Arouca riqueza natural: O que ver, fazer, comer e dormir Pôr do sol - Espiunca - Arouca Ondas da Serra
terça, 03 janeiro 2017 09:18

Arouca riqueza natural: O que ver, fazer, comer e dormir

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No meio das montanhas do distrito de Aveiro, há uma grande riqueza que o nosso leitor poderá conhecer na uma síntese que fizemos do que pode fazer, ver, comer e dormir em Arouca. Neste artigo o visitante poderá conhecer o passado geológico da terra, fósseis dos maiores trilobites do mundo, onde os romanos exploraram minas de ouro, um Mosteiro onde está sepultada D. Mafalda, Passadiços do Paiva que colecionam prémios internacionais, uma ponte suspensa de arrepiar que já foi a maior do mundo, praias fluviais paradisíacas e percursos pedestres maravilhosos e outras atrações ímpares do património natural e arquitetónico. Neste concelho destacam-se as suas aldeias, perdidas nos montes, incrustadas em granítica rocha, onde o tempo corre devagar. O visitante depois de tanta atividade tem que comer a conhecida posta arouquesa e provar a doçaria conventual com as conhecidas castanhas doces, mas onde há outros manjares dignos de reis, numa terra que nunca se esgota e tem sempre aventuras e surpresas para descobrir.

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Destaques para visitar em Arouca

Sugestões para organização de uma visita a Arouca

Estas sugestões são feitas de forma simplista, porque a região é muito rica em termos do seu patrimônio material, imaterial, arquitetônico e natural, no entanto são uma base central para visitar e conhecer esta região:

Cidade de Arouca: Se pretende conhecer esta região poderá começar pelo centro da cidade de Arouca e visitar o Mosteiro de Arouca, peça central na história deste concelho a Capela da Misericórdia de Arouca, onde se destacam as pinturas no tecto com cenas bíblicas da paixão. Ao almoço prove num dos restaurantes da cidade a posta à Arouquesa, que é uma carne da raça autóctone certificada desta região. Para sobremesa existem pastelarias mesmo em frente ao Mosteiro de Arouca, onde se pode deliciar com as castanhas doces ou outras tentações da doçaria conventual.

Norte de Arouca: Para conhecer esta vasta região pode ir para norte e visitar por esta ordem o Centro de Interpretação Geológica de Canelas, onde existem os maiores fósseis do mundo de trilobites, Ponte 516 Suspensa de Arouca, que já foi a maior do mundo e Passadiços do Paiva, que tem colecionado prémios internacionais. Nesta visita tem que fazer as marcações antecipadamente e com uma adequada organização no verão pode fazer estas três visitas no mesmo dia, começando bem cedo a visita pelo Centro de Interpretação e depois estacionado o automóvel perto da entrada do Areinho. Claro que se estiver calor pode banhar-se numa das três praias fluviais, Praia Fluvial do Areinho, Vau e Espiunca, todas no caminho dos passadiços.

Sul de Arouca: Aqui poderá visitar a Aldeia de Portugal da Paradinha e a Aldeia de Portugal de Meitriz, que também tem uma praia fluvial com o mesmo nome, e pelo meio passar na de Janarte. Uma das aldeias que pode visitar é a de a Aldeia Mágica de Drave, mas que não é acessível de carro, sendo necessário fazer uma caminhada, deixando o mesmo na aldeia de Regoufe, com um passado relacionado com a mineração de volfrâmio na II Guerra Mundial.

Serras de Arouca: Serra da Freita e Serra de Montemuro.

Serra da Freita: No planalto da Serra da Freita pode-se visitar a Capela da Senhora da Laje, a aldeia de Merujal, Miradouro da Cascata da Frecha da Mizarela, Aldeia e Praia Fluvial de Albergaria da Serra, onde existe um bom parque de merendas com assadores para quem necessitar. Nesta serra o gado bovino autóctone da raça arouquesa circula livremente para ruminar a erva rasteira, saindo pela manhã e regressando ao princípio da noite, aos seus currais.

Serra de Montemuro: Na Serra de Montemuro destaca-se o Santuário da Senhora do Monte, com uma vista soberba da paisagem, aldeia da Noninha e Alvarenga, nesta última existem afamados restaurantes onde se pode degustar a posta à arouquesa.

Percursos pedestres: Arouca possui excelentes percursos pedestres, na sua maioria montanhosos e com um elevado grau de dificuldade, mas dotados de grande beleza, nos destacamos os seguintes: 

Geossítios do Arouca Geopark

Aldeia da Castanheira: Dobras da Castanheira, Pedras Parideiras e Panorâmica da Frecha da Mizarela. Ao visitar esta aldeia aproveita para subir ao Radar Meteorológico e ver a sua vista panorâmica. Janarde: Livraria do Paiva e Icnofosseis de Mourinha. Junqueiro: Pedras Boroas do Junqueiro.

  
 

Mosteiro de Arouca

História de Arouca com passado sarraceno romano e germano

A história de Arouca é conhecida desde os tempos longínquos, devido à existência de alguns vestígios pré-históricos. A civilização romana também deixou a sua marca através de uma via romana que começava em Viseu e cruzava o concelho de Arouca rumo ao Porto. Nota-se a presença de populações de origem germânica, que resultam das invasões bárbaras, devido à toponímia como exemplo os nomes Sá, Sarail, Alvarenga, Burgo, Escariz, Friães e Melareses. Neste artigo vamos conhecer a sua história e evolução deste concelho de Aveiro. O Mosteiro de Arouca, está profundamente ligada ao seu passado e granjeou grande reputação com o ingresso nos seus claustros de D. Mafalda, filha do rei D. Sancho I, o Povoador.

 

 

Centro de Interpretação Geológica de Canelas, Fósseis de Trilobites

Centro de Interpretação Geológica de Canelas e Trilobites

O Centro de Interpretação Geológica de Canelas, fica localizado em Arouca, sendo popularmente conhecida como a "Pedreira do Valério", que é explorada comercialmente e de onde são extraídas ardósias, desde meados do século XX. Neste local que outrora foi um leito marinho com pouca profundidade viveram muitos seres vivos, como as trilobites, que morreram e fossilizaram nos sedimentos do leito arenoso. Os trabalhos neste local puseram à vista estes fósseis e a visão do seu explorador Manuel Valério, depressa identificou a sua importância, riqueza e lutou pela sua preservação, que culminou com a construção deste museu. Neste artigo conhecemos este homem que nos contou a história deste projeto e lembramos com saudade em virtude de ter partido prematuramente.

 

 

Passadiços do Paiva - Arouca

Passadiços do Paiva o domínio da brava e feroz natureza

Os 8 km dos Passadiços do Paiva levaram a equipa do Ondas da Serra por paisagens de beleza intocável e deixaram uma certeza: a aventura começa no primeiro degrau e é diferente para todos os exploradores. Localizados na margem esquerda de um dos rios mais cristalinos de Portugal, o rio Paiva, os caminhos de madeira serpenteiam por encostas e por este rio de águas bravas, um dos últimos de Portugal e dos poucos da Europa. Os visitantes neste percurso podem desfrutar de uma paisagem idílica, passando por riquezas a nível natural, da fauna e flora, ambiental, vários geossítios, praias fluviais e pontes de arrepiar. Se antes este já era um local para os intrépidos, agora com a construção daquela que já foi a maior ponte suspensa do mundo, ficou abismal, estamos a falar da Ponte Suspensa 516 Arouca.

 

 

516 Arouca - Ponte Suspensa de Arouca

Ponte Suspensa de Arouca: Enfrentar o caminho do abismo

Arouca entrou a caminhar por este milénio decidida aproximar as pessoas do seu território, distante passado geológico e magníficas criações da sua natureza. O Criador num dia de inspiração e bons humores, com magnificência criou o Vale do Paiva, deu-lhe apaziguamento, mas deixou-lhe o carácter do maior rio de águas bravas de Portugal. Arouca com a criação dos Passadiços do Paiva em 2005 oferece aos seus hóspedes a capacidade de deslumbramento e contemplação destas obras de arte divinas. Para os mais afoitos em 2021, subiu aos céus sem limites criando a 516 Arouca, “Maior Ponte Pedonal Suspensa do Mundo”, que como o próprio nome indica tem uns impressionantes 516 metros de comprimento e 175 metros de altura acima do rio Paiva.

 

 

Aldeia Mágica de Drave - Arouca

As mais bonitas aldeias rurais do concelho de Arouca e distrito de Aveiro

Ao caminharmos pelos percursos pedestres recônditos, à procura das mais bonitas aldeias rurais do concelho de Arouca e distrito de Aveiro, vamos constatando um mundo rural, que tem tanto de belo como de fugaz e desaparece a cada novo dia. O nosso trabalho passa por registar os relatos das poucas pessoas que vamos encontrando e das belezas naturais e arquitetônicas, que de tão longe, estão a salvo da louca empresa humana e da pressão imobiliária. Neste artigo destacamos as aldeias de Drave, Regoufe, Covêlo de Paivó, Rio de Frades, Meitriz, Janarde, Noninha, Espiunca, Vila Cova e Fuste, mas muitas outras nos fascinaram e regressamos sempre para nos deixarmos envolver pela sua magia.

 

 

Aldeia Mágica de Drave - Arouca

PR14 – Aldeia Mágica de Drave em xisto desabitada

O PR14 – Aldeia Mágica, é um percurso pedestre que o leva até Drave, no concelho de Arouca. Esta terra foi plantada no meio das Serras da Freita, São Macário e Arada. Este local é caracterizado pelas suas casas em pedra conhecida por lousinha e telhados em xisto. Chegar a este local não é fácil e necessita de partir de Regoufe. Esta aldeia desabitada e abandonada anda a ser recuperada lentamente por escuteiros. O seu carácter mítico só é entendido quando ela surge ao fundo do trilho e se aproxima com toda a sua grandeza.

 

 

Janarde - Arouca

Janarde bela vista do Rio Paiva e Icnofósseis de Mourinha

Janarde em Arouca foi abençoada com uma luxuriante natureza e vista soberba sobre o vale do Rio Paiva, preservando ainda algum do seu casario em xisto e socalcos agrícolas que outrora davam pão ao povo. É também uma velha terra com milhões de anos gravados na história geológica das suas rochas. O espírito de Deus ao pairar sobre as águas deu à luz a vida, tendo a sua criação moldado seres de todas as formas e feitiços, que foram vivendo e morrendo ao longo de milhões de anos. Muitos foram aqueles que nos deixaram provas da sua existência, através dos restos fossilizados dos seus corpos ou icnofósseis das pistas por onde passaram, existindo aqui um importante geossítio do Arouca Geopark, onde poderá admirar marcas deste passado, num pequeno trilho.

 

 

Serra da Freita - Gado bovino da raça Arouquesa - Arouca

Serra da Freita planalto onde pasta livre o gado arouquês

A Serra da Freita em Arouca faz parte do Maciço da Gralheira, juntamente com a Serra da Arada (1057 m.) e do Arestal (830 m.), ultrapassando alguns dos seus cumes os 1000 metros de altitude. Ao longo da sua vasta extensão, para além de muitos outros atractivos, pode deparar-se com a Frecha da Mizarela, a maior queda d' água de Portugal, a secular capela da Sra. da Lage, o fenómeno único das Pedras Parideiras, a Portela da Anta e algumas das aldeias mais características da região, como a Castanheira, Cabreiros e Cando. Na Serra da Freita encontram-se alguns dos mais icónicos geossítios do Arouca Geopark, a nascente do Rio Caima, praias fluviais e percursos pedestres e por onde deambulam livremente manadas de vacas e bois da raça arouquesa que amedrontam quem não esteja habituado. 

 

 

Frecha da Mizarela - Arouca

Frecha da Mizarela a maior e mais bela cascata Portuguesa

A Frecha da Mizarela foi esculpida na Serra da Freita em Arouca, junto das aldeias da Mizarela e perto de Albergaria da Serra. Neste arrepiante local, que bloqueia os que têm vertigens, do miradouro vislumbra-se o Rio Caima a despejar brutalmente e destemido as águas no abismo, numa queda com mais de 60 metros de altura, naquela que é a maior queda d'água de Portugal. Neste artigo vamos conhecer este magnífico local, os pontos de interesse, as suas aldeias em redor, geossítios, praia fluvial, ver um vídeo da descida ao vale e fotos, que lhe vão despertar a curiosidade e vontade de a conhecer.

 

 

Aldeia da Castanheira - Serra da Freita - Arouca

Viagem à Pré-História trilho oculto na Serra da Freita

Fomos conhecer melhor a Serra da Freita em Arouca, pelos caminhos do trilho PR15 - Viagem à Pré-História. Neste percurso irá conhecer o planalto da Serra da Freita, antigos monumentos funerários, aldeias de montanha, pastagens com gado da raça arouquesa, pastores e nascente do Rio Caima. A Primavera é uma das épocas do ano mais aconselhadas para fazer este percurso, porque a mãe natureza acorda para florir as suas encostas despidas destes montes com urze, carqueja e giestas, pintando-as de tonalidades amarelas e lilás, que enchem o ar com doces odores perfumados.

 

 

Praia Fluvial do Areinho em Arouca

Conheça a bonita e maior praia fluvial do Areinho em Arouca

A bonita e aprazível Praia Fluvial do Areinho é banhada pelo Rio Paiva, ficando localizada na União de Freguesias de Canelas e Espiunca, Arouca, sendo a maior praia fluvial deste concelho, que pertence ao distrito de Aveiro. Junto a esta praia tem início/fim os Passadiços do Paiva e não se vai arrepender se no verão se banhar nas suas temperadas águas. Neste local pode passar momentos magníficos, tomar algo na esplanada do bar local ou ler um livro com uma vista soberba sobre o vale. Os passadiços deram-lhe mais movimento, mas não lhe retiraram o encanto. Se desejar passar o dia nesta praia pode fazer os passadiços começando na Espiunca e terminando nesta praia fluvial. No final do dia não faltam táxis para o levar de volta para o ponto de partida.

 

 

Praia Fluvial de Albergaria da Serra - Serra da Freita - Arouca

Praia Fluvial de Albergaria da Serra para nadar ou petiscar

A Praia Fluvial de Albergaria da Serra, localizada no planalto da Serra da Freita em Arouca, oferece nos dias quentes de verão uma boa alternativa às águas do litoral. Esta praia está integrada numa área de recreio onde pode descansar nos seus extensos relvados, desfrutar das montanhas em redor, aproveitar as mesas para petiscar os seus grelhados nos assadores disponibilizados.

 

 

Pedras parideiras - Aldeia da Castanheira - Serra da Freita - Arouca

Pedras parideiras que dão à luz na aldeia da Castanheira

Quem sobe para a Serra da Freita em Arouca, está longe de imaginar que no seu planalto irá encontrar tantas maravilhas de Portugal, abertas paisagens, gado de raça caprina e bovina apascentar livremente pelas serranias, um rico património natural e geológico e as suas aldeias serranas de Albergaria da Serra, Cabaços, Merujal e Castanheira, onde até as inférteis pedras dão à luz e são chamadas parideiras. Este fenómeno das pedras parideiras, apesar de haver outros casos relatados, com estas características minerais, segundo apuramos, é único no mundo. Reza a lenda que as mulheres colocavam estas pedras à noite debaixo do travesseiro para ajudarem quando queriam ter filhos

 

 

Geossítio Gralheira d'Água - Arouca

Gralheira d'Água velho mar com fósseis e romano minerou ouro

Quem gosta de montanhas, geologia e história caótica da terra regressa com frequência ao Arouca Geopark, para descobrirmos a nossa odisseia a bordo de caravelas do tamanho de continentes. Nestas serras cada pedra sussurra o passado se a soubermos interpretar ou ouvirmos os homens que as estudam. Navegamos numa jornada pela caminhada interpretada do "Vale do Paiva", onde ficamos a conhecer melhor a “Pedreira do Valério”, onde nas lousas ganham vidas gigantescos fósseis de trilobites e escalamos a Gralheira d'Água, onde romanos extraíram ouro de antigas minas mouras. No seu miradouro saboreamos as paisagens longínquas de Alvarenga e Cinfães e conhecemos a lenda do rego do boi.

 

 

Geossítio G32 - Falha da Espiunca - Arouca Geopark

Falha da Espiunca caso geológico com 500 milhões de anos

A Falha da Espiunca, é o geossítio G32 do Arouca Geopark, sendo considerada uma falha normal, com deslocamento dos blocos de 1,70 metros. Esta falha pode ser vista numa parede rochosa situada junto à estrada municipal 505 e Ponte da Espiunca, sobre o rio Paiva, numa das extremidades da entrada dos Passadiços do Paiva. Esta falha geológica ocorre no talude da estrada nas rochas mais antigas desta região, que se formaram há mais de 500 milhões de anos nas profundezas de um antigo mar, onde se foram depositando sedimentos, cujos estratos quartzíticos se encontram aqui bem perceptíveis.

 

 

PR6- Caminho do Carteiro - Túnel de Rio de Frades - Arouca

PR6- Caminho do Carteiro na árdua volta de Rio de Frades

O PR6 Caminho do Carteiro é um árduo trilho, sempre a subir, por escadarias em pedra e encostas ingrimes, que começa em Rio de Frades e percorre a antiga volta que estes homens faziam para entregar a correspondência nesta aldeia e nas de Cabreiros e Tebilhão. Pelo caminho passa por uma antiga mina de exploração de volfrâmio, num túnel aberto pelo interior da montanha e que foi requalificado. As encostas têm uma com vista assombrosa para o fundo do vale, que estarrecem os mais temerosos e antigas explorações deste minério que eram feitas muitas vezes de forma ilegal, esburacando a serra em busca do ouro negro.

 

 

Claustros do Mosteiro de Arouca

Mosteiro de Arouca - Legado de D. Mafalda1

Segundo a documentação existente, o antigo mosteiro de S. Pedro data do séc. X. No ano de 1210 o Mosteiro de Arouca é legado a D. Mafalda, por seu pai, D. Sancho I, Rei de Portugal. No entanto, o início do seu padroado ocorre apenas em 1217 ou mesmo 1220. Embora nos seus primórdios a regra adoptada no Mosteiro tenha sido a da Ordem de S. Bento, no início do séc. XII viria a ser adoptada a da Ordem de Cister, que se manteria até aos finais do séc. XIX.

A arquitetura do atual Mosteiro de Arouca

Nos sécs. XV e XVI foram realizadas diversas obras de reconstrução e ampliação do Mosteiro, datando o imponente edifício, tal como vemos hoje, dos sécs. XVII e XVIII.

Os Claustros do Mosteiro de Arouca

Os espaços mais notáveis de todo o conjunto são a Igreja, o Coro das Freiras, os Claustros, o Refeitório e a Cozinha. Merece referência especial o magnífico Museu de Arte Sacra que nele se alberga - um dos melhores, no seu género, em toda a Península Ibérica -, no qual, para além de múltiplos objectos de culto, paramentos, peças de mobiliário, manuscritos litúrgicos, se podem encontrar peças raríssimas nas artes da escultura, pintura, tapeçaria, ourivesaria, etc. O Mosteiro de Arouca foi classificado como Monumento Nacional pelo decreto de 16-06-1910. Z.E.P., D.G. 2.ª Série, n.º 164 de 15-07-1960. Está sob a responsabilidade do Instituto Português do Património Arquitectónico e Arqueológico.

 

 

 

Monte da Senhora da Mó

Monte da Senhora da Mó - Deslumbrante vista sobre Arouca

"O Monte da Senhora da Mó situa-se, por estrada, a 8 Km. da Vila de Arouca e eleva-se rapidamente à altitude de 711 m. Do seu cume desfruta-se uma deslumbrante vista panorâmica sobre o vale de Arouca. No seu ponto mais elevado existe uma capela dedicada a Nossa Sra. Da Mó, de contornos muito característicos e que se presume ser do séc. XVI."1

"Daqui, Arouca vê-se ao espelho, e até o Porto aparece no horizonte, nos dias mais limpos. Ali, vigilante, o cruzeiro ilumina-se à noite, marcando presença. Ao lado, uma pequena capela com traços árabes, erguida em honra da Senhora que salvou um cristão da escravatura dos Mouros. Preso dentro de uma caixa, com uma mó por cima, aproveitou os nós da corda para rezar fervorosamente, alcançando o milagre da libertação. Por isso, de 7 para 8 de Setembro, os homens de Arouca dão vida a esta Casa da Ceia, ao lado da capela, preparando eles próprios o bacalhau e todas as iguarias da festa em honra da padroeira. Por todo este monte, as famílias põem as suas mesas e lançam-se numa noitada de convívio, tendo sempre, como paisagem de fundo, Arouca. Até ao horizonte."2

Localização: Monte da Senhora da Mó, 4540, Arouca Aveiro;
Coordenadas GPS: Latitude 40,9286111 - Longitude -8,21888888889;

 

 

 

Igreja Paroquial de S. Miguel de Urrô - Arouca

Igreja Paroquial de S. Miguel de Urrô, com retábulos em talha dourada

"A Igreja Paroquial de S. Miguel de Urrô possui uma torre sineira de estilo românico que se eleva em frente da porta principal. Classificada Imóvel de Interesse Público pelo Decreto n.º 38491 de 06-11-1951."1

"A Igreja Paroquial de S. Miguel de Urrô, embora se desconheça ao certo a data da sua construção original, presume-se que remonte aos finais do séc. XII. Por força de vicissitudes que o edifico terá passado, o atual resulta agora de uma reconstrução do séc. XVI, embora o seu interior tenha sido reformulado apenas no séc. XVIII, aquando da segunda reforma estrutural do edifício, possibilitando também a colocação de retábulos em talha dourada joaninos.

Este templo, dedicado a S. Miguel, destaca-se dos restantes da região pela estrutura exterior, inspirada em modelos medievais. Um portal ligado ao corpo do templo por dois arcos laterais, sustenta o campanário, contrastando com as linhas maneiristas e simples da igreja.

Este arrojo valeu ao templo a sua classificação como IIP – Imóvel de Interesse Público, em 1951, enriquecendo o inventário de património artístico e religioso do Arouca Geoparque Mundial da UNESCO."2

Localização: Igreja Paroquial de S. Miguel de Urrô, 4540-659, Urrô - Arouca - Aveiro;
Coordenadas GPS: Latitude 40,9274175679 - Longitude -8,29436369441;

 

 

 

Carreira dos Moinhos - Arouca

Carreira dos Moinhos - 17 moinhos de rodízio3

"No lugar da Cimalha, entre a Senhora do Monte e Alvarenga, avistamos a Carreira dos Moinhos. Num território inclinado, é possível encontrar 17 moinhos de rodízio, construídos em xisto e cobertos de lousa. Estão dispostos pela encosta, para aproveitar a força motriz da água proveniente do Rego do Boi, que abastece as freguesias de Alvarenga e Nespereira.

Reza a lenda que, havendo na freguesia necessidade de água para regar os campos, os habitantes de Alvarenga e da freguesia vizinha de Nespereira disputavam a posse de um ribeiro denominado Ardena. Chegaram, então, a acordo de que, quem primeiro conseguisse que as águas fizessem mover a mó de um moinho, junto à povoação, adquiria o direito sobre elas. Os habitantes de Alvarenga traçaram então, secretamente, o caminho que deveria tomar o rego condutor da água e conseguiram concluir o seu trabalho antes dos de Nespereira, conquistando, assim, o direito ao usufruto das águas. Para festejar esse feito mataram e comeram um boi, daí resultando o nome “Rego do Boi”.

Datados do século XVII, estes moinhos são propriedade privada, mas é possível visitá-los, apesar de apenas dois estarem funcionamento. São um caso único em Portugal que merece uma visita demorada e obrigatória. O local encontra-se bem sinalizado, sendo de fácil acesso." 3

Localização: Lugar da Cimalha 4540-000 Alvarenga - Arouca;
Coordenadas GPS: 40.971929, -8.140451;
Créditos da foto: Tiago Martins - visitarouca.pt

 

 

 

Ponte sobre o Rio Paiva em Alvarenga - Arouca

"Apesar de distar quatro quilómetros de Alvarenga, a ponte pertence e é conhecida como a Ponte de Alvarenga ou Ponte de Canelas, por unir as duas freguesias de Arouca, Alvarenga e Canelas, esta pertencendo atualmente à União das Freguesias de Canelas e Espiunca."5

"A conhecida ponte de Alvarenga terá começado a ser construída por volta do ano de 1770, ficando concluída em 1791. É composta por 3 arcos: o arco principal com 7 m. de vão, e dois arcos pequenos, ambos do lado direito (do lado de Alvarenga). Tem a altura de 22 m. Até à superfície da água e 4.8 m. de largura. Dista do lugar de Trancoso, em Alvarenga, 4 km."1

"A ponte de Alvarenga fica situada na margem direita do rio Paiva, dizem que o seu nome provém de Alborgon – a torre, mas modernamente julga-se que o nome deriva do termo latino alvarinica, referindo-se a uma terra povoada de alvares (carvalhos).

Couto nos começos da monarquia, com a capital no lugar da Vila, Alvarenga subiu a concelho e mudou a sede para Trancoso. A 2 de maio de 1514, D. Manuel concede Foral Novo a Alvarenga, confirmando o que havia sido dado anteriormente por D. Dinis, em 1298.

O concelho de Alvarenga, que compreendia a área das atuais freguesias de Alvarenga, Canelas e Janarde, foi extinto em 24 de outubro de 1855, passando a integrar o concelho de Arouca. Era natural desta freguesia, Adriano Teles, fundador dos cafés “A Brasileira”."4

Os Passadiços do Paiva, passam junto da Ponte de Alvarega, sendo o acesso livre desde a Ponte suspensa 516 - Arouca até à Praia do Areinho, uma das suas extremidades. Junto da mesma começa uma das maiores subidas/descidas de escadarias destes passadiços.
Foto: Câmara Municipal de Arouca

 

 

 

Memorial de Santo António - Santa Eulália - Arouca

Memorial de Santo António - Santa Eulália - Arouca1

"É considerado um dos mais significativos monumentos de género existentes do Norte de Portugal, não se sabendo exactamente qual o seu verdadeiro significado. Datado do séc. XII, é românico e situa-se no lugar de Santo António, na freguesia de Santa Eulália. Classificado Imóvel de Interesse Público pelo Decreto n.º 38491 de 16-09-1910."1

"No lugar de Santo António, freguesia de Santa Eulália, ergue-se o Memorial de Santo António do Burgo, também conhecido como o Arco da Rainha Santa. Fica situado no jardim em frente à capela de Santo António, em plena estrada N326 e está classificado como Monumento Nacional. Esta construção é reconhecida como um marco de couto medieval. Mas, reza a lenda, que a sua construção está relacionada com a passagem da urna com o corpo da Rainha Santa Mafalda. Dizia-se que a mula que transportou o seu corpo parou neste local, antes de ir definitivamente para o Convento de Santa Maria de Arouca.

Este monumento granítico, datado do século XII, possui uma planta retangular de quase 5 metros de altura, onde poderá ver um maravilhoso arco de volta perfeita simples e duas cruzes nos flancos. Trata-se, assim de um edifício funerário românico, que, pela sua importância, foi declarado monumento protegido, em 1910, na lista de Monumentos Nacionais."3

Localização: Lugar de Santo António, Santa Eulália, Arouca;
Foto: Câmara Municipal de Arouca

 

 

 

Interior da Capela da Misericórdia de Arouca

Capela da Misericórdia de Arouca - Tecto com cenas bíblicas da paixão1

"Mandada construir por devotos, data de 1612. Situa-se no Centro Histórico da Vila. O seu interior tem um tecto apainelado e pintado com cenas bíblicas da paixão, e a nave é revestida de azulejos do séc. XVII, em tons branco, azul e amarelo-torrado. Classificada Imóvel de Interesse Público pelo Decreto n.º 42255 de 08-05-1959."1

"Diz o frontispício que os devotos a fizeram no ano de 1612. Discreta, estabelecendo o limite norte da Praça Brandão de Vasconcelos, está a Capela da Santa Casa da Misericórdia. O seu traço sóbrio e o seu corpo ligado à antiga casa da câmara convidam-nos a atravessar a praça e a satisfazer a curiosidade. O teto da nave principal apresenta-nos curiosas pinturas de alguns dos santos mais relevantes da Igreja Católica, com destaque para os apóstolos, os evangelistas, os doutores da igreja e outros santos da devoção popular.

A iconografia remete-nos, imediatamente, para as cenas da Paixão de Cristo, muito estudadas e cultivadas pela Santa Casa da Misericórdia de Arouca, e de que a Procissão dos Fogaréus, que organiza todas as quartas-feiras anteriores à Páscoa, é o ponto culminante. O espaço é pequeno, porém acolhedor, e a sacristia e a casa do despacho albergam uma interessante e rica coleção de pinturas, esculturas, alfaias litúrgicas e paramentaria, que vão do século XVII ao século XIX, fruto de várias influências artísticas, do maneirismo, ao barroco e ao neoclássico. Aqui se conta um pouco da história das Misericórdias, que, durante séculos, não só se têm dedicado à proteção dos mais desfavorecidos, como à preservação e valorização do património."2

Localização: Praça Brandão Vasconcelos, 4540-110, Arouca, Aveiro;
Coordenadas GPS: Latitude 40,9289139 - Longitude -8,24600277778;
Créditos da foto: aroucageopark.pt

 

 

 

 

Pelourinho de Cabeçais - Fermedo - Arouca

Pelourinho de Cabeçais - Fermedo - Arouca

Em Cabeçais, Fermedo, encontramos um pelourinho, símbolo de poder municipal, implantado na escadaria de acesso à Capela de Nossa Senhora da Saúde. O foral foi atribuído a Fermedo, em 1514, que se manteve como concelho até 18552

Pelourinho do antigo Concelho de Fermêdo. Tem gravado duas datas: 1275 do foral de Fermêdo e 1932, data da sua implantação no local actual (junto à capela de Nossa Sra. de Saúde em Cabeçais). Classificado Imóvel de Interesse Público pelo Decreto n.º 23122 de 11-10-1933.1

Pelourinho quinhentista de bola, com soco de dois degraus quadrangulares, de onde evolui plinto paralelepipédico e fuste cilíndrico liso, encimado por esfera. Foi reconstruído recentemente, tal como se diz na base do pedestal (R 1932), não sendo credível a primeira datação (F 1275). O esferóide inclui esculpidas as armas nacionais de forma invertida. O remate em esfera e gola inferior deve corresponder, grosso modo, à construção primitiva, manuelina.6

Créditos da foto: Câmara Municipal de Arouca

 

 

 

Torre dos Mouros - Lourosa - Arouca

Torre dos Mouros - Lourosa - Arouca

"A Torre dos Mouros é da época Medieval, sendo a sua tipologia original de Arquitectura Militar, com estilo Gótico."7

"A Torre dos Mouros situa-se na Quinta da Torre, no lugar de Lourosa e datará do final do séc. XIV. Está colocada num ponto elevado, isolada, não ocupando uma posição militar mas a de sede de vasto domínio agrícola, exposta ao sol, para vigiar os terrenos de cultura e, em caso de emergência, servir de local de defesa. O actual edifício é uma reconstrução (muito alterado devido a várias utilizações e intervenções ao longo dos séculos), de forma quadrangular, com cisterna (actualmente aterrada), seteiras e matacães. É em estilo gótico e tem uma inscrição ainda não decifrada, do ano de 1354.

A reconstrução já não tem todos os elementos de fortificação das torres do mesmo género das anteriores. As características antigas desapareceram: o primeiro piso (térreo), já não é maciço ou em matamorra, sem luz e de entrada por alçapão superior, nem o segundo só de ligeiras frestas e com a entrada alta, sendo as maiores aberturas reservadas ao andar superior. A arquitectura geral é constituída apenas por quatro paredes, sem abóbadas, com os pisos separados por soalhos cujas vigas laterais se apoiam em fortes cachorros, cravados nas paredes dos lados norte e sul, com acessos por escadas internas, de madeira.

Hoje compõe-se de três pisos: o térreo, com uma grande entrada em arco ogival; o segundo piso, com duas janelas, uma delas transformada em porta; o terceiro pavimento constituía a sala geral de habitação e tem aberturas nos quatro lados. O balcão tem aparência militar e assenta em três cachorros, tendo os espaços intermédios abertos. A parte superior e terminal já não tem ameias mas um telhado, tendo o sub-beiral duas séries de telhas invertidas, produzindo saliência de cornija. É o monumento de maior dimensão e importância e o melhor conservado de toda a freguesia do Burgo."7

"A Torre dos Mouros tem um formato quadrangular, de estilo gótico, com uma cisterna (hoje aterrada) com seteiros e uma inscrição ainda por decifrar. Datada do séc. XII, é um monumento não classificado. Situa-se no lugar de Lourosa de Campos, da freguesia do Burgo."1

Localização: Quinta da Torre, Lugar de Lourosa de Matos Burgo

Créditos da foto: allaboutportugal.pt/pt/arouca/monumentos/torre-dos-mouros

 

 

 

Pelourinho de Alvarenga - Arouca

Pelourinho de Alvarenga - Arouca

"O Pelourinho de Alvarenga pertenceu ao antigo Concelho de Alvarenga, estando datado de 1590 e encontra-se em frente ao antigo Domus Municipalis, no Largo Trancoso, estando classificado Imóvel de Interesse Público pelo Decreto n.º 23122 de 11-10-1933."1

"O pelourinho é testemunha do tempo em que a freguesia de Alvarenga foi sede de um pequeno concelho, composto pela referida freguesia e outras que seriam integradas no concelho de Arouca aquando da reforma administrativa de Mouzinho da Silveira em 1836. O foral do supracitado e extinto concelho data de 2 de Maio de 1514. O Pelourinho tem uma inscrição com a data de 1590 e foi classificado como imóvel de interesse público em 11.10.1933 pelo Decreto nº 23122.

Este pelourinho apresenta um fuste de forma cilíndrica, alto e liso, sem base própria mas colocado sobre três degraus circulares, sendo encimado por um capitel, o qual tem representadas as armas nacionais. Está situado em frente ao antigo edifício da Câmara Municipal, no largo de Trancoso, centro da freguesia de Alvarenga."8

"Pelourinho de bloco cilíndrico, assente em soco cilíndrico de três degraus, de onde evolui um fuste cilíndrico, rematado por capitel saliente e curvo, de onde evolui o remate em bloco cilíndrico e pequena calote semiesférica. Possui elementos heráldicos e a inscrição do remate inferior do escudo nacional parece ser 1580 - para além de outra numeração ilegível - e não de 1590 (Nogueira Gonçalves), possuindo, numa das faces, o escudo português."6

Localização: Largo de Trancoso 4540 Alvarenga

 

 

 

Calvário - Arouca

Calvário - Símbolo da Quaresma em Arouca

"O Calvário fica situado sobre uma penedia, a norte da Vila de Arouca, sobressaindo na sua parte mais elevada 3 cruzes, das quais a central data de 1627; no centro tem um púlpito de pedra, datado de 1643, situando-se as restantes cruzes da via sacra espalhadas pelas diversas ruas da Vila. Classificado Imóvel de Interesse Público pelo Decreto n.º 37077 de 29-09-1960."1

"Numa visita pela zona norte da Vila de Arouca, surgem-nos, aparentemente desordenados, seis cruzeiros seiscentistas. Trata-se do Calvário, situado no lugar de Pernousela, a poucos minutos a pé do centro histórico. Estes fazem parte de uma Via Sacra que, juntamente com outros três cruzeiros dispersos, retratam as cenas da vida de Jesus. O Calvário, de estilo maneirista, está classificado como Imóvel de Interesse Público e é de visita obrigatória. A população local tem uma grande devoção por este sítio, pois é associado à religiosidade, é sinónimo de sacrifício e de oração. A sua localização, num topo rochoso, é convidativa a um momento de reflexão.

Símbolo da dureza da Quaresma, este maciço granítico oferece uma visita ampla sobre a vila de Arouca. Junto ao Calvário, poderá visitar o Jardim da Oliveiras. Aqui, terá acesso a uma paisagem privilegiada sobre o vale, envolto nas serras da Mó e da Freita. Aprecie, demoradamente, a vista sobre o Mosteiro de Santa Maria de Arouca, que se destaca em primeiro plano, e a vila que se desenvolve em seu redor. Na noite de quarta-feira da Semana Santa, poderá aproveitar uma passagem pelo local para reviver os passos da paixão de Cristo, na Procissão dos Fogaréus. Se quiser participar, deverá comprar previamente uma vela para fazer o percurso, que tem saída marcada na Capela da Misericórdia.

Para visitar o Calvário, deverá deixar o carro nas ruas adjacentes, porque a entrada faz-se por uma rua estreita sem lugares de estacionamento. Não necessita de fazer qualquer reserva, porque é de livre acesso, a qualquer hora do dia, durante todo o ano. Não é aconselhável a pessoas com mobilidade reduzida, devido à existência de degraus e à irregularidade do solo. No entanto, essas pessoas podem admirar o espaço a partir do carro, pois a estrada passa junto ao local."3

"A Páscoa, mais concretamente o ritual da Paixão, é intensamente vivida, em Arouca. A Procissão dos Fogaréus, realizada na noite de quarta-feira anterior à Páscoa, dá corpo a essa passagem dos Evangelhos, em que Cristo sobe ao Calvário para ser crucificado. E é precisamente essa fase final do percurso que este espaço assinala, com o seu púlpito, alminhas e cruzes de pedra, dos séculos XVII e XVIII. O pequeno monte granítico traduz a dureza do rito. A simplicidade das formas é interrogadora. A forma como os elementos se organizam, equilibrada. E, após a subida até aqui, o silêncio e a paisagem são convidativos." 2

Créditos da foto: visitarouca.pt

 

 

 

Posta Arouquesa - Gastronomia de Arouca

Onde Comer em Arouca - Restaurantes de Arouca

À mesa é sempre uma excelente maneira de terminar uma visita a Arouca. A vitela e o cabrito assado são os dois pratos típicos do Município. A carne confeccionada vem dos animais criados, sem recurso a rações, no Maciço da Gralheira, o segredo da excelência do seu sabor. A posta arouquesa, os medalhões de vitela ou a costeletas de vitela grelhada são outras sugestões gastronómicas. A acompanhar a refeição um vinho verde desta região vitivinícola.

 

 

Doçaria Conventual e Regional de Arouca

Doçaria Conventual e Regional de Arouca

No que toca à gastronomia, a Doçaria Conventual e Regional de Arouca é muito famosa. Exemplo disso são as castanhas doces, as roscas, os charutos, as morcelas doces, a bola de S. Bernardo, as barrigas de freira, o pão-de-ló em bola ou fatia húmida e os melindres. Evidencia-se o doce “pedras parideiras” que foi inspirado no fenómeno geológico (Arouca Geopark, 2012). Para acompanhar toda a doçaria, aconselha-se a prova de alguns licores. Fonte: Câmara Municipal de Arouca. No centro da cidade em frente ao Mosteiro de Arouca existem vários estabelecimentos onde pode provar estas delícias.

 

 

 

Onde dormir em Arouca - Hotéis em Arouca

Onde dormir em Arouca - Hotéis em Arouca

Arouca oferece ao visitante que pretenda passar uns dias nesta região e conhecer as suas bonitas freguesias e aldeias históricas, hotéis tradicionais e muitas quintas e casas para o turismo rural.

 

 

Créditos e Fontes pesquisadas

Texto: Ondas da Serra com exceção do que está em itálico e devidamente referenciado.
Fotos: Ondas da Serra, com exceção dos monumentos e assinaladas.
1 - Câmara Municipal de Arouca
2 - aroucageopark.pt
3 - visitarouca.pt
4 - cm-arouca.pt/freguesias/alvarenga
5 - visitarportugal.pt/aveiro/arouca/alvarenga/ponte-sobre-rio-paiva
6 - monumentos.gov.pt
7 - e-cultura.pt/patrimonio_item/7662 - que referênciou CNC / Patrimatic
8 - e-cultura.pt/patrimonio_item/3275 - que referência a Câmara Municipal de Arouca

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Ondas da Serra

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