rio Teixeira. Por entre a bruma matinal poderá deparar-se com gado a ruminar da raça arouquesa. Conforme a época do ano, poderá encontrar os seus habitantes nos seus afazeres agrícolas. As cantigas e cantos de Manhouce deram fama a esta recôndita terra do interior, que as eternizou na pedraria das suas construções.  

Fomos à descoberta de três aldeias rurais de Vale de Cambra, Fuste, Função e Paço de Mato. Deixamos o carro junto do Centro Cívico de Rogê e partimos de bicicleta, para desbravar terrenos e procurar aventuras. Não fomos de caravela, nem navegamos numa nau, fomos com pedalada, não levamos varapau. Por estes caminhos que ladeiam a estrada M550, embrenhamo-nos progressivamente numa atmosfera rural, ladeada de campos agrícolas e caminhos que por vezes percorremos à descoberta. Nesta aventura fomo-nos cruzando com os seus habitantes, nas suas atividades diárias, conduzindo vacas, tratores ou com enxadas ao ombro para cavar. Vimos antigos caminhos rurais, pontes romanas, igrejas e cruzeiros religiosos, muita riqueza ambiental, belas paisagens, grandes montanhas e agrestes penedos.

O caminhante ao percorrer o Percurso das Ribeiras de Pardilhó, compreende que o Criador deveria estar de bom humor, quando fez tão bonita obra. As terras são baixas e de altitude quase constante, conhecidas por Marinhoas. Estes lugares perto do mar e da ria, formados por terrenos arenosos e aluviões, conferiram uma acentuada identidade regional a Pardilhó, Bunheiro, Murtosa, Monte, Veiros, Torreira e pedaços de Estarreja e Ovar. Neste trilho vamos percorrer sete ribeiras, junto da Ria de Aveiro, que tão bem representam a riqueza lagunar, tradições e caráter deste povo.

O percurso pedestre PR1 Ilha dos Amores, inicia-se no lugar do Castelo, junto à praia fluvial com o mesmo nome, em Castelo de Paiva. Este trilho foi beber inspiração à ilha que nasceu no meio do Rio Douro, com a companhia da foz do Rio Paiva. Este caminho tem uma beleza especial, pelas voltas que dá nas aldeias da freguesia de Fornos, seus monumentos religiosos, quintas onde se produz vinho verde e as paisagens que lança sobre o rio que vem de Arouca e o que deságua mais abaixo no Porto.

O percurso pedestre PR13 - Na senda do Paivó, começa na aldeia de Regoufe em Arouca e termina na aldeia de Covêlo de Paivó, por onde passa o Rio Paivó, que lhe deu o nome. Este pequeno percurso linear, atravessa as encostas da montanha sempre acompanhando as ravinas do vale e subindo para o céu, parecendo por vezes querer fazer uma visita ao criador. Neste percurso irá poder contemplar o complexo mineiro da Poça da Cadela, aldeia e ribeira de Regoufe, aldeia de Covelo de Paivô, praia fluvial no Rio Paivô, altas montanhas e ravinas da Serra de Arda e por vezes fazer de pastor guardando ovelhas. 

Pág. 1 de 2