Pode ler esta reportagem na totalidade ou clicar no título abaixo inserido para um assunto específico:
- Linha Férrea do Douro
- Galeria de fotos da linha do Douro
- Nascimento e Morte da Linha Férrea do Sabor
- Ecopista do Sabor - Torre de Moncorvo
- Descrição da Ecopista do Sabor - Troço Pocinho > Carviçais
- Localização da Ecopista do Sabor
- Ficha Técnica da Ecopista do Sabor
- Inauguração da Ecopista do Sabor
- Ecopista do Sabor com dois troços cicláveis
- Falta de ligação entre os dois trajetos da Ecopista do Sabor
- Ecopista do Sabor para os amantes das caminhadas
- Como chegar à Ecopista do Sabor
- Mapa da Ecopista do Sabor
- Percurso da Ecopista do Sabor
- Pontos de interesse da Ecopista do Sabor
- Antigas estações em destaque da Ecopista do Sabor
- Avaliação da Ecopista do Sabor
- Património natural e arquitetónico em destaque na Ecopista do Sabor
- Galeria de fotos da Ecopista do Sabor
- Informações úteis da Ecopista do Sabor
- Regresso a Ovar
Linha Férrea do Douro
Linha do Douro - Porto Campanhã > Pocinho
Escolhemos o comboio para viajarmos para o início da Ecopista do Sabor. Desta forma cumpríamos dois objetivos, conhecer a linha do Douro e percorrer a totalidade desta ecopista.
Partimos de Ovar, pela linha suburbana Porto - Aveiro, às 05h25. Em Porto Campanhã, já estava parado o comboio na linha 7, à espera dos passageiros. O mesmo partiu às 07h25 e chegou ao Pocinho às 10h45, cumprindo o horário previsto. O comboio era composto por uma locomotiva, 1400, a diesel, com o número 1429. Para transportar os passageiros foram utilizadas duas composições vermelhas onde estava inscrito, Museu Nacional Ferroviário, que devem ser as mesmas utilizadas nas viagens do comboio histórico do Douro.
Estas composições têm a vantagem das janelas puderem ser corridas e vermos as paisagens sublimes do vale do Douro de forma límpida e com os aromas do Rio douro e vento acariciar o rosto e esvoaçar os cabelos, quem os tenha o que não é o nosso caso. Um outro aspeto que nos agradou foi o espaço destinado ao transporte de bicicletas, pela facilidade da sua colocação e área reservada.
Em Caíde o comboio parou o tempo suficiente para algumas pessoas tomarem café. O mesmo só retomou a viagem, agora só por uma linha, quando passou outro comboio em sentido contrário. Esta linha está só eletrificada até à Estação de Marco de Canaveses, por esta razão a locomotiva tem que ser a diesel. Este é um dos seus problemas para a reativação de alguns troços encerrados da linha do Douro, como o do Pocinho a Barca d’Alva. No entanto parece que se acendeu uma luz ao fundo do túnel porque já durante este ano 2023, o Governo autorizou as Infraestruturas de Portugal a fazer um estudo prévio para a sua reativação.
A dada altura do percurso irá começar a ver o Rio Douro do seu lado direito. O comboio viaja por cima das arribas, vencendo muitos túneis. Em baixo no vale o primeiro destaque foi para a Capela de S. Domingos, na Aldeia de Porto Manso, Freguesia de Ribadouro, Concelho de Baião.
O comboio para em algumas estações, a maioria dos turistas são estrangeiros, arrebatados pelas belezas do Douro e que saíram no Pinhão e Régua. Na Ermida o comboio teve que aguardar novamente para passar o seu irmão em sentido oposto.
A paisagem é deslumbrante e por vezes parece que navegamos como os cruzeiros que passam, pelo meio do Rio Douro, com os turistas a dizer adeus e o comboio a apitar, tal é a proximidade das águas. As arribas são impressionantes e remetem para a coragem que foi preciso para os homens construírem estas grandiosas obras, onde muitos morreram. As encostas estão cobertas por socalcos do Alto Douro Vinhateiro, onde vimos muitas pessoas a vindimar e nos aguçou a vontade de degustar um Porto.
Passamos por muitas barragens com os cruzeiros aproximarem-se para subirem pelas eclusas. No Tua víamos a barragem que tanta polémica causou. Entendemos que são necessárias para uma sociedade sempre sedenta de energia. No entanto, temos que reservar alguns rios de águas livres, como o Paiva. Se não fizessem os passadiços se calhar um dia também o iam enjaular e mesmo assim com a EDP nunca é de fiar.
Créditos da Foto:20 (Pereira, 2009)
O comboio atravessou o Rio Douro pela ponte da Ferradosa, passando o mesmo a estar do nosso lado esquerdo a partir desta estação. A estação do Pocinho fica perto desta última ponte e lá chegamos há hora prevista.
Locomotivas Diesel CP Série 1400
O comboio era composto por uma locomotiva, 1400, a diesel, com o número 1429. Uma placa na sua estrutura tinha a inscrição do fabricante,”THE ENGLISH ELECTRIC Co Ltd. ENGLAND SOREFAME PORTUGAL 1967”.
"Locomotivas Diesel CP Série 1400 (1ª Parte). As locomotivas diesel da série 1400 (1401 a 1467) foram construídas pela English Electric e pela SOREFAME. Entraram ao serviço entre 1967 e 1969, estando quase todas ainda em serviço. Passaram pelo serviço de passageiros do Douro, Minho e Algarve, efectuando serviços intercidades entre Braga e o Porto ou entre Lisboa e Leiria. Actualmente fazem serviço nas triagens do Entroncamento, Gaia e Praias-Sado, assegurando esporadicamente alguns serviços de linha, como por exemplo os comboios especiais do PTG."9
Tripulação do comboio da linha do Douro
A tripulação deste comboio da linha do Douro era composta pelo maquinista Santa, revisor, Silveira Rosa, Chefe Maquinistas Guilhermino, os dois primeiros do Porto e o último de Aveiro. A forma de operar nesta linha é diferente, talvez porque esta viagem remete para a história da linha, num tempo mais tranquilo onde as pessoas não temiam o relógio. Talvez por isso haja mais alegria, boa disposição e sorrisos para os passageiros.
Chegada à estação do Pocinho
Chegamos ao Pocinho onde destacamos a sua barragem com eclusa, Ponte Rodoviária e Ferroviária do Pocinho, da antiga linha do Sabor e uma fábrica de pipos. Esta terra fica perto da aldeia da Açoreira, que visitamos em fevereiro deste ano 2023, para ver as amendoeiras em flor. Viajar por esta linha pode ser outra alternativa para as pessoas que na primavera queiram ver esta floração maravilhosa.
História da construção da linha férrea do Douro: 26 túneis e 30 pontes
"A linha férrea do Douro, demorou catorze anos a ser construída, na sua totalidade, desde o Porto até Barca d’Alva (1873-1887). Inicialmente contando com uma extensão máxima de cerca de 200 km, a linha fazia fronteira com Espanha continuando o seu percurso, em terras espanholas, até Salamanca. Circulava-se com locomotivas a vapor, que marcavam o ritmo lento da ruralidade.
A estrada de ferro acompanha a par e passo o curso do rio Douro, ao longo de 130 km, no que é considerado o maior trajecto à beira rio da rede ferroviária nacional. No entanto, a linha férrea é um trajeto cheio de obstáculos, que obrigou a construção de constantes obras de arte. Num total de 26 túneis, 30 pontes foram precisos vários anos de esforços para os completar.
Como refere António Barreto no seu livro sobre o Douro, no Douro tudo o que se vê é sempre obra do homem. Talvez por isso exista o deslumbramento no grandioso e belo Douro. Mas toda esta paisagem também esconde muito suor e sofrimento. Ainda hoje quando viajamos na parte da linha que resta, da Linha do Douro, verificamos a dificuldade tremenda, para a época, de construir um caminho de ferro ao longo do vale do Douro. Porque a margem era muito escarpada, havia necessidade de destruir uma série de montes e elevações, construir muitos túneis e portanto, o nome de caminho de ferro impossível, decorria justamente das dificuldades de natureza material de uma construção que se tornou muito difícil para a banca do Porto que financiou a construção do caminho de ferro.
E não só no território português, mas também de Barca d’Alva até Salamanca, que também tem uma zona montanhosa, onde foi necessário construir numerosos túneis e portanto, com todas as dificuldades que decorriam os custos financeiros foram crescendo. A construção total da linha teve um custo elevado, sendo que a ligação entre a fronteira portuguesa e Salamanca, foi particularmente difícil e dispendiosa no troço a seguir a Barca d’Alva. Aqui a linha abandona o curso do vale do Douro e sobe até à Meseta Ibérica, pelas muito difíceis margens do Rio Águeda, já do lado espanhol da fronteira. São apenas 17 km, mas vence um desnível de cerca de 330 metros e por isso, foi necessário abrir 20 túneis e construir 13 pontes metálicas (excepto a ponte internacional). Chegaram a trabalhar 4000 obreiros nesta obra e muitos morreram durante a sua execução.
O caminho de ferro invadiu também terrenos privados e os proprietários queixaram-se muito das gentes dos caminhos de ferro. Para além de atravessar as quintas a meio, utilizavam parte das propriedades para recolher pedras, abrir pedreiras, recolher água e fazer caminhos, consumando uma invasão total, fazendo com que os proprietários perdessem as suas terras. Mas, apesar disso, o comboio desempenhou um papel decisivo no Vale do Douro, permitiu quebrar o isolamento do Douro-Superior, conferindo o acesso a populações, regiões e países que até então estavam isolados.
Em vez de semanas de difícil viagem, a Europa passou a ficar a umas horas de distância. O comboio tornou-se um factor importante na organização do espaço económico e demográfico da Região Duriense. Permitiu também escoar a produção do Douro Vinhateiro, com maior facilidade e também vencer mais rapidamente a praga da filoxera que tinha afectado a Região, transportando videiras americanas, insecticidas e adubos."21 (Macedo, 2019)
Galeria de fotos da Linha do Douro
- Linha do Douro Linha do Douro
- Linha do Douro Linha do Douro
- Linha do Douro Linha do Douro
- Linha do Douro Linha do Douro
- Linha do Douro Linha do Douro
- Linha do Douro Linha do Douro
https://ondasdaserra.pt/index.php/portugal/item/1689-ecopista-do-sabor#sigProId26d35876c4
Nascimento e Morte da Linha Férrea do Sabor
História da Linha Férrea do Sabor
"A Linha do Sabor era uma linha ferroviária que ligava a estação do Pocinho [Linha do Douro] à cidade de Miranda do Douro (a estação foi construída em Duas Igrejas), passando por Torre de Moncorvo e Mogadouro. Os 105 km da linha ficaram concluídos em Maio de 1938, tendo existido circulação em toda a sua extensão até Janeiro de 1989. O serviço de passageiros terminou 3 anos antes, tendo ficado a linha dedicada apenas a serviço de mercadorias.
O troço Pocinho a Carviçais foi inaugurado em 1911, sendo que a ponte sobre o rio Douro ficou concluída em 1909. Esta ponte foi construída com dois tabuleiros - um ferroviário e outro rodoviário. Até à construção da barragem do Pocinho, serviu de ligação entre os distritos da Guarda e Bragança. Em 1975 existiam 4 ligações em cada sentido, sendo que uma delas era o "misto", comboio composto por carruagens de passageiros e vagões de mercadorias a granel.
"Tal como a plantação de novas vinhas, também a epopeia da construção da rede ferroviária do Douro exigiu um trabalho ciclópico, obrigando a rasgar caminho entre as fragas das margens do rio. Muitos trabalhadores morreram não só pela dureza do trabalho, em lugares inóspitos, como pela Alberto Aroso Freixo de Numão-Mós do Douro, Linha do Douro inclemência do clima. Os eucaliptos centenares junto às estações do Douro não estão lá por acaso.
Muitos deles foram plantados nessa época, acreditando-se que afugentavam a mosquitada que transmitia as febres palustres. Houve um ano, quando o comboio chegou ao Pocinho, que os trabalhadores debandaram, após a morte de uns quantos atacados por sezões. E a construção de outras linhas secundárias, como as do Corgo, do Tua ou do Sabor, teve esse mesmo carácter épico. No Tua, houve pontos em que a construção da linha obrigou a prodígios de engenharia e a malabarismos mortais. Algumas partes foram construídas em alcantis rochosos, com os trabalhadores suspensos por cordas.
Durante cerca de meio século, entre 1875 e 1925, a rede ferroviária do Douro, com as extensões a Trás-os-Montes, foi sendo construída penosamente. Sem contar com a linha do Tâmega, já a jusante da região, mas assumindo a mesma perspectiva de dotar o interior do país de uma razoável cobertura da rede ferroviária, a maior parte das linhas do Tua (1884-1906), do Corgo (1906-1921) e do Sabor (1911-1938), foi construída por esta altura.
Depois, pouco se avançou. Além disso, previa-se, ainda, a articulação da linha do Douro com outras linhas a construir a Sul do Douro, Porém, essas novas linhas que deveriam completar a rede ferroviária do Douro nunca chegaram a concretizar-se. Desde 1911, na linha que estava projectada para ligar a Régua a Lamego e a Vila Franca das Naves, construiu-se a ponte granítica sobre o Douro, rasgou-se até Lamego a via para o assentamento das travessas e carris, que chegaram a estar acumulados no cais da estação da Régua, mas não mais do que isso. Em meados dos anos trinta, na altura em que decorriam estudos para o lançamento de novas linhas, como a que deveria ligar Foz-Tua a Viseu, o salazarismo veio travar todos os investimentos, concluindo-se apenas os últimos troços da linha do Sabor até Duas Igrejas (1938).
Seguiu-se uma longa fase de abandono e de tardia e escassa modernização da rede existente. Para Salazar, o país rural deveria permanecer pobre, alegre e conformado com a sua sorte, como o Douro das vindimadeiras sorridentes das fotografias da Casa Alvão."20 (Pereira, 2009)
O encerramento cego de linhas da rede ferroviária nacional
"A linha do Sabor, localizada no extremo nordeste de Portugal, fazia a ligação ferroviária entre o Pocinho e Duas Igrejas. Com uma extensão de 105 quilómetros, esta via estreita, foi inaugurada em 1938, tendo encerrado os serviços ferroviários em 1988."22 (Martins, 2022)
"Esperava-se que, após o 25 de Abril de 1974, o regime democrático e os sucessivos planos de desenvolvimento se traduzissem em projectos de efectivo combate às desigualdades territoriais do País. No entanto, relativamente à rede ferroviária do Douro, como sucedeu com muitos outros serviços públicos do interior, verificou-se a ausência de investimentos adequados à modernização das linhas e das composições.
Desde os anos oitenta do século XX, a par da euforia do poder central na construção de auto-estradas e de grandes obras públicas concentradas no litoral, sucederia a amputação, sem sentido, da rede ferroviária do Douro. A pretexto da diminuição de utentes e de racionalização da gestão das linhas, procederam ao encerramento de estações e apeadeiros, em muitos casos seguido de destruições gratuitas desse património. Diminuíram as viagens e as composições. Alteraram horários, muitas vezes sem ter em conta as necessidades das populações.
Desactivaram linhas, ou troços de linhas, no Douro, no Sabor, no Tua, no Corgo e no Tâmega, desestruturando, sucessivamente, a rede ferroviária regional."20 (Pereira, 2009)
Ecopista do Sabor - Torre de Moncorvo
Nós adoramos trás-os-montes e pedalar por estas montanhas e abraçar estas paisagens foi transcendente. Os vales de encantar, o caminho ladeado de oliveiras, amendoeiras, figueiras e arrebatados pelos socalcos do Alto Douro Vinhateiro.
Não podemos ver todas as suas riquezas e só quisemos tocar um pouquinho do céu. Por vezes saímos do percurso para visitar as terras e os seus monumentos. Na subida constante até ao final do percurso fomos visitar a Igreja de Santa Bárbara, no Carvalhal. Tiramos uma fotografia com um plano aberto e junto do adro de entrada, quando líamos uma placa informativa, fomos selvaticamente mordidos por uma abelha. Não sabemos o que deu no diabo do bicho para nos tomar de ponta.
O que vale é que agora andamos sempre com álcool gel, mas no dia seguinte tivemos que ir à farmácia. Apesar da contrariedade, ainda fomos no final visitar o interior de Carviçais, que é muito bonito e temos pena de não ter tido mais tempo.
O regresso a descer foi tranquilo com a brisa a amaciar a pele, com cuidado porque há abismos de meter medo.
Descrição da Ecopista do Sabor - Troço Pocinho > Carviçais
"A Ecopista do Sabor é um espaço de verdadeira beleza, resultado do aproveitamento da linha de caminho de ferro, no troço entre a margem norte do Rio Douro, no Pocinho, e Carviçais, num total de 34 km de percurso pedestre.
Da ecopista vislumbra-se uma paisagem maravilhosa sobre o Rio Douro, Torre de Moncorvo, o Vale do Sabor e Serra do Reboredo, pode ainda avistar-se o Convento do Carmelo da Sagrada Família e na aldeia de Larinho fazer uma paragem na Cafetaria da antiga estação do Larinho, requalificada para o efeito. Seguindo em direção a Carviçais no lugar do Carvalhal podem ser avistadas as antigas minas de ferro e no sopé do Cabeço da Mua vislumbram-se as aldeias de Felgar e Souto da Velha. Magnífica e imperdível é também a paisagem sobre a Albufeira de Vale de Ferreiros já à chegada de Carviçais.
A Ecopista posiciona-se como uma infraestrutura destinada ao recreio e ao desporto mas também é uma via que redescobre paisagens de grande beleza, esquecidas desde a desativação do transporte ferroviário.
Apuramos os sentidos com a mistura de cheiros, peneiramos os pormenores deste quadro natural e requalificamos o nosso património interior, após uma fabulosa caminhada."2
"A Ecopista do Sabor tem a particularidade de funcionar como eixo condutor e de distribuição a todo um conjunto de património natural de excelência que por si só já é gerador de fluxos turísticos de elevada importância, Parque Natural do Douro Internacional, a Nascente, e Vale do Baixo Sabor, a Norte, Vale do Douro Superior (Alto Douro Vinhateiro, património da Humanidade), a Poente e Vale do Côa (gravuras rupestres património da humanidade a Sul.
O acesso aos caminhos romanos, ribeiros e moinhos, percursos em trilhos por montes, fragas e florestas, bem como o acesso a todo o património histórico, sócio cultural e gastronómico através da Ecopista, transforma-a num elemento fundamental para um turismo natureza de qualidade superior, gerenciador de desenvolvimento sustentado e de satisfação de quem nos visita."16
Localização da Ecopista do Sabor
A Ecopista do Sabor fica localizada no concelho de Torre de Moncorvo, no Norte de Portugal, região do Douro, distrito de Bragança. A mesma tem início no Pocinho, localidade do distrito de Bragança, junto à antiga ponte ferroviária/rodoviária encerrada, com rede nas extremidades a bloquear os acessos. No entanto, foram feitos buracos na mesma porque do lado oposto começa a ecopista. Não há grande risco em ser atravessada, mas oficialmente não é autorizada a sua passagem. Se chegar ao local e a rede tiver sido reposta ou pretender acertadamente não o fazer, deve passar para o outro lado do rio pela ponte da Barragem e Eclusa do Pocinho.
Ficha Técnica da Ecopista do Sabor4 16
- Denominação: Ecopista do Sabor - Percurso de Torre de Moncorvo;
- Localização: Concelho de Torre de Moncorvo - Guarda;
- Caracterização do território de Torre de Moncorvo: "O território está distribuído por cadeias montanhosas, zonas planálticas, vales e encostas arborizadas."6
- Classificação natural e patrimonial: "Numa grande extensão, é abrangido pela Região Demarcada do Douro e, numa pequena extensão, pela área classificada como Património da Humanidade, pela UNESCO. Este concelho caracteriza-se pela elevada riqueza paisagística."6
- Percurso: Pocinho (Bragança) até Carviçais (Guarda). "Plataforma da linha do Sabor desde o Km 0,600 e o Km 40,150, a sua reabilitação devolve aos cidadãos a oportunidade de desfrutar de um património, e aproximar-se simultaneamente da natureza. Desenvolvendo-se em toda a sua extensão no sopé (Norte /Nascente) da Serra do Reboredo, numa extensão de 24.700 metros, com um pavimento adequado às actividades indicadas, iluminação pública dos troços urbanos (Moncorvo, Larinho, Carvalhal e Carviçais), e o património construído reabilitado para estruturas de apoio e abrigo bem como sinalética e mobiliário urbano."16
- Utilização: "A Ecopista está vocacionada para Passeios cicloturisticos, pedonais, e similares, não se admitindo o trânsito de veículos motorizados."16
- Início do troço: A Ecopista do Sabor tem início junto da Ponte Rodoviária e Ferroviária do Pocinho, na margem direita do Rio Douro, entre a Barragem do Pocinho e a Subestação da EDP. A passagem pela ponte não é autorizada oficialmente, tendo rede a tapar, que foi no entanto destruída para o permitir. Caso pretenda passar por outro ponte, deve usar a estrada da Barragem/eclusa do Pocinho, ali próximo;
- Fim do troço: Este troço termina pouco depois da Aldeia de Carviçais, a cerca de 1700 metros, junto ao km 29,5 da EN220;
- GPS para o começo do troço: 41° 8'9.39" N, 7° 7'12.91" W;
- GPS para o fim do troço: 41°11'8.10" N, 6°51'33.77" W;
- Descrição da Ecopista do Sabor: A Ecopista desenvolve-se no sopé, no sentido norte/nascente, da Serra do Reboredo, entre a margem direita do Rio Douro e a margem esquerda do Rio Sabor.
- Extensão: 35 Km;
- Dificuldade: Média. Em virtude deste troço ter cerca de 35 quilómetros, sempre em terra batida, o esforço é maior em comparação com as ecopistas com piso em betuminoso. Com exceção de alguns quilómetros com pinheiros a ecopista não tem muitas sombras, por isso no verão o grau de dificuldade aumenta;
- Declive: "Do Pocinho até à Albufeira Vale de Ferreiros, aproximadamente, o Percurso sobe progressivamente desde os 133 metros até aos 694 metros. Depois, até ao fim, em Carviçais, desce ligeiramente. De resto, e porque se trata de uma antiga linha ferroviária, não existem declives acentuados."16
- Segurança: Onde o terreno o exige a ecopista está balizada com elementos de madeira, para segurança dos utilizadores. Tenha em atenção que há arribas com grandes declives e tem que conduzir de forma segura e com velocidade reduzida, especialmente nas descidas, principalmente entre os quilómetros 1 e 7 km;
- Âmbito: A Ecopista do Sabor está vocacionada para ser uma rota turística e potenciar a prática desportiva, cultural, lazer e contemplação ambiental;
- Envolvência: A Ecopista percorre o Vale do Sabor e o sopé da Serra do Reboredo, atravessando terrenos agrícolas e zonas florestais do Alto Douro Vinhateiro e da Rede Natura;
- Utilização: A utilização da Ecopista como rota turística, ecológica e desportiva, está vocacionada para passeios pedonais, cicloturisticos, equestres e similares, não se admitindo o trânsito de veículos motorizados;
- Época Aconselhada: Todo o ano;
- Tipo de piso: O Percurso assenta terra batida, tecnicamente denominado em saibro compactado;
- Sinalização: A totalidade da via está coberta por sinalização vertical específica, bem como por painéis informativos sobre a identificação e localização dos vários espaços da Ecopista.
- Infraestruturas de apoio: Ponto de água e café na antiga estação de Larinho (por vezes fechado), bancos e zonas com aparelhos de ginástica;
- Iluminação pública: Iluminação pública nos troços urbanos de Moncorvo, Larinho, Carvalhal e Carviçais;
- Localidades em destaque: Torre de Moncorvo, Aldeias do Pocinho, Larinho, Carvalhal, Felgar, Souto da Velha, Mós ou Carviçais;
- Antigo património ferroviário recuperado: Estações de Torre de Moncorvo, de Larinho e alguns apeadeiros;
- Paisagens em destaque: Rio Douro, Rio Sabor, Vale do Sabor, Serra do Reboredo, no Douro Superior, Alto Douro Vinhateiro e montanhas transmontanas cobertas com a sua fauna tradicional de oliveiras, amendoeiras e vinhas em socalcos;
- Pontos de interesse em destaque: "Desfrute da excepcional paisagem do Vale do Sabor e da Serra do Reboredo fazendo uma pausa nos vários Miradouros disponibilizados ao longo de todo o percurso e aprecie as aldeias de Larinho, Carvalhal et Carviçais, atravessadas pela Ecopista.
Descubra o Convento Carmelo da Sagrada Família, de Torre de Moncorvo, as Minas do Carvalhal ou a Albufeira de Vale Ferreiros e Castelo de Mós"16; - Furos na bicicleta: Esta é a segunda vez que fazemos a Ecopista do Sabor e existe junto ao percurso vegetação que lança para o piso picos que furam os pneus das bicicletas, como foi o nosso caso da primeira vez. Por esta razão a nossa câmara de ar tem líquido para minorar este problema. No final do percurso já no comboio de regresso constatamos que ambos os pneus estavam cheios de picos, retiramos alguns, começando os pneus logo a vazar ar, antes que o líquido de proteção solidificasse. O piso das rodas, principalmente da dianteira, estava cheio de locais onde o líquido tinha vertido para impedir furos. Segundo um morador de Torre de Moncorvo este é um dos maiores problemas da ecopista e que afeta muitos ciclistas.
Inauguração da Ecopista do Sabor
O primeiro troço da Ecopista do Sabor, de Torre de Moncorvo até à Aldeia do Larinho, já era percorrido por utilizadores desde o começo de 2006. No entanto, a sua inauguração oficial só ocorreu no em 25 de setembro 2006, com o seu prolongamento até ao lugar de Carvalhal, conforme uma placa colocada no local.8
O troço até aos Carviçais, só ficou disponível alguns anos depois. O troço mais recente, com cerca de 11 km, entre o Pocinho e Torre de Moncorvo, foi inaugurado no dia 1 de Maio de 2019.5
No entanto, a ponte Rodoviária e Ferroviária do Pocinho ainda não foi incluída oficialmente na ecopista, embora seja utilizada pelas pessoas, por sua conta e risco. Segundo apuramos num jornal online, de 06/01/2009, as Câmaras Municipais de Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz Côa, compreendendo o seu valor pediram a sua classificação oficial como patrimônio nacional, para ser reabilitada e incluída na ecopista e visitada pelos turistas, "A ponte ainda se encontra em boas condições de conservação, mas para poder ser utilizada como travessia, quer rodoviária, quer ferroviária, necessita de obras de reabilitação."10
Este pedido feito em 2009, ainda não teve qualquer decisão, porque ao consultarmos o site governamental oficial dos monumentos é assinalado que a mesma não tem qualquer proteção.11
Ecopista do Sabor com dois troços cicláveis
Dividida em dois troços nos concelhos mais extremos da antiga Linha do Sabor, esta Ecopista é um espaço de verdadeira beleza de onde se pode vislumbrar uma paisagem maravilhosa sobre o Rio Douro, o Vale do Sabor e a Serra do Reboredo. Magnífica é também a paisagem sobre a Albufeira de Vale de Ferreiros já à chegada a Carviçais.
Os 34 km no concelho de Torre de Moncorvo, entre Pocinho e Carviçais, apresentam pavimento adequado às atividades a que se destina e estão apetrechados com iluminação pública nos troços urbanos de Moncorvo, Larinho, Carvalhal e Carviçais.
Já no concelho de Miranda do Douro, pode usufruir dos 14 km que ligam as estações de Sendim e de Duas Igrejas, num pavimento em macadame que atravessa a área protegida do Parque Natural do Douro Internacional.
Com uma envolvente cénica e uma variedade biológica ímpar, podem observar-se enormes extensões de cultivo de cereais, olival tradicional e montados de sobro, numa região onde ainda resiste o único dialeto falado e escrito em Portugal, o Mirandês."3
Falta de ligação entre os dois trajetos da Ecopista do Sabor
Atualmente a Ecopista do Sabor tem dois troços cicláveis:
- Troço 1: Pocinho a Carviçais, 34 km;
- Troço 2: Sendim a Duas Igrejas, 14 km;
Tenha em atenção que não existe ligação entre estes dois troços, que ficam distanciados cerca de 54 km. Depois de Carviçais a partir do km 35, não é possível continuar a pedalar porque o traçado da antiga linha férrea não foi recuperado e está cheio de cascalho e vegetação. Se tiver tempo pode continuar a pedalar pelas estradas N220 e N221, que circulam até chegar a Sendim, começo do troço 2, até Duas Igrejas - Miranda do Douro.
Ecopista do Sabor para os amantes das caminhadas
A equipa do Ondas da Serra já percorreu três vezes a Ecopista do Sabor. As duas primeiras de bicicleta, no entanto quando a conhecemos ainda não tinha sido inaugurado o troço Torre de Moncorvo - Pocinho. A última foi a caminhar, mas de forma linear, só os primeiros 7 km, com partida e regresso do Pocinho.
Nós gostamos de igual forma de fazer percursos de bicicleta ou a caminhar. Cada um tem as suas particularidades e formas diferentes de ver o mundo. Nesta que fizemos podemos apreciar as oliveiras cheias de azeitonas à espera de serem colhidas, algumas das maiores que já vimos. Com os nosso binóculos podemos ver na encosta do outro lado do Rio Douro, pessoas atarefadas na sua apanha.
Vimos também grandes bolotas amarelas nos carvalhos e vermelhos medronhos à espera de serem debicados pela passarada. Os nossos interesses são variados e como poderão ler neste artigo, Torre de Moncorvo possui grandes jazidas de ferro e antigas minas abandonadas onde este metal já foi explorado.
Estas montanhas com duro minério foram abertas agressivamente com sangue, suor e lágrimas. Nas bermas e encostas descendentes podem encontrar pedaços de rochas do antigo desbaste, para abrir o percurso do caminho ferro, à força de piqueireta e dinamite. Alguns destes calhaus diferenciam-se das restantes por terem uma cor castanho escuro. Peguem num deles e sintam o seu grande peso é minério de ferro.
Regressamos ao Pocinho, quando vimos o Rio Sabor a desaguar no Rio Douro, neste ponto paramos um pouco, para brindarmos com vinho do Porto e agradecer este grandioso dia e as belas paisagens que não nos cansamos de apreciar.
No Pocinho fomos almoçar ao restaurante Miradouro, da conhecida Srª Albertina. As sopas, costeletas, sobremesas e vinho da terra, foram um regalo e onde pagamos um justo preço.
Antes do regresso no último comboio interregional das 17h14, ainda fomos a tempo de visitar as Caves da Quinta do Pocinho. Como era setembro, na rua aguardavam muitas carrinhas carregadas de uvas acabadas de vindimar. Esta empresa tem alguns vinhos premiados e venda ao público. Depois de comprarmos algumas garrafas, fomos visitar as suas instalações que fervilham de atividade.
Uma senhora com uma antiga balança pesava as carrinhas para saber a quantidade de uvas que eram descarregadas. Homens faziam subir os pequenos contentores com as uvas, da caixa de carga das carrinhas, para as depositar num mecanismo que as levava para serem esmagadas mecanicamente. O sumo vertia como por magia e era conduzido para o interior dumas cubas metálicas, para fermentar. Quando chegam determinados viticultores, conhecidos pela qualidade das suas uvas, enólogos acompanham a descarga para fazerem os vinhos especiais.
Duas opções para fazerem o percurso da Ecopista do Dão a caminhar
A distância a percorrer na Ecopista do Sabor, entre o Pocinho e Carviçais são 35 km, 70 km nos dois sentidos. Este objetivo pode ser cumprido se pretender fazer o percurso de bicicleta. No entanto para aquelas pessoas que gostam de percursos pedestres a caminhar e chegarem ao Pocinho de comboio, vamos dar-lhes duas opções:
Opção 1: Podem fazer só os primeiros 7 km da Ecopista do Sabor, atravessando o Rio Douro, a caminhar pela Ponte Rodoviária e Ferroviária do Pocinho. A ecopista começa do outro lado do Rio Douro a seguir à ponte atrás referida e que antes dava acesso aos comboios da Linha do Sabor, antes de ser encerrada. Caso não deseje andar a passar por buracos na rede já abertos, já que oficialmente a mesma está encerrada à passagem de pessoas, passe para o outro lado pela estrada da Barragem do Pocinho. Depois é só caminhar em direção à subestação da EDP, do lado esquerdo.
Este é um dos troços mais bonitos desta ecopista, onde vão encontrar o rio e os vales do Rio Douro e Sabor do seu lado esquerdo. A dada altura irão ver o Rio Sabor a desaguar no Douro. A partir daqui os rios deixam de ser vistos e podem regressar ao Pocinho, caminhando cerca de 14 km. Se desejarem podem reservar o seu almoço num dos dois estabelecimentos mencionados no final deste artigo.
Opção 2: Esta opção é idêntica à anterior, com exceção que agora vão caminhar até Torre de Moncorvo, que fica localizada junto da Ecopista a 11,5 km. Nesta cidade não faltam bons locais para almoçar. Se regressarem ao Pocinho irão fazer cerca de 23 km. Aqui devem ter atenção que o último comboio interregional de regresso ao Porto é às 17h14, por isso terão que ser bastantes eficientes na gestão do tempo. Ainda há um último comboio às 19h26, mas que demora muito mais em virtude de parar em todas as estações e apeadeiros e poder ter transbordos na Régua e Marco de Canaveses.
Como chegar à Ecopista do Sabor
Você pode querer viajar para o começo da Ecopista do Sabor de automóvel, mas se puder viaje de comboio pela Linha do Douro, entre as estações do Porto Campanhã e o Pocinho, apreciando as belezas do Vale do Rio Douro e Alto Douro Vinhateiro. A CP tem alguns comboios interregionais que só param nas estações, o primeiro parte às 07h25 e chega ao Pocinho às 10h45. O comboio de regresso é às 17h14. A ecopista tem 35 km para cada lado, dando tempo suficiente para a percorrer e vir a tempo do comboio de regresso. Nós demoramos mais tempo porque estávamos a trabalhar e só conseguimos regressar no último comboio das 19h26. No entanto este comboio não é aconselhável porque para em todas as estações e apeadeiros e pode haver transbordos na Régua e Marco de Canaveses.
Mapa da Ecopista do Sabor2
Percurso da Ecopista do Sabor4
- km 00,864: POCINHO - Estação CP: Linhas do Douro/do Sabor. km 00,000: Início: Ponte Rodoviária e Ferroviária do Pocinho;
- km 00,365: Subestação da EDP, do Pocinho;
- km 00,688: Passagem sob o IP2;
- km 04,976: Apeadeiro da Gricha (paragem técnica);
- km 10,710: Perigo! Cruzamento com a EN220 - Torre de Moncorvo;
- km 10,850: Ponte de Aveteiras;
- km 11,478: TORRE DE MONCORVO - Estação CP;
- km 13,348: Zona de Descanso;
- km 13,651: Passagem sob o Viaduto da Quinta da Água;
- km 13,771: Zona de Descanso e Contemplação da Quinta da Água;
- km 14,750: Carmelo da Sagrada Família, de Torre de Moncorvo;
- km 14,976: Zona de Descanso;
- km 15,632: LARINHO - Estação CP, Cafetaria (por vezes fechada) e ponto com água potável da rede pública;
- km 19,600: Miradouro do Carvalhal;
- km 20,900: Perigo! Cruzamento com a Rua da Igreja - Carvalhal;
- km 21,860: Acesso às Minas de Ferro da Carvalhosa;
- km 21,810: CARVALHAL - Estação CP;
- km 23,400: Acesso às Minas de Ferro do Cabeço da Mua, Aldeia de Felgar e Aldeia de Souto da Velha;
- km 28,730: Albufeira Vale de Ferreiros e Aldeia Medieval de Mós;
- km 32,609: CARVIÇAIS - Estação CP;
- km 35,378: Fim - depois de Carviçais, ao km 29,5 da EN220;
Pontos de interesse da Ecopista do Sabor7
- P0 - Antiga Ponte Rodoviária e Ferroviária do Pocinho (oficialmente ainda não incluída);
- P1 - Estação C. F. do Pocinho
- P2 - Apeadeiro da Grincha
- P3 - Aveleiras
- P4 - Estação C. F. de Torre de Moncorvo
- P5 - Quinta da Ferreira
- P6 - Ponte da Quinta d’Água
- P7 - Recta do Convento
- P8 - Estação C. F. Larinho
- P9 - Quinta Branca
- P10 - Apeadeiro do Zimbro
- P11 - Apeadeiro de Lamelas
- P12 - Miradouro do Carvalhal
- P13 - Apeadeiro da Quinta Nova (Carvalhal)
- P14 - Estação C. F. de Carvalhal
- P15 - Estação C. F. de Felgar
- P16 - Vale de Ferreiros
- P17 - Carviçais
- P18 - Estação C. F. de de Carviçais
- P19 - Carviçais – M. Geod. Resanho
Antigas estações em destaque da Ecopista do Sabor
Estação de Moncorvo
Estação de Larinho
Estação do Carvalhal
Estação de Carviçais
Avaliação da Ecopista do Sabor
- Percurso: O percurso da Ecopista do Dão é muito bonito, embora os primeiros 12 km sejam mais interessantes por vermos os vales e arribas do Rio Douro e Sabor e cidade de Torre de Moncorvo. Depois o percurso é um pouco monótono, com exceção para a Estação de Larinho, recuperada onde existe um café, que encontramos fechado, Albufeira de Vale de Ferreiros e Carviçais;
- Informação do início da Ecopista: A ecopista está mal assinalada no Pocinho e tivemos que perguntar a um morador onde começava;
- Piso: O piso é saibro prensado, vulgarmente designado terra batida, que preferimos, mas que exige muito mais esforço;
- Informação: Este é um dos pontos negativos desta ecopista, já que existem uns grandes painéis com o mapa e pontos de interesse, mas onde é muito difícil ler, pela falta de manutenção e contraste da informação. Por outro lado, junto aos pontos de interesse não existe informação, por exemplo nós passamos na reta do convento e só quando regressavam é que vimos o mesmo no topo do monte, parcialmente escondido pela vegetação;
- Manutenção: Existe manutenção e controle da vegetação que ladeia a mesma, como podemos constatar quando encontramos um amigo do Ondas da Serra, Fernando Pereira, da aldeia de Maçores, com o colega, Acácio Massa, Felgueiras, a fazer este tipo de limpeza ao serviço do município de Torre de Moncorvo;
- Recuperação de estruturas: A recuperação de estruturas físicas existentes não é feita, porque encontramos os miradouros em madeira todos danificados e estruturas em madeira de proteção partidas ou podres;
- Infraestruturas de apoio: Só encontramos um ponto de água, na estação de Larinho. Não existe nenhum ponto com bombas de ar para os pneus ou ferramentas;
- Acessos: Comboio e automóvel. Nós gostamos do acesso ao Pocinho pela linha do Douro, aproveitando o passeio, com a ressalva que começamos muito tarde a pedalar, 10h45, mas não se pode ter tudo;
- Furos nos pneus: Aqui ninguém tem culpa, mas há vegetação que ladeia a ecopista que larga muitos picos para o piso e fura os pneus, por isso coloque líquido antifuro nos mesmos. Nem imaginam como ficaram os nossos pneus no final, foi uma sorte chegar ao fim. Tínhamos ido uns dias antes à garagem para colocar esse tipo de líquido, que seca com o tempo. Antes de fazermos uma destas aventuras fazemos sempre este tipo de manutenção. É por isso que já fizemos cinco vezes os Caminhos de Santiago sem furos.
Património natural e arquitetónico em destaque na Ecopista do Sabor
Património natural da Ecopista do Sabor
- Região Demarcada do Douro
- "A Região Demarcada do Douro (RDD) estende-se ao longo do Rio Douro e seus afluentes numa extensão de cerca de 250 000 hectares entre Barqueiros e Barca d’Alva. Esta região tem origem na delimitação territorial de 1756, data da primeira demarcação das ‘Vinhas do Alto Douro’, que definiu mundialmente o primeiro modelo institucional de organização de uma região vinícola. Originalmente estabelecida para regular a produção do vinho fortificado a que chamamos de ‘vinho do Porto’, hoje a RDD circunscreve a Denominação de Origem Controlada dos vinhos do Porto e Douro."12
- Alto Douro Vinhateiro: Património da Humanidade, pela UNESCO
- "A produção de vinho neste território é uma lição sobre a capacidade e determinação do homem na optimização dos recursos naturais. As vinhas foram construídas num território marcado por declives acentuados e pela quase inexistência de terra e água. Os vinhedos que cobrem os grandes declives levantam-se do rio Douro e configuram um imenso escadório de socalcos e patamares que são, nas palavras de Orlando Ribeiro, a mais admirável obra humana que se pode ver em Portugal. A monumentalidade da paisagem do Alto Douro Vinhateiro (ADV) tem reconhecido valor universal. Em 2001 foi inscrita na lista do Património Mundial da Humanidade da UNESCO. Esta área corresponde a uma língua de cerca de 24 600 hectares que se estendem ao longo do rio."12
- Rio Douro
- "O Douro é o 2º maior rio da península Ibérica. Nasce no Norte de Espanha a 2080 metros de altitude na província de Sória, nos picos da Serra de Urbião (Sierra de Urbión) e percorre 850 quilómetros até à sua Foz em Portugal junto às cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia.
Em Espanha passa junto às cidades Sória, Aranda de Duero, Valladolid, Tordesilhas e Zamora.
No Douro Internacional, onde o rio delimita a fronteira entre Portugal e Espanha, percorre 112 quilómetros, passando junto à cidade de Miranda do Douro.
Entra em Portugal em Barca D’Alva, e percorre 213 quilómetros até à sua Foz. Passa junto às localidades de Vila Nova de Foz Côa, Peso da Régua, desaguando junto ao Porto e Vila Nova de Gaia."13
- "O Douro é o 2º maior rio da península Ibérica. Nasce no Norte de Espanha a 2080 metros de altitude na província de Sória, nos picos da Serra de Urbião (Sierra de Urbión) e percorre 850 quilómetros até à sua Foz em Portugal junto às cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia.
- Rio Sabor
- "Torre de Moncorvo acolhe o rio Sabor no seu troço terminal, constituindo o seu vale fonte de riqueza para as populações de Souto da Velha, Felgar, Larinho, Torre de Moncorvo, Cabeça Boa, Horta da Vilariça, Cardanha e Adeganha durante longas gerações. A riqueza e a diversidade biológica são excecional.
A flora é marcada pela presença de culturas humanizadas como a oliveira e amendoeira, inúmeras espécies arbustivas de que se destaca a azinheira (quercus rotundifolia), a esteva, a giesta, a urze, o zimbro, a cornalheira, mas também diversas espécies arbóreas características desta região como o carvalho cerquinho, o amieiro, o choupo, o salgueiro, o freixo e o lodão.
Quanto à fauna devemos referir as diferentes espécies de aves, sendo as mais importantes as rupícolas – Grifo, Abutre do Egipto, Águia-real, Águia de Bonelli, Falcão Peregrino, Corvo, Gralha-de-bico-vermelho e Bufo real – sendo igualmente muito relevantes a Pega-azul, o Chasco-preto, o Melro das rochas, a Cegonha preta, a Garça-real, entre várias espécies de patos e mergulhões. Entre os mamíferos temos o Lobo, a Raposa, o Texugo, a Fuinha, o Corço, o Javali, a Lontra, o Coelho, a Lebre, e várias espécies de morcegos. Deve-se, ainda, referir os peixes - barbo, boga, escalo, enguia, carpa, achigã, lúcio, a perca, os pimpões, entre outros que infelizmente já desapareceram devido às grandes barragens do Douro (como a lampreia e o solho-rei ou esturjão) – além de répteis – cobras de água, cobra rateira, cobra de ferradura, víbora, cágados – e anfíbios – sapos, rãs ou salamandras.
Com a construção do empreendimento hidroelétrico do Baixo Sabor, o habitat poderá sofrer algumas transformações, porém, irão surgir condições para se manterem a maioria das espécies existentes, e a riqueza paisagística será igualmente de enorme beleza, pelos grandes lagos entretanto formados."14
- "Torre de Moncorvo acolhe o rio Sabor no seu troço terminal, constituindo o seu vale fonte de riqueza para as populações de Souto da Velha, Felgar, Larinho, Torre de Moncorvo, Cabeça Boa, Horta da Vilariça, Cardanha e Adeganha durante longas gerações. A riqueza e a diversidade biológica são excecional.
- Serra do Reboredo
- "Serra do distrito de Bragança, na margem direita do rio Douro, situada entre este e o rio Sabor. A sua altitude máxima é de 920 metros, com a orientação aproximada de oés-noroeste/és-sueste. É também conhecida por "serra do Ferro" devido à existência deste mineral neste local."15
- GR35 - Grande Rota do Douro Internacional e Douro Vinhateiro
- "A GR 36 é uma grande rota de traçado linear, com uma extensão total de 176,40 km que atravessa os concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta e Torre de Moncorvo. Este grande percurso pedestre permite a ligação das arribas do Douro Internacional aos vinhedos do Douro Vinhateiro, com uma envolvência de paisagens, consideradas das mais impressionantes do território português. No concelho de Torre de Moncorvo a GR 36, tem uma extensão de 22,6 Km, passando pela aldeia de Maçores e a vila de Torre de Moncorvo."6
Torre de Moncorvo - Fragas da Cotovia: "Onde o ferro é a alma da Terra"
"Jazida de Ferro de Moncorvo
A maior riqueza natural de Torre de Moncorvo é o Ferro, cuja imponente bancada ferrifera é uma das maiores jazidas de ferro da Europa e um dos ativos locais para o desenvolvimento económico futuro. Estima-se que existam mais de 670 milhões de toneladas em reservas certas e prováveis com um teor médio de 36.4% de ferro.
O minério aflora ao longo de toda a Serra do Reboredo, desde a zona de Apriscos (a sul da capela de S. Lourenço) a oeste, até para além do vértice geodésico da Carvalhosa, a leste, e, ainda, no alto do Cabeço da Mua. A sua exploração remonta à Idade do Ferro, com os castros (povoados fortificados) da Cigadonha e da Junqueira, onde foram encontrados vastos escoriais resultantes da fundição deste metal.
Durante o reinado de D. Afonso III. a jazida teve grande atividade, com a introdução de uma inovação tecnológica, a forja biscainha, atingindo o seu período áureo no reinado de D. João III. A partir da segunda metade do séc. XVII, as novas tecnologias no fabrico do ferro na Europa ditaram um longo ciclo de declínio.
No entanto, a revolução industrial, com a implementação da rede de caminhos de ferro, modernização da construção naval e mecanização das manufaturas do Reino, motivaram diversos estudos, sondagens e intenções de investimento nacional e internacional. Em 1872. foi registado o primeiro "Couto Mineiro de Moncorvo", tendo-se seguido mais 32 coutos até 1875. altura em que é feita a Repartição de Minas do Ministério das Obras Públicas do Reino ordenando um minucioso levantamento e estudo aos Engenheiros de Minas Pedro Sequeira e Lourenço Malheiro que produziram um importante relatório técnico de que ao lado se reproduz a planta com as demarcações dos coutos mineiros.
Destas 33 concessões, 23 foram transmitidas ao grupo francês Schneider et Cie, de Creusot, em 1900. Após a 2a Guerra Mundial intensificou-se a exploração do ferro de Moncorvo em resposta a um enorme aumento da procura motivado pelo Plano Marshall de reconstrução europeia, pela Guerra da Coreia e pela forte industrialização das décadas de 50 e 60. Seguiram-se outras grandes companhias mineiras, com relevo para a Ferrominas, Lda, que encerrou em 1986 fundindo-se com EDMA - Empresa de Desenvolvimento Mineiro de Moncorvo. Em 1992, por Despacho Ministerial, são consideradas abandonadas as minas de Moncorvo.
Na atualidade, realizaram-se tentativas de navegabilidade do Douro com barcaças de transporte e a atualização tecnológica permite uma maior rentabilidade, estudando-se novas formas de transporte do minério na sua ligação entre a Serra do Reboredo e o litoral como forma de viabilizar a exploração mineira e colocar esta riqueza ao serviço do país e dos Moncorvenses.
Minas de Ferro de Moncorvo
Esta planta conta com uma base cartográfica datada de 1875: elaborada pelos engenheiros Pedro Victor da Costa Sequeira e Lourenço Augusto Malheiro. A Planta que foi editada na Revista de Obras Públicas e Minas permite-nos observar a organização da concessão das 33 minas registadas e concedidas oficialmente, em manifestos datados entre 1872 e 1875. Este local, onde se encontra a presente mesa interpretativa, está integrado na concessão 15, designada por Fragas da Cotovia."18
Património arquitetónico da Ecopista do Sabor
- Ponte ferroviária e rodoviária do Pocinho
- Esta ponte aguarda há vários anos por ser classificada como património nacional. "Arquitectura de comunicações e transportes, do século 20. Ponte metálica de vigas do tipo treliça, de viga composta (dupla warren), mista. Apresenta vigas contínuas de rótula múltipla, em pórtico, de vão rectangular, ligados por vigas do tipo treliça, com dois tabuleiros planos sobrepostos, o inferior para circulação rodoviária, servindo a estrada real nº 9 que ligava Celorico a Miranda, com passeios laterais exteriores, e o superior para circulação ferroviária, integrado na linha do Sabor. Formada por cinco tramos, assenta em quatro pilares, três de planta subcircular e um tronco-piramidal, e dois pegões-encontro quadrangulares, tendo nos ângulos ou nas faces laterais silharia fendida rusticada, terminados em cornija."11
- Eclusa/Barragem do Pocinho
- "A barragem do Pocinho fica situada no Concelho de Vila Nova de Foz Côa, junto à aldeia do Pocinho, entre a foz do rio Sabor e rio Côa. Foi inaugurada em 1982. É uma barragem com um desnível de 22m, situada ao km 180 da via navegável do Douro, a cerca de 27 kms de Barca d’Alva / Vega Terrón onde se situa o limite da via navegável. A albufeira do Pocinho está classificada de utilização livre, permitindo a prática de atividades desportivas e de lazer sem restrições (barco, barco a motor, remo e natação) e a prática condicionada de pesca e surf. Fica aqui localizado o centro de alto rendimento de remo do Pocinho. Os Cruzeiros que sobem da Régua ao Pocinho ou Barca d’Alva passam por esta barragem, sendo esta a última das barragens com eclusa no Douro. A montante de Barca d’Alva existem as barragens do Douro Internacional (onde o rio define a fronteira entre Portugal e Espanha) mas que não têm eclusas, pelo que a navegação está limitada a embarcações locais a cada uma das respectivas albufeiras."
- Minas de Ferro da Carvalhosa
- As Minas da Carvalhosa são da época dos romanos e origem da indústria do ferro, tendo sido recolhidos materiais da época romana recolhidos na década de 50. Torre de Moncorvo possui um Museu do Ferro onde foram recolhidos materiais e apresentada a sua história;
- Coordenadas GPS Carvalhosa: 41.18141, -6.95896
- Minas de Ferro do Cabeço da Mua
- "Uma das imagens de excelência do concelho de Torre de Moncorvo é ser detentora da maior jazida de ferro do país e uma das maiores da Europa. A serra do Roboredo e terrenos adjacentes possuem uma reserva estimada de 600 milhões de toneladas deste minério, que tem vindo a ser explorado desde o período romano. Encontram-se em curso, planos para a reativação desta exploração mineira. Não deixe de visitar as galerias do Cabeço da Mua e as plataformas de desmonte na Carvalhosa."2
- Coordenadas GPS Cabeço da Mua: 41.19517, -6.95887
- Albufeira Vale de Ferreiros
- A Barragem de Vale Ferreiros fica localizada junto da Ecopista do Sabor, próxima de Carviçais, no concelho de Torre de Moncorvo, distrito de Bragança. Esta albufeira é utilizada como reservatório para o abastecimento de água a Torre de Moncorvo.
- "A Barragem de Vale Ferreiros situa-se no distrito de Bragança, no concelho de Torre de Moncorvo junto da povoação de Carviçais. Trata-se de uma barragem de terra que abrange uma bacia hidrográfica com 3,92 km2 de área, tem uma altura máxima de 20 m acima da fundação e é constituída por um aterro, com perfil zonado, com 320 m de comprimento no coroamento."19
- Aldeia Medieval de Mós
- "A freguesia de Mós está a cerca de 600 metros de altura, tem 246 habitantes numa área de 58,69 km² , situada entre a ribeira de Mós e de Santa Marinha. Encontra-se rodeada de várias elevações como o Monte da Forca Velha, o da Lagareira, dos Lagarinhos e da Forca Nova. Antiga Vila Medieval recebeu foral de D. Afonso Henriques em 1162. Teve um castelo, de que restam muralhas da pequena cerca que possuía. De planta ovalada e porta aberta a sul foi importante sentinela das terras raianas. Em 1836, o concelho de Mós foi extinto e anexado ao de Torre de Moncorvo. Além da aldeia, a freguesia possuiu diversos núcleos populacionais de que somente resta habitada a Quinta das Centeeiras."2
- Convento do Carmelo da Sagrada Família
- "O Convento do Carmelo da Sagrada Família Foi iniciado em 1948 e ficou concluído em 1990. O convento situa-se junto à estrada e é também conhecido por Carmelo da Sagrada Família, isto porque pertence à Ordem do Carmo. A capela possui um único altar de traçado simples e harmonioso. É possível assistir-se às missas ao domingo."
- Localização: EN 220, Torre de Moncorvo"
- Igreja de Santa Bárbara - Carvalhal
- "Trata-se de um edifício espaçoso, de linhas modernas e bem enquadrado, desenhado pela arquiteta Ana Rodrigues. Iniciado nos anos 1990, foi concluído nos inícios deste século, sendo inaugurado e sagrado pelo bispo de Bragança e Miranda, D. António Montes, em 30.03.2003. Aí foram colocadas as imagens de Santa Bárbara e de Nossa Senhora, provenientes do oratório do bairro mineiro."2
Galeria de fotos da Ecopista do Sabor
- Ecopista do Sabor Ecopista do Sabor
- Ecopista do Sabor Ecopista do Sabor
- Ecopista do Sabor Ecopista do Sabor
- Ecopista do Sabor Ecopista do Sabor
- Ecopista do Sabor Ecopista do Sabor
- Ecopista do Sabor Ecopista do Sabor
https://ondasdaserra.pt/index.php/portugal/item/1689-ecopista-do-sabor#sigProId73bf59cfe9
Informações úteis da Ecopista do Sabor
Download do panfleto com o mapa do percurso da Ecopista do Sabor16
Clique aqui para fazer o download do panfleto com o mapa do percurso da Ecopista do Sabor.
Onde comer no Pocinho
Tasquinha do Miradouro
Endereço: N102 9, 5150-502 Vila Nova de Foz Côa
Telefone: 279 762 702
O Gaveto
Endereço: R. da Estação, 5150-502 Vila Nova de Foz Côa
Telefone: 279 762 728
Taberna da Julinha
Endereço: Largo da Ponte, 5150-502 Vila Nova de Foz Côa
Telefone: 965 398 826
Contactos úteis de Torre de Moncorvo
Município de Torre de Moncorvo
Telefone: 279 200 220
GNR - Posto territorial de Torre de Moncorvo:
Telefone: 279254303
Centro de Saúde de Torre de Moncorvo:
Telefone: 279 200 770
Regresso a Ovar
A nossa aventura de bicicleta pela Ecopista do Sabor tinha acabado e começava a de regresso à nossa terra de Ovar. Infelizmente só conseguimos ir a tempo do último comboio na estação do Pocinho, às 19h30, por motivos de trabalho e devaneios fotográficos nossos.
O mesmo para em todas as estações e apeadeiros e tivemos que mudar para outra composição em Marco de Canaveses. Chegamos a Porto Campanhã perto das 23h25 e esperávamos conforme o horário, o nosso comboio com destino Aveiro às 23h50. Infelizmente fomos avisados por um vigilante, já que não havia mais ninguém para dar informações, que por motivo de obras na linha o mesmo tinha sido suprimido e havia autocarros à mesma hora.
No entanto, quando o autocarro parou em frente à estação o motorista disse que legalmente não podia levar a bicicleta no autocarro. Tivemos que esperar pelo regional para Lisboa até às 01h30, só chegamos a casa perto das 03h00.
Enquanto esperávamos na sala de espera, assim como mais de duas dezenas de passageiros, nacionais e estrangeiros, onde só as máquinas automáticas nos ouviam, tivemos que ir à casa de banho. Para espanto nosso a mesma tinha o seguinte aviso:
“As instalações sanitárias têm provisoriamente o seguinte horário de funcionamento, 06:00 - 23:00 todos os dias”
Ou seja, os passageiros só podem "mijar" e "cagar" dentro destes horários. Pedimos desculpas pelo vernáculo grosseiro, mas por vezes é a única forma de descrevermos as "merdas" que se fazem em Portugal. Tivemos que inventar uma solução pouco cívica para libertar o corpo das suas pressões.
Apesar de algumas contrariedades gostamos destas aventuras e o que correu menos bem lembrou-nos como é a realidade de Portugal. Brevemente iremos regressar ao Pocinho, só em lazer, fazendo a mesma viagem de comboio. Vamos só caminhar os primeiros 7 km da Ecopista do Sabor e regressar ao Pocinho para almoçar.
Créditos e Fontes pesquisadas
Texto: Ondas da Serra com exceção do que está em itálico e devidamente referenciado.
Fotos: Ondas da Serra.
1 - os-caminhos-de-ferro.blogspot.com/2013/01/linha-do-sabor-um-pouco-de-historia.html
2 - cm-moncorvo.pt
3 - ippatrimonio.pt/pt-pt/ecopistas-ip-patrimonio/ecopista-do-sabor
4 - Câmara Municipal e Turismo de Torre Moncorvo, painéis informativos colocados no percurso e infraestruturas de Portugal
5 - Placa informativa colocada ao 11 km, da responsabilidade da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo e Associação de Municípios do Douro Superior. Inscrição: "O restabelecimento da plataforma ferroviária da linha do sabor entre Torre de Moncorvo e o Pocinho foi Inaugurada pelos Presidentes município de Torre de Moncorvo e Associação de Municípios do Douro Superior, Nuno Gonçalves, em 1 de maio de 2019"
6 - Placa informativa colocada ao 11 km, da responsabilidade da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo e Associação de Municípios do Douro Superior
7 - Placa informativa colocada no percurso com o mapa e pontos de interesse, da responsabilidade da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo
8 - Placa informativa colocada no percurso da responsabilidade da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo. Inscrição: "O município de Torre de Moncorvo, inaugurou em 25 de setembro 2006, o troço entre esta cidade e o Carvalhal"
9 - os-caminhos-de-ferro.blogspot.com/2011/09/locomotivas-diesel-serie-1400-1-parte.html
10 - jornalnordeste.com/noticia/ponte-do-pocinho-em-vias-de-classificacao
11 - monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=24173
12 - museudodouro.pt/regiao-demarcada-do-douro
13 - roteirododouro.com/rio-douro
14 - cm-moncorvo.pt/pages/819?poi_id=108
15 - infopedia.pt/apoio/artigos/$serra-de-reboredo
16 - Panfleto com o mapa do percurso, emitido pela Câmara Municipal de Torre de Moncorvo
17 - roteirododouro.com/poi/barragem-do-pocinho
18 - Mesa interpretativa colocada junto da Ecopista do Sabor, Fragas da Cotovia, da autoria da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo
19 - ambientemagazine.com/aguas-do-norte-concluida-a-reabilitacao-das-barragens-de-vale-ferreiros-e-salgueiral/
20 - susana-morais.wixsite.com/torredemoncorvo/convento-das-carmelitas
Pesquisas bibliográficas
20 - Pereira, G. M. (2009). Os caminhos-de-ferro do Douro: história e património. Texto escrito para a exposição de fotografia «Le train au Portugal» de Dario Silva e Alberto Aroso, patente no Espace Jacques 1er d’Aragon (Montpellier, França).
21 - Macedo, M. S. S. C. M. (2019). Património ferroviário do Douro (Doctoral dissertation, Universidade de Lisboa, Faculdade de Arquitetura).
22 - Martins, H. E. A. (2022). A linha como elemento (re) estruturante da paisagem: Reabilitação do antigo troço ferroviário Urrós-Duas Igrejas, num percurso unificador do território (Doctoral dissertation).