Descubra a assustadora Estrada do Portal do Inferno e desafie seus medos
Venha com o Ondas da Serra pedalar por este artigo e ficar a conhecer a Estrada do Portal do Inferno, nome de meter medo mas que quer apenas esconder os seus segredos e riquezas.
Quem for amante do ciclismo, motociclismo ou caminhadas deve ler este artigo e ficar a compreender porque razão deve durante a primavera percorrer este caminho que até parece que a beleza nos vai levar por vezes para o paraíso e outras o esforço para o reino de belzebu. Não será de admirar que neste vale onde nasceram as aldeias típicas de Covas do Monte e Covas do Rio se contém lendas funestas do morto que matou o vivo e da cabra que matou o lobo.
Pode ler esta reportagem na totalidade ou clicar no título abaixo inserido para um assunto específico:
- Estrada do Portal do Inferno
- Descrição da Estrada do Portal do Inferno
- Localização da Estrada do Portal do Inferno
- Mapa da Estrada do Portal do Inferno
- Como chegar à Estrada do Portal do Inferno
- Onde iniciar e como percorrer a Estrada do Portal do Inferno
- Formas de visitar a Estrada do Portal do Inferno
- Ficha Técnica da Estrada do Portal do Inferno
- Avaliação do grau de dificuldade da Estrada do Portal do Inferno
- Recomendações para percorrer a Estrada do Portal do Inferno
- Pontos de interesse da Estrada do Portal do Inferno
- Download dos trekkings da Estrada do Portal do Inferno
- Descrição dos percursos efetuado pelo Ondas da Serra
- Geossítios da Serra da Arada
- Serra da Arada património natural e arquitetónico
- O que visitar na Serra da Arada
- Pontos de interesse relacionados
- Galeria de fotos da Estrada do Inferno na Serra da Arada
- Contactos úteis da Estrada do Portal do Inferno
Estrada do Portal do Inferno
Descrição da Estrada do Portal do Inferno
A Estrada do Portal do Inferno é uma das últimas em Portugal que remete para um tempo em que era preciso coragem para viajar e onde nunca se tinha a certeza de chegar ao destino, por vias que testavam a sua paciência, fibra e determinação.
Esta via serpenteando pela Serra da Arada junto de precipícios ansiosas por lhe meter a mão, de fama diabólica, tem também uma face bondosa ao oferecer-lhe paisagens de arrebatar principalmente na primavera, quando a serra se pinta de tons verdes, amarelos, laranjas e lilases da carqueja, urze e giestas e que perfumam o ambiente e inebriam os sentidos.
O seu percurso é muito procurado por ciclistas, motards, caminhantes e alguns automobilistas mais ousados.
A Estrada do Portal do Inferno, tecnicamente denominada EM 567, começa na aldeia de Ponte de Telhe - freguesia de Moldes, concelho de Arouca, distrito de Aveiro e termina no entroncamento com a Estrada CM1123, do concelho de São Pedro do Sul, já no distrito de Viseu, perto do Parque Eólico de São Macário, a poucos quilómetros da Capela e Gruta de São Macário, digna de visita. Esta estrada que tem tanto de beleza como de assombro pode ser percorrida em ambas as direções.
A mesma tem 17,54 km de distância, com 927 m de subida e 220 m de descida. O seu traçado percorre uma crista que divide os dois distritos de Aveiro e Viseu. A mesma foi buscar o seu nome a um geossítio que faz parte da Linha A – Arada, denominado A11 – Portal do Inferno da Garra, que se caracteriza por ser uma espécie de abismo, onde a estrada se estreita, ao passar por duas vertentes íngremes, compostas por rochas metamórficas, que oferecem uma paisagem escarpada. Neste local o visitante pode ver do lado de Aveiro o vale por onde passa o Rio Paivô e do outro em Viseu a aldeia de Covas do Monte.
Esta estrada muito sinuosa, com vertentes abruptas é caracterizada pela sua grande beleza principalmente quando entra na Serra da Arada, do Maciço da Gralheira, que na primavera se pinta de tons verdes, amarelos, laranjas e lilases da carqueja, urze e giestas. Nesta estação as cores, os aromas inebriantes e as paisagens recortadas por serras de grande beleza tornaram o seu destino muito procurado por ciclistas e motards.
Os pontos de interesse não se esgotam neste estrada porque há sua volta podem ser encontradas aldeias típicas de xisto preservadas muito bonitas, miradouros, baloiços, pinturas em madeira e ao virar de cada curva ser surpreendido por rebanhos de cabras, ovelhas, vacas ou bois da raça arouquesa, ou como foi o nosso caso uma fugidia raposa.
Localização da Estrada do Portal do Inferno
A Estrada do Portal do Inferno, tecnicamente denominada EM 567, reparte a sua localização por dois distritos, já que as suas extremidades começam em Aveiro e Viseu. Se pretender começar o percurso a subir deve iniciar o percurso na aldeia de Ponte de Telhe, freguesia de Moldes, do concelho de Arouca, distrito de Aveiro e termina no entroncamento com a Estrada CM1123, do concelho de São Pedro do Sul, já no distrito de Viseu, perto do Parque Eólico de São Macário.
Mapa da Estrada do Portal do Inferno
Créditos do mapa: Montanhas Mágicas
Como chegar à Estrada do Portal do Inferno
- Direção Sul ou Norte: Se vier do Sul ou do Norte poderá utilizar a A1 e ao chegar a Aveiro seguir pela A25 em direção a Viseu e sair para São Pedro do Sul e procurar indicações para a Capela e Gruta de São Macário ou Parque Eólico de São Macário;
- Direção Aveiro.
- Via Serra da Freita e começo em Manhouce: Caso seja de Aveiro ou queira passear de automóvel pela Serra da Freita, poderá dirigir-se a Vale de Cambra e subir para a Serra da Freita, passando pelas aldeias do Merujal e estacionar o automóvel em Manhouce, perto da Igreja Matriz dedicada a S. Pedro, conforme o trekking GPS que disponibilizamos neste artigo;
- Nesta opção irá percorrer mais quilómetros, mas o percurso ganha em riqueza e motivos de interesse. Neste caso irá fazer um percurso linear e se for verão no final poderá refrescar-se nas Praias Fluviais dos Poços da Silha ou Barreira.
- Via Arouca - Aldeia de Ponte de Telhe: A última opção é deixar o automóvel na aldeia de Ponte de Telhe, do concelho de Arouca, distrito de Aveiro, e começar aqui o percurso, onde terá que pedalar os primeiros 15 km a subir. A vegetação é composta maioritariamente por eucaliptos até passar a estrada de acesso à aldeia de Silveiras. No regresso se for verão no final poderá refrescar-se na Praia Fluvial de Ponte de Telhe, com um açude do Rio Paivô, cujo trilho de acesso fica localizado perto da ponte.
- Via Serra da Freita e começo em Manhouce: Caso seja de Aveiro ou queira passear de automóvel pela Serra da Freita, poderá dirigir-se a Vale de Cambra e subir para a Serra da Freita, passando pelas aldeias do Merujal e estacionar o automóvel em Manhouce, perto da Igreja Matriz dedicada a S. Pedro, conforme o trekking GPS que disponibilizamos neste artigo;
Onde iniciar e como percorre a Estrada do Portal do Inferno
Os interessados em percorrer a Estrada do Portal do Inferno, podem escolher iniciar o percurso em vários locais de acordo com a sua preparação física, tempo disponível, objetivos e forma como a querem percorrer, a caminhar, praticando ciclismo, motociclismo ou viajando apenas de automóvel.
Abaixo referimos algumas formas de percorrer a Estrada do Portal do Inferno, algumas a terminar junto ao Miradouro Natural de Covas do Monte, que depois de passar o Geossítio A11 – Portal do Inferno da Garra, fica um pouco escondido do lado direito numa descida, conforme pode consultar no mapa acima exibido. Depois deste ponto a estrada perde a sua beleza e até Ponte de Telhe a paisagem passa a ser composta maioritariamente por floresta de eucaliptos com pouco interesse:
- Início junto ao Parque Eólico de São Macário: O percurso completo de forma linear são 17,54 Km. No entanto, se estiver a pensar em percorrer a mesma a caminhar ou a correr pode querer fazer só a parte mais bonita, que começa no entroncamento com a Estrada CM1123, do concelho de São Pedro do Sul, no distrito de Viseu, perto do Parque Eólico de São Macário;
- Piso: Estrada;
- Destinatários: Apropriada para caminhada, atletismo, motociclismo ou automóvel;
- Dados técnicos: Numa extensão linear de cerca de 5 km, com 106 m de subida total e 228 m de descida total e a terminar junto ao Miradouro Natural de Covas do Monte;
- Início junto da Capela de Baixo ou Gruta de São Macário. Pode também optar por começar junto da Capela de Baixo ou Gruta de São Macário e terminar o percurso de forma linear no Miradouro Natural de Covas do Monte;
- Piso: Estrada;
- Destinatários: Apropriada para caminhada, atletismo, ciclismo, motociclo ou automóvel;
- Dados técnicos: Numa extensão linear de de 8 km, com 117 m de subida e 312 m de descida;
- Início em Manhouce junto à capela: Nós fizemos este percurso de forma linear de bicicleta e aconselhamos o mesmo pela sua beleza e pontos de interesse. Quem pretender fazer o mesmo tem que estar em boa forma física e ter uma boa bicicleta de montanha;
- Piso: Estrada e zonas de terra batida;
- Destinatários: Apropriada para ciclismo;
- Dados técnicos: Este percurso tem cerca de 53.17 km, tendo nós demorado cerca de 5 horas a percorrer a distância e com um acumulado de 1,304 m;
- Inicio em Ponte de Telhe: Nós fizemos este percurso de forma linear de bicicleta e não apreciamos tanto com a opção anterior, devido ao facto de a maioria do percurso ser composta de encostas cobertas por eucaliptos. Só a partir do Miradouro Natural de Covas do Monte é que se abre a Serra do Arado e toda a sua beleza. Neste dia só fomos até ao Geossítio A11 – Portal do Inferno da Garra. Nós só fizemos este percurso para estudarmos todas as opções para os nossos leitores saberem qual a melhor forma de percorrer esta estrada. No entanto quem já tiver feito pelo lado de São Pedro do Sul pode querer experimentar esta opção e no final se regressar a Ponte de Telhe se for verão pode tomar um banho na sua bonita praia fluvial do Rio Paivô, muito limpa;
- Piso: Estrada;
- Destinatários: Apropriada para ciclismo, motociclismo ou automóvel;
- Dados técnicos: Percurso linear de ida/volta com 28.59 km de distância, percorrido em cerca de 3h, com 1,109 m de subida total;
Formas de visitar a Estrada do Portal do Inferno
- Caminhada;
- Ciclismo;
- Motociclismo;
- Automóvel;
Ficha Técnica da Estrada do Portal do Inferno
- Descrição: A Estrada do Portal do Inferno, deve o seu nome ao Geossítio A11 – Portal do Inferno da Garra, sendo caracterizada por ter um percurso sinuoso com falésias abruptas e vertiginosas. A mesma atravessa uma cordilheira estreita que divide os distritos de Aveiro e Viseu;
- Localização da Estrada do Portal do Inferno:
- Distrito de Aveiro: A Estrada do Portal do Inferno, EM 567, começa em Ponte de Telhe - Arouca – Aveiro, e termina já no entroncamento com a Estrada CM1123; perto do Parque Eólico de São Macário, em São Pedro do Sul – Viseu;
- Distrito de Viseu: A Estrada do Portal do Inferno começa no final da Estrada CM1123, em plena Serra da Arada, no entroncamento onde começa a EM 567, popularmente conhecida por Estrada do Portal do Inferno, perto do Parque Eólico de São Macário, em São Pedro do Sul – Viseu;
- Distância: 17,54 km, apenas para a Estrada do Portal do Inferno;
- Subida: 927 m, sentido Ponte de Telhe - Arouca - Aveiro - São Macário São - Pedro do Sul - Viseu;
- Descida: 220 m, sentido Ponte de Telhe - Arouca - Aveiro - São Macário São - Pedro do Sul - Viseu;
- Forma de a visitar:
- Caminhar;
- Bicicleta;
- Motociclo;
- Automóvel;
- Época aconselhável: Primavera: A beleza da Estrada do Portal do Inferno reside no facto de atravessar a Serra do Arado, no Maciço da Gralheira, que na primavera se cobre de tons verdes, amarelos e lilases, da carqueja, urze e giestas. Os seus mantos coloridos são adocicados pelo aroma inconfundível das flores que atraem todo o tipo de insetos polinizadores;
Avaliação do grau de dificuldade da Estrada do Portal do Inferno
- Nível de dificuldade: O grau de dificuldade é representado segundo 4 itens diferentes, sendo cada um deles avaliado numa escala de 1 a 5 (do mais fácil ao mais difícil);
- Nível de dificuldade: 3/4, Moderado a difícil;
- Adversidade do meio: 3;
- Orientação: 4;
- Tipo de piso: 4;
- Esforço físico: 3/4;
Recomendações para percorrer a Estrada do Portal do Inferno
- Por estar localizado a grande altitude, entre dois vales escarpados e muito expostos aos elementos, é comum haver vento forte, por isso principalmente os ciclistas e motociclistas devem ter um cuidado especial nos dias mais ventosos;
- No passado, todas as bermas da Estrada do Portal do Inferno não eram protegidas por rails laterais, onde começavam precipícios profundos de meter medo, por isso muitas pessoas tinham pavor de aqui passar. Atualmente com essas proteções as pessoas já se aventuram mais pela estrada, mas que continua a ser pouco frequentada e onde os ciclistas e motociclistas são os seus maiores visitantes. Para esta situação contribuiu as proteções metálicas que foram colocadas nas curvas e pontos mais perigosos, que protegem todos os veículos automóveis e as motocicletas em especial. Infelizmente ainda existem curvas e locais onde os rails só são parciais com os espaços inferiores abertos e que deixam expostos os ferros verticais que seguram os rails horizontais expostos, em caso de acidentes estes ferros transformam-se em arestas mortais principalmente para os motociclistas, decepando a cabeça e os membros inferiores e superiores, por isso aqui devem circular em baixa velocidade;
- Se for percorrer a Estrada do Portal do Inferno, leve água e comida porque não existe por perto nenhum local para as comprar;
- Coloque protetor solar porque no verão o sol é muito intenso no cimo da Serra da Arada;
- Não se aproxime em demasia das falésias para tirar aquela foto para mais tarde recordar que pode ter um grave acidente. Por exemplo, o Miradouro Natural de Covas do Monte não tem nenhuma proteção nem sinalização, o que é uma pena porque é o tem melhor visão panorâmica sobre esta Aldeia de Portugal;
- Proteja a natureza: Não faça fogo, não deixe lixo, não tire nada além de fotografias;
Pontos de interesse da Estrada do Portal do Inferno
Serra da Arada
"A Serra da Arada é uma elevação de Portugal Continental, com 1120 metros de altitude, cota esta obtida no Alto das Minas de Chãs. Localiza-se a Noroeste da cidade de São Pedro do Sul, de onde está a cerca de 10 quilómetros de distância e em cujo concelho se situa maioritariamente fazendo ainda parte do concelho de Arouca. Faz parte do Maciço da Gralheira. Situa-se na transição da Beira Litoral para a Beira Alta.
Com início na falha geológica da linha do Rio frades e Rio Teixeira de onde se separa da serra da Freita estende-se a norte ao longo de várias elevações acima de 1000 metros até ao rio Paiva, comportando várias aldeias históricas de Portugal com construções de xisto, de onde se destacam a Aldeia da Pena, Drave e o Fujaco entre outras.
A cerca de mil metros de altitude, encontra a famosa Garra, uma encosta montanhosa esculpida pela água, que faz lembrar a garra gigantesca de uma ave. A primavera é a melhor altura para apreciar a vista, pois a Garra fica coberta de carqueja e urze e parece pintada de amarelo e rosa."1
Geossítio A11 – Portal do Inferno da Garra
"O Geossítio A 11 - Portal do Inferno da Garra situa-se em pleno coração do Maciço da Gralheira, a cerca de 1000 metros de altitude, sobre rochas metassedimentares ante-ordovícicas, moldadas pelos agentes de geodinâmica externa, que incutem à paisagem um aspeto escarpado.
Rodeado de duas ribeiras (afluente da ribeira de Covas do Monte, a Este e afluente da ribeira de Palhais, a Oeste) que drenam em sentidos opostos o sítio foi, desde sempre, local de passagem íngreme que amedrontou, durante muito tempo, todos os que por ali passaram.
Trata-se de um local com elevado interesse panorâmico, especialmente para “a garra” que não é mais que montanha cortada por diversas linhas de água profundas que lembram a separação de dedos de uma garra de uma ave. A primavera é a estação do ano em que a vista é mais espetacular pois a “Garra” parece ficar pintada de amarelo e rosa por causa da floração da carqueja e do tojo e da urze, respetivamente."2
Ficha técnica do Geossítio A11 – Portal do Inferno da Garra2
- Localidade: Portal do Inferno, União das freguesias de Covelo de Paivó e Janarde;
- Altitude: 890 m;
- Classificação: Património Natural;
- Temáticas: Científico, Educativo, Família, Fotográfico, Geologia, Geossítios;
- Classificação Científica: Geomorfológico;
- Morada: Estrada do Portal do Inferno, Covêlo de Paivó, 4540-284 Arouca;
- Localidade: Covelo de Paivó;
- Freguesia: Covêlo de Paivó e Janarde;
- Coordenadas GPS: 40.87317, -8.1094455;
- Fauna:
- Falcão-peregrino;
- Pólio-das-rochas;
- Melro-das-rochas;
- Lobo-Ibérico:
- "O lobo-ibérico e a toupeira-de-água são algumas das espécies de mamíferos ameaçadas que vivem nestes vales. Entre as aves, destaque para o altivo falcão-peregrino e para o melro-das-rochas que aproveitam esta paisagem escarpada para nidificar. Finalmente, podemos aqui observar o discreto escorpião que tem, como território de caça e abrigo, as rochas que caracterizam este local."6
- Flora:
- "Os afloramentos rochosos são locais muito interessantes para a vida, já que a rocha obriga a uma especialização que, ao longo do tempo, origina endemismos, espécies que apenas existem nestes locais. Este é o caso do pólio-das-rochas, espécie rupícola restrita às montanhas do norte de Portugal que prosperam nestes ermos."6
Miradouro Natural de Covas do Monte
O Miradouro Natural de Covas do Monte fica localizado na Estrada do Portal do Inferno, sendo um dos melhores para se ter uma vista panorâmica sobre esta Aldeia de Portugal. Este local não está bem sinalizado nem tem nenhum sistema de proteção, se tiver dificuldade na sua localização veja o mapa que inserimos neste artigo, num parágrafo anterior.
Para o localizar se viajar no sentido São Macário - São Pedro do Sul - Viseu e a aldeia de Ponte de Telhe - Arouca - Aveiro, depois de passar o Geossítio A11 – Portal do Inferno da Garra e a estrada começar a descer, numa curva à esquerda, abre-se um largo do lado direito e ao fundo encontra-se este miradouro. Nós só demos com ele porque resolvemos investigar aquele espaço para ver a paisagem e ficamos surpreendidos quando vimos surgir no fundo do vale a aldeia de Covas do Monte de forma tão perfeita e bela.
Aldeias perto da Estrada do Portal do Inferno
- Distrito de Aveiro;
- Drave
- Regoufe
- Rio de Frades
- Silveiras
- Ponte de Telhe
- Distrito de Viseu;
- São Macário Aldeias preservadas
- Aldeia Típica da Pena;
- Aldeia Típica do Fujaco;
- Aldeia Típica de Covas do Monte;
- Aldeia Típica de Covas do Rio;
- Aldeia Típica de Manhouce;
- Aldeia Típica Arada;
- Coelheira
- São Macário Aldeias preservadas
Baloiço de São Pedro do Sul na Serra da Arada
Download dos trekkings da Estrada do Portal do Inferno
- Download do trekking da Estrada do Portal do Inferno por Manhouce
- Download do trekking da Estrada do Portal do Inferno por Ponte de Telhe
Descrição dos percursos efetuado pelo Ondas da Serra
Percurso da Estrada do Portal do Inferno com início em Manhouce
A equipa do Ondas da Serra percorreu a totalidade da Estrada do Portal do Inferno, em dois momentos diferentes, no início das primaveras de 2023 e 2024, em virtude de ser a época onde a Serra da Arada se apresenta com todo o seu esplendor. Na primeira viagem partimos de Manhouce, município de São Pedro do Sul, distrito de Viseu, e na segunda da aldeia de Ponte de Telhe, concelho de Arouca, distrito de Aveiro.
Na primeira viagem deixamos o nosso automóvel perto da Igreja Matriz de Manhouce, dedicada a São Pedro e partimos em direção ao Parque de Campismo da Fraguinha. Escolhemos este trajeto porque a estrada passa por zonas montanhosas cheias de pedras graníticas e que conferem à paisagem um ar de mundo perdido doutra galáxia. Passamos pela aldeia de Vilarinho, onde vimos gado da raça arouquesa a pastar e nascente do Rio Teixeira protegida por redes metálicas.
Foi nesta zona que vimos a cruzar a estrada uma raposa fugidia que não deu pela nossa presença no silêncio. O animal cheirava todos os locais em busca de algo para comer, o momento foi mágico porque permitiu-nos seguir o seu caminho lentamente até desaparecer de vista.
Nas imediações do Parque de Campismo da Fraguinha foram colocados grandes quadros com pinturas em madeira com alguns animais que habitam esta região. Já na encosta da Serra do Arado numa estrada de terra batida fomos surpreendidos por um grande rebanho de cabras e ovelhas, escoltadas pelo seu pastor e mantidas em ordem por três valentes cães.
No cimo da Serra da Arada um manto amarelo de flores avançava sobre as nuvens para lhes fazer perder a monotonia de cor e dar-lhes alegria. Neste local sentimo-nos em paz, com vontade de continuar a escalada e muito satisfeitos com a nossa perseverança.
A dada altura temerosos vimos ao longo grandes gigantes que avançavam sobre nós brandindo às suas espadas de lâminas afiadas e pensamos que tinha chegado a nossa hora, mas acabamos por compreender que não passavam de grandes eólicas que se algum dia por estas paragens cavalgar Dom Quixote irá arremeter contra elas e ferir todas de morte.
Nesta zona podemos encontrar várias Mariolas do Arada, que são amontoados de pedras que são usadas para marcar os caminhos e orientar os pastores. Já na Serra da Arada pedalamos com toda a alegria pela maravilhosa estreita estrada, cercado de flores primaveris a perder de vista.
Todos os montes destas serras se cobrem na primavera de carqueja, urze e giestas e que pintam a paisagem de cambiantes verdes, amarelos, laranjas e lilases, numa profusão de cores e aromas que inebria o pensamento e cativam o olhar.
Fomos visitar de passagem a pequena aldeia da Coelheira, São Pedro do Sul, Viseu, com muitas casas em granito e uma pequena capela.
Numa das encostas fomos encontrar muitos trabalhadores ao serviço do ICNF, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, a plantarem floresta autóctone numa encosta. A subida é dura e passa dos 1000 metros de altitude e o esforço é compensado pelo silêncio e energia cativante da natureza.
Entramos finalmente na Estrada do Portal do Inferno, que serpentina freneticamente pelos montes acima, abrindo caminho à força junto de abismos abruptos e que fazem temer as almas de coração fraco. As paisagens em redor e linha do horizonte perdem-se por vezes no meio das espessas nuvens, que no crepúsculo aumentam a sua beleza.
Poucas pessoas vimos, só algumas a conduzir automóveis, por vezes muito devagar e ar amedrontado. Ainda ajudamos umas senhoras a tirar fotos e que se mostraram apreensivas e tinham dúvidas se iriam continuar, mas com algumas indicações de segurança lá venceram os seus medos.
Nesta estrada os visitantes que vemos com mais frequência são ciclistas e motards, todos satisfeitos pela experiência e com o vento a bater nos seus rostos felizes, alguns mais doidos arremeter pela serra abaixo com o diabo no corpo ou parecendo que vão a fugir das chamas, por isso o melhor por vezes é fazer um esconjuro.
Chegamos finalmente ao nosso destino o Geossítio A11 – Portal do Inferno da Garra, que dá nome à estrada. Aqui a estrada passa timidamente por uma nesga de terreno que separa vários cursos de água, que parecem de cima uma garra o os distritos de Aveiro e Viseu.
Neste local o visitante tem uma vista privilegiada sobre o vale por onde passa o Rio Paivô, que aqui nasce e a aldeia de Covas do Monte. A Estrada do Portal do Inferno continua, mas nós resolvemos regressar a Manhouce e deixar o resto da estrada para uma nova aventura, a começar do lado oposto.
Nesta freguesia ainda fomos conhecer o Poço da Barreira, onde com calma e devagar demos uns poucos mergulhos, apesar da água estar muito gelada. Havemos de regressar no verão com mais tempo e água quente para passar um dia neste poço e aproveitar o facto de ter um bom parque de merendas e um restaurante próximo.
Ficha técnica da Estrada do Inferno com início em Manhouce
- Início: Manhouce;
- Fim: A11 – Portal do Inferno da Garra;
- Distância: 53.17 km;
- Tempo: 5 h;
- Acumulado: 1,304m;
- Marcos de sinalização da altitude:
- Aos 3 km da Serra da Arada, subida de 939 m, com inclinação de 6,9%;
- 1056 m, perto do Parque Eólico Arada-Montemuro - Sobreequipamento de Cabria;
Pastor e rebanho no caminho
Pedalávamos por um caminho de terra batida, ladeado de pinheiros, quando surgiu repentinamente um grande rebanho que nos obrigou a parar por gosto, obrigação e curiosidade. Depois de os animais passarem fomos falar com o seu pastor responsável que nos disse chamar-se Fernando Gonçalves, com 59 anos de idade, natural de São Pedro do Sul, que pastoreava um rebanho de cabras e ovelhas, com cerca de 220 animais.
Estes animais eram guardados por três cães da raça, dois pastores alemães e um castro laboreiro. O mesmo disse-nos que estava a desempenhar este ofício como funcionário da ATASA, Associação Turística e Agrícola da Serra da Arada. Este serviço também é feito por uma colega em regime de rotatividade, ou por vezes em conjunto, quando há mais trabalho no curral.
Gado de raça arouquesa no caminho
Quem visitar esta região do Maciço da Gralheira encontrará por vezes gado da raça arouquesa a ruminar livremente nas serras, campos e a caminhar sem entraves por meio das estradas, que aqui lhes pertencem.
Nesta viagem encontramos estes animais em campos de Vilarinho, na Serra da Arada e no regresso na mesma aldeia a regressar a casa alheias às vontades dos automobilistas e a olhar para eles com caras de poucos amigos.
Origem e história da raça de gado bovino da raça arouquesa
"O aparecimento da da raça de gado bovino da raça arouquesa perde-se no tempo, alguns autores apontam para a sua possível origem Celta, através do cruzamento dos troncos bos tauros aquitânicos, bos taurus ibericus e bos taurus atlanticus. Estes troncos originaram do cruzamento e desenvolvimento do primitivo bos primigenius.
As primeiras referências à raça Arouquesa surgem num relatório da Sociedade Agrícola do Porto, de 1856, onde constam imensos elogios à grande capacidade de trabalho destes animais nas zonas declivosas do Douro Vinhateiro, assim como a sua capacidade de engorda.
Silvestre Bernardo de Lima, na data de 1858 começa a caracterizar a raça Arouquesa, distinguindo 4 ecótipos. Nas subsequentes 5 décadas, diversos autores definem as características da raça, chegando a consenso em relação aos ecótipos. De 4 inicialmente caracterizados por Bernardo de Lima, distinguiram apenas 3 ecótipos:
– os arouqueses de S. Pedro do Sul ou sulanos, o ecótipo mais abundante em indivíduos;
– os paivotos;
– os caramuleiros.
Em 1949, Miranda do Vale classificou a raça Arouquesa como um grupo polimorfo, com uma excelente aptidão para a produção de leite, visando o elevado teor butiroso para a produção de manteiga e produção de carne, assinalando que “é no talho que o gado arouquês melhor memória tem deixado.”
Pinturas em madeira no caminho
Espalhadas pela Serra da Arada podemos encontrar junto à estrada grandes painéis em madeira com pinturas de animais. O artista responsável por estas instalações chama-se José Mário Ferreira de Figueiredo, tendo feito este trabalho para a Câmara Municipal de São Pedro do Sul, onde o mesmo é funcionário. Estas obras foram realizadas em 2021, tendo o artista pintado os quatro animais mais representativos que ainda subsistem nesta região, veado, javali, lobo e raposa vermelha.
Parque Eólico Arada-Montemuro - Sobreequipamento de Cabria
Percurso da Estrada do Portal do Inferno com início em Ponte de Telhe
No início da primavera de 2024, regressamos à Estrada do Portal do Inferno, mas agora começamos na aldeia de Ponte de Telhe, em Arouca, no distrito de Aveiro e terminamos junto do geossítio A11 – Portal do Inferno da Garra, numa distância de cerca de 15 km, de forma linear, com cerca de 1000 m de subida.
Por este lado o percurso não é tão interessante, com muitos eucaliptos nas encostas e só a partir da aldeia de Silveiras é que surge a Serra da Arada em todo o seu esplendor.
No entanto, com esta viagem terminamos todas as nossas explorações nesta estrada, onde ainda vimos um grande rebanho de cabras e podemos constatar que junto do geossítio acima referido o Rio Paivô tinha um maior caudal de água que no ano anterior.
No regresso fomos conhecer a Praia Fluvial de Ponte de Telhe, do Rio Paivô, que nasce na Serra da Arada, afluente do Rio Paiva. Nesta praia existe um grande açude que nesse dia o sol tinha aquecido a água e permitiu que fossemos dar uns mergulhos. Gostamos muito da mesma e no verão retornaremos, com a água mais quente e que segundo nos disseram uns moradores é mais pura que a do Paiva que nasce muito longe em Moimenta da Beira.
No final fomos retemperar forças no Café/Mercearia Rocha’s, onde as pessoas da terra se reúnem para cavaquear, tomar a sua cerveja, café, petiscar ou apenas ver passar curiosas os forasteiros.
Ficha técnica da Estrada do Inferno com início em Ponte de Telhe
- Início: Aldeia de Ponte de Telhe;
- Fim: A11 – Portal do Inferno da Garra;
- Distância: 28.59 km;
- Tempo: 3 h;
- Acumulado: 1,109m;
Geossítios da Serra da Arada
Geossítios da Linha A – Arada
- A1 - Poços de Ponte Teixeira;
- A2 - Poço Azul;
- A3 - Pedras Boroas da Landeira;
- A4 - Moinhos do Pisão;
- A5 - Mariolas do Arada;
- A6 - Turfeira da da Fraguinha;
- A7 - Minas de Rio de Frades;
- A8 - Poços do Palvô;
- A9 - Minas de Regoufe;
- A10 - Lagoas de Drave;
- A11 - Portal do Inferno e Garra;
- A12 - Livraria da Pena;
- A13 - São Macário;
- A14 - Vale do Deilão;
Geossítio A5 - Mariolas do Arada
"As mariolas ou bruxas são estruturas de pedra que servem para marcar os caminhos e orientar os pastores. No planalto da Arada, ainda hoje servem de referência a caminhantes e pastores, tendo sido recuperadas três destas, perto da aldeia da Arada.
Do outro lado da serra, perto de Fragoselas, encontra-se outra mariola junto ao caminho que liga esta aldeia a Covas do Monte. Estas estruturas em pedra chegam a ter mais de 5 metros de altura, e são empilhadas com muita mestria e engenho. Junto delas há também cadeiras e abrigos feitos em pedra para proteger os pastores nos dias de intempérie ou os caminheiros que se aventuram por estas serranias."4
Geossítio A11 – Portal do Inferno da Garra
"No Maciço da Gralheira, a sudeste do Arouca Geopark, encontra-se o Portal do Inferno, um miradouro situado em plena Serra da Arada, a cerca de 1000 metros de altitude. É precisamente neste local que se faz a divisão administrativa entre os concelhos de Arouca e S. Pedro do Sul.
O Portal do Inferno é uma espécie de abismo, onde a Estrada Municipal 567 se estreita, ao passar por duas vertentes íngremes, compostas por rochas metamórficas, que oferecem uma paisagem escarpada. Por estar localizado a grande altitude, entre dois vales alcantilados, é comum haver vento forte.
Elevando-se entre dois pequenos riachos, um afluente da Ribeira de Covas do Monte, a Este, e outro afluente da Ribeira de Palhais, a Oeste, este local sempre foi considerado íngreme e assustador, a começar pelo próprio nome. É um sítio envolvido em mistério, provocador de angústia e vertigens. Segundo a lenda, acredita-se que o diabo andou por lá, atemorizando todos os que por ali passavam, o que nos dá a ideia de, a partir daí, descermos às entranhas do inferno.
Este geossítio é um local com vistas panorâmicas surpreendentes. Daqui se pode avistar a “Garra”, uma forma de relevo entrecortada por diversas linhas de água, mais ou menos profundas, que faz lembrar a separação dos dedos de uma garra de uma ave de rapina.
Aliás, parece um alinhamento de dedos saídos da pedra (possivelmente a mão do diabo). Podemos admirar dois vales gémeos, um para sudoeste, outro para nordeste, separados, precisamente, por esta montanha.
A Primavera é a melhor estação para visitar o Portal do Inferno da Garra
A melhor estação para observar a “Garra” é a primavera, já que a serra se encontra matizada de lilás e amarelo, as cores da urze e da carqueja e do tojo. A paisagem é sublime.
O Portal do Inferno é um local de extrema beleza, mas também muito perigoso, pela pouca largura da estrada. Assim, aconselha-se estacionar o carro um pouco mais longe e fazer uma breve caminhada até ao local."5
Serra da Arada património natural e arquitetónico
Biodiversidade e Património Cultural na Serra da Arada
"O planalto da Arada é pedregoso e árido, com a carqueja e a urze a dominarem os matos rasteiros e o pólio-das-rochas a ocupar os grandes afloramentos rochosos. Este é o habitat ideal para a víbora-cornuda e para o melro-das-rochas, espécies notáveis de difícil observação.
Nas ribeiras que descem para o Vouga, o lódão-bastardo ocupa lugar nas galerias ripícolas de montanha, ao passo que o melro-de-água se alimenta nas zonas de maior turbulência do rio. Junto à Arada pode-se observar o geossítio da bacia tectónica de Carvalhais, depressão ampla que desce à cota dos 400-450 metros, partindo do planalto da Arada a 950-1000 metros."8
Fauna da Serra do Arada4
- Lobo-ibérico;
- Melro-das-rochas;
- Melro-de-água;
- Lódão-bastardo;
- Pólio-das-rochas;
Rio Paivô nasce na Serra da Arada
"O Paivó, igualmente conhecido como Paivô ou Paivo, é um rio português afluente do rio Paiva. Há dois afluentes do rio Paiva com o nome muito parecido, ainda que sejam dois rios distintos um do outro. São eles o Paivô (com acento circunflexo no ô) que nasce na serra da Arada e o rio Paivó (com acento agudo no ó)."9
"O rio Paivô nasce na Serra da Arada, seguindo depois um percurso montanhoso, com as margens a formarem escarpas e fragas. Desagua no Rio Paiva, do qual derivou o seu nome, a jusante da povoação de Paradinha. Passa nas imediações da localidade de Covelo de Paivô, motivo pelo qual o rio é também popularmente conhecido como Rio Covelo.
Tem pelo menos três afluentes: o Rio de Frades, que se encontra com o Paivô em Bouceguedim, a Ribeira de Regoufe, e um outro curso de água que atravessa o vale de Moldes, e que era conhecido originalmente por Rio de Moinhos. Um dos pontos de maior interesse ao longo do traçado do Rio Paivô é a praia fluvial de Ponte de Telhe, situada junto à aldeia com o mesmo nome.
Ao longo da sua história, foi atravessado por barqueiros, que operavam em certos pontos determinados do rio. Em 2010, tinha sido recentemente planeada a instalação de uma central hídrica de pequenas dimensões, mas este empreendimento foi cancelado devido à oposição das populações, de várias associações locais, e da autarquia."10
Património cultural da Aldeia de Fujaco
"A aldeia típica do Fujaco está encastrada na encosta da Arada, no fundo de um vale bastante pedregoso. As casas são todas de xisto e os telhados de lousa, o que harmoniza completamente a aldeia com a natureza que a rodeia. Os habitantes dedicam-se, sobretudo, à agricultura (milho, batata, feijão, vinha), à criação de gado (ovelhas e cabras), e também à apicultura."8
O que visitar na Serra da Arada
São Macário Aldeias Preservadas
Aldeia de Portugal de Covas do Monte
Covas do Monte é avistada a partir do Portal da Inferno da Garra e Miradouro Natural
"Para chegar à aldeia de Covas do Monte, em S. Pedro do Sul, é preciso percorrer um caminho sinuoso mas de rara beleza, atravessando a serra da Freita e vislumbrando as de Montemuro e da Gralheira. O passeio vale por si só, mas o melhor está ainda para chegar! Situada na serra de São Macário, Covas do Monte está a 450 metros de altitude, pelo que aqui se respira um ar puríssimo.
A paisagem verdejante, com montanhas a toda a volta, a que ninguém fica indiferente, é pontuada por rebanhos, criando um cenário bucólico. Por aqui abaixo corre água fresquíssima, encaminhada para a aldeia e distribuída pelos campos através de um regadio tradicional.
Encaixada nos montes, a aldeia fica no sopé da montanha e oferece um passeio único por entre as suas ruas estreitas e sinuosas e o aglomerado de casas, quase todas construídas em xisto e com telhados lousa.
Observe a forma como se distribuem e se enquadram, perfeitamente, na paisagem! Animais e pessoas convivem lado a lado, nessa pequena povoação que vive da pastorícia.
É que além de cabras e ovelhas, também as vacas saem diariamente para se deliciarem com as pastagens frescas dos montes. Ao fim da tarde, regressam, e cada uma parece conhecer o caminho para casa, num ritual que se repete e a que vale a pena assistir, ou não fosse este um retrato raro do país rural.
De destacar que os enchidos e a carne de qualidade desta aldeia são marcas da gastronomia local. O restaurante da aldeia – Restaurante da Associação dos Amigos de Covas do Monte – que é obrigatório conhecer, é, aliás, local de romaria ao fim de semana. Instalado numa antiga escola primária, oferece uma bonita vista para a serra e uma ementa com pratos característicos da região. Não deixe de degustar o cabrito da Gralheira e a vaca Arouquesa, raças autóctone e certificadas."7
Locais a visitar próximo das aldeias típicas7
- Aldeia Típica da Pena
- Locais próximo a visitar:
- Serra de São Macário;
- Miradouro da Serra de São Macário;
- Capela de Santo Inácio de Utopia (Aldeia da Pena);
- Serra da Gralheira;
- Artesanato Augusta;
- Locais próximo a visitar:
- Aldeia Típica do Fujaco
- Locais próximo a visitar:
- Aldeia Típica de Covas do Monte
- Locais próximo a visitar:
- Portal do Inferno;
- Capela de Santa Bárbara;
- Trilho dos Pastores;
- Serras do Montemuro e Gralheira
- Capela de S. Macário;
- Locais próximo a visitar:
- Aldeia Típica de Covas do Rio
- Locais próximo a visitar:
- Aldeia Típica de Manhouce
- Locais próximo a visitar:
- Ponte da Barreira sobre a Ribeira de Vessa;
- Ponte de Manhouce;
- Capelas dos Enfermos, de Carregal e de Vilarinho do Monte;
- Zona arqueológica da Gralheira;
- Cruzeiro da Independência;
- Cales de Gestoso;
- Anta de Manhouce;
- Alminhas da Bondança;
- Poço Negro;
- Quedas-d'água do rio Teixeira;
- Minas das Chãs;
- Lagoa da serra da Freita;
- Casas da Benta, de montanha de Manhouce, de montanha de Vendas, de montanha de Ucha, de montanha de Gestodo e de montanha de Juncal;
- Vestígios de via romana;
- Anta do Juncal;
- Necrópoles do Juncal e do Alto do Barro Vermelho;
- Estrada dos Almocreve
- Locais próximo a visitar:
- Aldeia Típica de Arada
- A povoação da Arada, que dá o nome à serra, é uma pequena aldeia implantada no cimo do maior vale do lado oriental da serra, com vista para São Pedro do Sul. A Arada é a única aldeia serrana com vista para o lado oriental.
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Galeria de fotos da Estrada do Inferno na Serra da Arada
- Aldeia de Ponte de Telhe Aldeia de Ponte de Telhe
- Aldeia de Vilarinho Aldeia de Vilarinho
- Estrada do Portal do Inferno Estrada do Portal do Inferno
- Estrada do Portal do Inferno Estrada do Portal do Inferno
- Estrada do Portal do Inferno Estrada do Portal do Inferno
- Serra da Arada Serra da Arada
https://ondasdaserra.pt/index.php/arouca-concelho/arouca-fazer/item/1707-estrada-portal-inferno#sigProId2f7dc2c2ff
Contactos úteis da Estrada do Portal do Inferno
- Emergência Nacional: Telefone - 112
- Bombeiros: Telefone - 256 944 800
- ADRIMAG-Montanhas Mágicas: Telefone - 256 940 350
- Loja Interativa de Turismo-Arouca Geopark: Telefone - 256 940 258
Créditos e Fontes pesquisadas
Texto: Ondas da Serra, com exceção do que está em itálico e devidamente referenciado.
Fotos: Ondas da Serra, com exceção das que estão referenciadas
1 - visitlafoes.pt/serra-da-arada/
2 - aroucageopark.pt/pt/conhecer/geodiversidade/geossitios/portal-do-inferno-e-garra/
3 - cm-spsul.pt
4 - Cartaz informativo colocado na Serra da Arada da responsabilidade do projeto Montanhas Mágicas
5 - visitarouca.pt/atracoes/portal-do-inferno-e-garra/
6 - Cartaz informativo colocado junto do Geossítio A11 – Portal do Inferno da Garra, da responsabilidade da Câmara Municipal de Arouca e ADRIMAG, Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Serras de Montemuro, Arada e Gralheira
7 - cm-spsul.pt
8 - Cartaz informativo colocado na Serra da Arada, da responsabilidade da Câmara Municipal de São Pedro do Sul e ADRIMAG, Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Serras de Montemuro, Arada e Gralheira
9 - wikiwand.com/pt/Rio_Paivó
10 - wikiwand.com/pt/Rio_Paivô
11 - ancra.pt/origem-e-historia/
Caminhe no distrito de Aveiro e pedale de bicicleta pelo norte de Portugal
O distrito de Aveiro tem dezenas de caminhadas e percursos pedestres muito bonitos, na serra, junto do mar, ria e rios, que pode aproveitar para os conhecer. No norte de Portugal há muitas ciclovias, ecovias e ecopistas que se pode percorrer, a caminhar ou de bicicleta, muitas delas por antigas linhas ferroviárias, agora convertidas em pista para as pessoas passearem.